A chegada ao aeroporto de Istambul

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Ao sentir o avião pousar na Turquia, Aisha fica bastante tranquila. Finalmente estava longe de qualquer ameaça de Osnin. Ela ao pisar em solo turco, abre um lindo sorriso para Johnson que fica muito feliz ao vê-la demonstrando tranquilidade.

Eles caminham em direção ao local em que ficava a Polícia Federal do país. Ao chegar naquele ponto do aeroporto, Jonhson demonstra os seus documentos e começa a explicar a situação de Aisha, afirmando que precisava levá-la até uma embaixada inglesa para tentar legalizar a situação daquela jovem, pois ela era uma refugiada ameaçada no Afeganistão.

Em resposta, um oficial da Polícia Federal turca diz:

- Senhor, precisamos de algum documento da origem dessa jovem para que ela dê entrada no país.

- Senhor policial, essa jovem está sendo ameaçada no país de origem, se ela retornar lá ela morre. É uma questão humanitária. Afirma Jonhson a aquele oficial.

- Sem documentos que autorizem ela a entrar, não podemos deixar que ela entre na Turquia senhor. Eu sinto muito, mas teremos que voltar com ela para o país de origem. Diz aquele oficial da Polícia Federal turca demonstrando um semblante sério.

- Senhor, ela não pode voltar pra lá. Eles estão querendo matá-la. Eu preciso levá-la a uma embaixada inglesa para tentar conseguir um documento de refugiado para essa jovem. O marido dela queria matá-la e quase conseguiu isso por algumas vezes. Depois ela começou a ser investigada por um conselho religioso no seu país que, provavelmente, a condenaria a morte. Ela não pode voltar. Insiste Johnson.

- Pois na Turquia também ela não pode entrar senhor. Isso é totalmente contra as regras desse aeroporto, ou ela retorna para o país de origem ou ela terá que ir para algum outro país. Aqui eu não tenho autorização para deixar ela entrar. Onde estão os documentos dela, passaporte?

- Ela não tem senhor. Ela saiu fugida do seu país.

- E como o senhor conseguiu trazer essa jovem até aqui sem documento nenhum, senhor?

- Eu a trouxe em um avião militar que foi me buscar no Afeganistão.

- O que o senhor fez foi totalmente ilegal, senhor. O senhor não poderia ter feito isso. Diz aquele oficial da Polícia Federal turca demonstrando uma certa irritação.

- Eu sei que não deveria, mas vi essa jovem quase sendo condenada a morte injustamente e por questão humanitária não iria permitir que isso acontecesse.

- Senhor eu não posso fazer nada na situação em que ela se encontra, eu sinto muito. Diz aquele oficial, a chamar o próximo da fila, deixando Johnson com Aisha parados, um pouco ao lado daquela fila de atendimento.

Aisha olha para o semblante daqueles homens e percebe que alguma coisa estava a dar errado. Os dois estavam muito nervosos e Johnson passava as mãos nos seus cabelos insistentemente enquanto conversava. Assim que aquele homem encerrou a conversa, ele levou Aisha para uma das cadeiras que tinha naquele espaço e pegou o telefone, quando Aisha, que não havia entendido aquele diálogo, por ele ter sido em inglês, o questiona em sua língua:

- Aconteceu alguma coisa pai?

- Sim Aisha, eles não querem deixar você entrar na Turquia porque você não tem passaporte. Mas, eu darei um jeito nisso. Eu vou ligar para alguns amigos.

Aisha então fica triste e acanhada naquele espaço, quando Johnson começa a falar no telefone com um de seus amigos da embaixada inglesa no país.

- Eu estou com um problema aqui no aeroporto. Eu trouxe uma jovem ameaçada de morte no Afeganistão como refugiada política. Pelo fato de ela estar sem documentos, eles não estão deixando que ela entre em solo turco.

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora