Naquela noite, perfeita para assassinatos, tudo parecia se encaixar ainda melhor do que eu poderia imaginar. E logo, uma ideia surgiu em minha mente, sobre Ela.
imediatamente, me lembrei que quando ela estava sentada na sorveteria, logo após pegar o pedido dela, o comprovante onde havia seu nome, havia ficado em cima da mesa.
Porra, isso... Se eu achar esse maldito comprovante com o nome dela, eu vou poder saber de tudo, de toda a sua vida.
Só preciso do nome dela, caralho...
Os funcionários de lá também devem ter armazenado em algum tipo de sistema, ou o que seja. Só sei que vou achá-la logo.
Uh... Disso eu tenho certeza.
Provavelmente eu posso conseguir as informações que preciso sobre ela lá. Mas preciso ser cuidadoso, pra não parecer um doente obcecado.
Não que eu não seja.
Enfim, me afastei dos meus pensamentos e das lembranças dos breves minutos com a filha da puta que quase me entregou à polícia, que me deixou interessado como nunca estive antes por uma garota, e foquei no que eu precisava fazer agora.
Cacete, Preciso me concentrar.
Olhei para a tela do computador, focando no que estava prestes a acontecer.
Um comentário apareceu na minha live:
"Te pago sete mil dólares, na hora, para que você acorde o homem ai cortando todos os dedos dele."
Sorri de canto. Sete mil… Era tentador demais. Torturar já era meu passatempo favorito, como já mencionei.
E sendo bem pago então, uh...
- Proposta aceita, mas só cortar os dedos não leva a morte, não é mesmo? Eu quero mais ideias, mais sangue, mais crueldade, se manifestem, meus sanguinários sedentos por dor, façam suas exigências... Quero atender a todas elas.
Minha voz, rouca e grave, reverberou na sala.
As vezes penso... Se eu fosse pego, minha voz com certeza me entregaria, devido a sua identidade única, grave e autoritária.
Mas foda-se, isso não importava agora.
Pelo menos, não nesse momento.
O meu celular vibrou novamente. Mais dinheiro havia caído na conta.
Era a hora de começar.
- Hora de começar a brincadeira.
Sussurrei pra mim mesmo e olhei para trás. Os dois ainda estavam desmaiados, alheios ao que estava por vir. Eles iriam acordar com dor, com o terror de saber que a morte os aguardava. o que isso significava que seria doce vê-los implorar pela própria vida, mesmo não adiantando de nada.
Matar… matar era mais do que prazer. Era uma necessidade visceral.
Algo que me tomava dia após dia ao ponto de eu não conseguir nem sequer dormir.
Eu fui feito pra isso.
Eu nasci pra isso.
Então, caminhei vagarosamente pela sala, indo a frente das minhas vítimas, a sala silenciosa cujo único barulho a ser ouvido era o de meus passos e de meu sobretudo preto, e também, o som da morte chegando para tomar mais uma alma.
Enquanto mais uma vez, as lembranças do passado se faziam vividas em minha mente, como se eu estivesse assistindo um filme longo em uma tela de cinema, numa sala vazia.
_Décimo dia de tortura, um ano atrás, centro comunitário abandonado.
Acordei tonto, sentindo meu corpo todo dormente. Fome, sede… mas a dor não vinha apenas dos cortes. Era algo mais. Algo interno, uma agonia crescente.
Quando abri os olhos, vi fios de choque ligados ao meu corpo. Não eram tão fortes, mas ainda assim eram suficientes para me deixar exausto. A dor, constante e implacável, se arrastava por dias.
Os cortes em meu corpo sangravam sem cessar. Eu me via como um lixo descartável.
Sujo, ferido, sendo usado e abusado naquele lugar, sendo pisoteado e a beira da morte, sem a esperança de uma escapatória, de um socorro.
Eu Sangrava sem poder fazer nada, sem forças para me defender. Porquê depois de tanto tentar escapar, eu sabia que não conseguiria e que não adiantaria mais tentar.
Então apenas aceitei a conviver com aquilo até meus últimos minutos de vida, o tempo todo, achando que logo eu seria morto.
Mas o medo não parecia estar prestes a morrer comigo, ele continuava.
O medo de ser acordado a qualquer momento, com mais tortura, mais cortes e abusos, me acompanhavam noite e dia naquele lugar velho e podre,empoeirado.
