Capítulo setenta e oito: Motivo oculto

437 47 27
                                    

Eu estava ali, naquele quarto mais uma vez, com o psicopata que tanto me deixava confusa e submissa à ele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava ali, naquele quarto mais uma vez, com o psicopata que tanto me deixava confusa e submissa à ele.
Aquilo me trazia medo, eu ficava nervosa e minhas pernas tremiam a cada fala, toque ou riso dele.
Aquele beijo dele, na enfermaria, havia me deixado ainda mais nervosa e trêmula, era uma coisa que eu nunca tinha sentido, era diferente.
Sim, eu nunca havia beijado ninguém, nunca namorei nem nada, pois não considerava importante, e também não queria dar pra ninguém o fardo pesado e desconfortável que é namorar uma garota problemática como eu, uma suicida deprimida e inútil.
Por isso nunca pensei muito em relacionamento.
Mas o beijo dele...
Mordendo levemente meus lábios avermelhados, com os seus tão quentes e excitantes, enquanto suas mãos subiam meu rosto e cabelo, os acariciando, e eu me sentia arrepiar...
Aquela sensação, era boa. Eu me sentia viva ali, naquele beijo tão quente e bom, e Eu me afogava o mais profundo nos braços dele.
Depois, meu coração que estava carregado por euforia e fervente de alucinação pelo beijo de Rafael Blacktide, estava dando lugar ao pânico interno e externo, uma crise de choro enquanto eu entrava em choque, eu me arrepiava, enquanto observava arielle ser morta a tiros na minha frente.
Seu sangue respingou nas paredes e em meu rosto frio e paralisado com aquela cena de assassinato à sangue frio.
Rafael era tão sádico e perverso, que até havia vestido luvas pretas de látex, para que todos, inclusive a polícia, pensassem que arielle cometeu suicídio, já que a arma que ele usou pra matá-la, foi deixada junto ao corpo, banhado de sangue no chão frio da enfermaria.
Eu havia entrado em estado de choque, e depois de um tempo de olhos abertos e sem me mexer, desmaiei. Com aquela cena me assombrando.
E então, ele me pegou no colo, e despercebidamente saiu da escola, me levando até seu opala preto, e agora, estou na cama dele, olhando para seus olhos azuis cínicos e maldosos, enquanto ele me faz perguntas e fala sobre nossa possível viagem para nova York.
Sim. Ele decidiu que iria me contar sobre a vida dele, isso era uma surpresa pra mim. É claro.
Mas fico feliz por finalmente ouvir a história desse perverso assassino ao qual pertenço agora.
- Nova York... a cidade dos sonhos.
Falei oque todos falavam de lá, enquanto pensava em como será quando eu chegar lá, com aquele lindo e insano homem.
Ele então, se levantou da cama devagar, e deu uma leve risada, soando em tom de zombaria.
- Cidade dos sonhos, é? Bom. Pelo menos pra mim não foi assim.
Disse ele enquanto ficava de frente à porta de vidro aberta do terraço, observando o sol do entardecer, e o mar quieto e tranquilo, azul como o céu.
O olhei, e me esforcei pra me sentar na cama.
- Rafael... se me permite perguntar, porquê temos de ir pra lá?
Perguntei, senti minhas mãos tremerem e ficarem suadas, não, Claire. Jamais o desobedeça!
Eu nao deveria ter perguntado, céus! Ele vai me punir, vai matar mais alguém!
Ele ficou quieto por alguns segundos, e se inclinou pra pegar um copo de whisky, que estava em uma estante preta de livros.
Ele colocou uma pequena dose, e se virou pra mim, dando um gole.
- Odeio ser interrogado, então, gatinha. Sempre me diga se pode perguntar algo.
Ele disse enquanto me olhava atentamente, com aqueles olhos azuis cor de mar, maliciosos e demoníacos.
Arregalei meus olhos, eu não podia desobedecê-lo de modo algum!
Jamais colocaria meu doce amigo em risco!
Nem minha família, por mais péssima e infeliz que seja.
- M-me Perdoe! Eu n-não quis...
Antes que eu terminasse de me lamentar por ter enfurecido Rafael novamente, ele pôs o copo em cima da mesa do quarto, e continuou me olhando, um olhar mórbido e sem expressão.
- Gostei do fato de você ter pedido minha permissão pra fazer uma pergunta, então vou responder... Sim. Temos que ir pra Nova York. O motivo você vai descobrir quando chegarmos lá.
Ele disse, e levou suas mãos até os botões de sua linda camisa social branca, a desabotuando.
Ah meu Deus!!!
Arregalei os olhos, enquanto ele tirava a camisa na minha frente, tentei não corar, mas eu já podia sentir minhas bochechas esquentando, e aquele ar entre nós mudando.
Evitei não olhar, mas também era impossível.
Ele havia tirado toda a camisa, e céus aquele corpo...
Rafael não era aqueles caras musculosos e estranhos, que parecem uma nuvem, ele era um tipo de magro definido.
Eu conseguia ver suas veias e as mãos dele eram grandes e fortes, sua barriga era levemente definida.
Respirei fundo, era como se me faltasse ar....
Eu não queria pensar nada, nem sentir nada enquanto o via tirar a roupa, ele era um pouco psicótico, ele mata pessoas, é um psicopata de sangue frio!
Ele me tortura, e ameaça os que são próximos de mim.
Eu deveria parar, parar de me lembrar daquele beijo e parar de encarar aquele corpo quente que era uma perdição.
Mas era como se eu estivesse paralisada.
E então, ele desceu as mãos até o zíper de sua calça preta, a desabotuando enquanto me olhava de um jeito cínico e perverso.
Levei as mãos ao rosto, não... MEU DEUS NÃO! ele não vai fazer isso!
- R-Rafael... Você...Vai...
Gaguejei e atropelei as palavras, tamanha era minha timidez e vergonha ao vê-lo daquele jeito, e agora ele estava tirando sua calça.
Pude ouvi-lo rir levemente, com aquela voz firme e dura.
- Relaxa, minha gatinha assustada, não vou te comer.
Disse ele em tom sarcástico enquanto eu ouvia seus passos pelo quarto.
- Não vou te comer, ao menos que queira.

Entre Amor E MortesOnde histórias criam vida. Descubra agora