Capítulo setenta e três: Obsessão

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Eu estava ali, na sala da casa simples e aconchegante de acerá, enquanto ficava cada vez mais irritado com tudo que dylan dizia, que porra é essa de família?Na hora em que estávamos todos indo  de mal a pior naquela guerra, feridos, a maioria mort...

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Eu estava ali, na sala da casa simples e aconchegante de acerá, enquanto ficava cada vez mais irritado com tudo que dylan dizia, que porra é essa de família?
Na hora em que estávamos todos indo  de mal a pior naquela guerra, feridos, a maioria mortos, naquele frio estridente da neve, não éramos nada pra ele.
- Certo, Dylan... mas porque você fugiu? E onde esteve esse tempo todo?
Perguntou acerá, já se sensibilizando com aquele fodido desgraçado.
Dei uma risada sarcástica e em tom de
Chacota.
- Ah, que fofo. Tá preocupada com ele é? ELE ESTEVE PREOCUPADO COM VOCÊ, ACERÁ?
Falei enquanto levava as mãos aos bolsos.
- EU ESTAVA PREOCUPADO SIM, TÁ LEGAL? EU PENSEI EM VOCÊS O TEMPO TODO QUANDO ESTAVA INDO EMBORA! EU ME SENTI CULPADO! PROCUREI VOCÊS DURANTE MESES !
Dei risada, esse Dylan era um fodido de um merdinha, que só notou a "Família" dele, anos depois da guerra e só porque precisa.
Apenas por ganância e benefício próprio.
Que foi oque ele fez na guerra, fugiu pra se salvar, enquanto nós estávamos morrendo.
Não sei oque acerá está pensando agora sobre ele, mas comigo esse filho da puta não fica.
Nem fodendo vou acolhê-lo.
- Certo Então. Mas Só vou deixar uma coisa clara, não espere receber afeto por parte minha, não me chame de amigo. Nunca vou esquecer que você se negou a nos ajudar, então se fode aí.
Falei, com todo aquele rancor guardado durante meses e meses, rasgando meu peito, e eu o olhei com desprezo e nojo.
Acerá engoliu em seco.
- Porfavor, Rafael... mesmo apesar do que aconteceu, Dylan faz parte de nós agora.
Disse ela, com uma feição triste e forçando um sorriso hospitaleiro, mas com seu semblante caído e pensativo.
Parte de "nós"
Sinceramente...
Olhei em seus olhos com desdém, vendo sua mente ser convencida tão rápido por ele.
Evitei não me estressar com aquilo, já que dylan não era mais nada pra mim, e respirei fundo.
- Então ok, já que você considera Dylan como família, se vira com ele. Tenho mais oque fazer.
Falei com sarcasmo e me abaixei até predador, fazendo carinho em seu pelo.
- Se quiser venho buscar predador, e levo ele pra casa.
Falei, e acerá então negou com a cabeça.
- bom... por enquanto Não, ele é um ótimo companheiro pra mim, sem ele eu não sei oque faria...
Disse acerá com um sorriso no rosto, enquanto olhava atentamente pra mim.
- Então vou indo.
Me virei, pegando as chaves do meu opala, mas logo senti algo segurar minha mão.
Era acerá.
- Rafael... Eu preciso conversar com você à sos.
Disse ela, e eu Assenti.
- Vamos pra fora então.
Ela sorriu como um sim, e me seguiu.
- Rafael... Eu espero que você consiga me perdoar um dia.
Dylan disse enquanto me olhava, seus olhos caídos, arrependidos e tristes.
Falso do Caralho.
Só eu sei tudo oque senti naquela guerra, vendo Caio morrer em meus braços, seu sangue quente jorrando no gelo, Voltaire sendo atingido no estômago por uma flecha e morrendo naquele frio estridente, Tânia atirando em seu próprio crânio...
Estávamos na mira dos Whites, prontos pra morrer, e Dylan ao invés de lutar contra eles e nos ajudar, fugiu.
- Vou te perdoar no dia que Caio reviver.
Eu disse em voz alta, fazendo com que ele sinta a dor da culpa, e estava pouco me fodendo.
- Dylan, pode ficar a vontade, eu já volto pra nós falarmos mais.
Disse acerá, enquanto fechava a porta da frente.