O tremor e a queimação do choque, a água gelada que jogavam em mim, meu corpo fraco e desnutrido, cada agonia me tornava mais vazio, mais desesperado.
Mas o que me torturava de verdade era a minha mente.
A cada segundo que se passava naquele lugar abandonado onde eu estava sendo torturado, eu ficava ainda mais insano, doente, imparável. Eu já nem mesmo sabia se queria matar ou morrer, eu só queria parar de sentir dor. Parar de ser usado.
Mas o destino não foi bondoso comigo, a vida também não foi.
O universo na verdade parecia querer me ver fodido.
_E é por esse e outros motivos que eu quero foder a vida dos outros.
Me perdi nos meus próprios pensamentos, afundando nos momentos mais sombrios da minha vida. Eu ainda sentia a presença do passado, como uma sombra que nunca me deixava.
A tortura que passei, as perdas que sofri…
O caralho do meu controle indo embora.
Até o meu quase-suicídio. Nada disso me deixava. Mesmo sem emoções, sem sentimentos reais, eu tinha o prazer pela dor e pelo controle, e é por isso que eu sou assim hoje.
Suspirei, voltando à realidade. E Olhei para os olhos das vítimas, ainda amarradas, ainda esperando o que viria.
A noite estava só começando.
Peguei um alicate, uma faca, e um sorriso sádico se formou sob a máscara de médico da peste negra que eu usava.
- Vamos nos decidir, meus sanguinários, qual causa mais dor? Alicate, ou faca? Detalhe... Ambos são novinhos, vão fazer um estrago.
Dei risada, e apontei ambas as ferramentas de tortura para a minha webcam.
Então, a maioria dos comentários foram sugestões para que eu usasse ambos juntos.
Uh... Perfeito. Dores diferentes, se unindo na mesma pele.
- Vocês estão inspirados hoje, é assim que eu gosto.
Posicionei a faca em minhas mãos e me agachei perto do homem, puxando o sapato do mesmo, expondo os seus pés descalços. Fui direto ao ponto, posicionando o alicate com precisão em seu dedo polegar. E Apertei com força.
O grito que se seguiu ecoou pelo ambiente. O homem acordou em um torpor de dor, mas eu não me importava.
- M-MEU DEUS QUE DROGA É ESSA??? P-PARE !!! PORQUÊ ESTÁ FAZENDO ISSO??
O olhei por trás daquela enorme e escura máscara, que escondia meu riso de satisfação e deboche, enquanto eu me dirigia nas palavras a ele.
- Uh... Um verme como você, que agrediu e maltratou o próprio filho clamando o nome de Deus?
Ri novamente caçoando de sua dor e de seu sofrimento, enquanto posicionava o alicate e em seu outro dedo, vendo o homem estremecer e se desesperar.
- N-NÃO PORFAVOR!!!
ele gritou, engasgando com suas próprias lágrimas e com o suor do medo e do pânico correndo por sua pele.
- "Porfavor" é o caralho, desgraçado. Pode orar, ou rezar, chame pelo nome de Deus, eu tenho certeza que ele não vai ouvir você, seu hipócrita maldito.
Falei em tom alto enquanto arrancava seu outro dedo, fazendo um grito alto e desesperado de dor sair de sua garganta.
A dor no homem, seu desespero, só me fazia sentir mais prazer.
Mas algo me tirou da minha concentração, naqueles momento.
Uma voz feminina, entre gemidos de dor:
- C... Colle...
Era a mulher. Ela estava acordando, ainda meio atordoada, e logo viu o marido, amarrado e desesperado.
- DAVID M-MEU DEUS!!! MAS QUE DROGA ESTÁ...
David. Então aquele merda tinha nome.
Revirei os olhos e continuei, sem pressa.
A mulher começou a se debater, tentando se soltar, gritando em desespero.
- P - POR FAVOR, NOS SOLTE!
Ela gritava, mas eu apenas a olhava com superioridade e desdém.
- Cala a porra da boca, ou eu corto sua garganta.
A ameaça era clara. Me aproximei dela, a faca pronta para cortar seu pescoço ao meio.
A mulher então tremia, urinando de medo. Patética.
- Que fique de aviso pra você também.
Me dirigi ao homem.
- O próximo que gritar, vai gritar pela última vez. Que fiquem avisados.
Minha voz soava como uma sentença de morte, e a noite só estava começando.
Meu circo dos horrores mal havia acabado de iniciar.
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Entre Amor E Mortes
TerrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...