Fui até meu opala e me encostei no capô, cruzando os braços.
- Fale.
Ela então sorriu, se aproximou de mim, e se colou ao meu corpo, me puxando para um beijo.
E eu correspondi, claro. Mordi seus lábios, enquanto descia a mão por seu corpo.
Mas eu não sentia nada naquele beijo, nem mesmo tesão.
Eu continuava beijando acerá, mas me imaginava beijando Claire. Aquilo sim me deixava excitado.
Sentir aquela boca linda e avermelhada na minha, e poder tocar seu corpo com minhas mãos, era ela quem me excitava.
Passei meus dedos na nuca de acerá levemente, e subi até seus cabelos ruivos ondulados, entrelaçando meus dedos nos mesmos e parando o beijo, abaixando a cabeça devagar e mordendo seu pescoço.
- Rafael... Eu senti tanta saudade disso.
Disse ela, um pouco ofegante por conta do nosso Beijo quente, mas rápido.
Dei risada e a olhei nos olhos.
- É mesmo?
Ela assentiu.
- Sim, mas me diz... Porque você está me evitando?
Perguntou ela, seus olhos verdes me encaravam confusos, e agora eu tinha que responder.
Não posso dizer nada sobre Claire, nem sobre oque estou fazendo na deep web, mas que porra. Eu precisava achar uma desculpa...
-Uh... como assim evitando?
Perguntei, sem expressar reação alguma.
Ela então respirou fundo e se preparou pra perguntar oque queria.
- Bom, você recusa minhas ligações, ignora minhas mensagens e toda vez que combinamos de transar você me deixa esperando...
Ela disse enquanto olhava em meus olhos.
Caralho, agora ela me pegou.
Levei minhas mãos aos bolsos, e falei oque me veio em mente.
-Não estava te evitando, é que ando pensando muito sobre a guerra, e agora Dylan apareceu de repente, como sabe.
Falei de maneira clara, sem uma falha na voz ou errando palavras.
Desse modo ela cairia na minha mentira como uma presa fácil.
Pude vê-la ficar pensativa, olhou para o chão por alguns minutos, e logo se voltou para me olhar.
- Entendo, sei que ainda está se recuperando, é ignorância minha ficar te pedindo pra fazer sexo comigo e não pensar em como você se sente.
Ela disse e se inclinou pra me abraçar.
Eu nunca recusava um sexo bom, e gostava de transar com acerá, mas agora tenho alguém mais interessante.
Aquela loirinha me deixa intrigado a cada dia, e o modo como quero foder ela será diferente do que fiz com todas as outras.
Quero amarrá-la, mordê-la, puxar aqueles lindos cabelos loiros de princesa e espancar aquela bunda gostosa.
- Rafael?
Acerá me chamou, me tirando dos meus pensamentos perversos e maliciosos com Claire.
- Uh... relaxa. Não tem nada a ver com você, são apenas as lembranças, se é que me entende.
Falei e dei um sorriso de canto, enquanto segurava o queixo de acerá, dando em seus lábios um beijo rápido.
Ela então apenas assentiu.
- Bom, então tudo bem. Já que precisa ir. Nos falamos por mensagem.
Disse ela, com um sorriso bobo no rosto, e eu apenas Assenti, me virando e abrindo a porta do motorista.
- Tudo bem, até logo, acerá.
Falei e entrei no carro, acelerando e indo em direção à estrada, vendo pela última vez acerá me olhando de longe,  enquanto eu me afastava cada vez mais.
Já inventei mais uma desculpa que caiu perfeitamente, já arrumei um lugar pro filho da puta do Dylan ficar...
Agora eu queria, mais que tudo, ver Claire novamente.
Droga, Eu estava ficando obsecado pela minha vítima.
Enquanto dirigia, só conseguia pensar nela.
Eu queria torturá-la novamente, quero fazer com que Claire grite de dor, e algum dia quem sabe, de prazer.
Ainda eram dez e meia da manhã, e eu já sabia exatamente onde encontrá-la, na escola, onde eu havia deixado ela.
E era pra lá que eu estava indo, e queria vê-la novamente.

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