Capítulo quarenta e seis: Perdão.

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Já era início de noite, quando eu havia acabado de deixar Claire em casa

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Já era início de noite, quando eu havia acabado de deixar Claire em casa.
E estava dirigindo pela estrada, ainda pensando no que fazer com ela quando a noite chegasse.
O rádio estava ligado, músicas tocavam, e eu estava normalmente distraído, até que a música atual foi interrompida.
- New York times urgente: O caso Rafael Wild voltou à mídia com novas provas e buscas da Polícia, hoje, antes das cinco horas, a única familiar próximo dele, Veio a falecer de infarto fuminante enquanto conversava com a polícia.
Apertei meus olhos, já assustado pra Caralho, única familiar...
Minha única familiar era minha avó.
PORRA!! MINHA AVÓ!!!
Naquela hora freei o carro com tudo, fazendo um barulho alto no meio da estrada.
Minha avó, havia falecido de infarto.
Dei um soco no volante, na tentativa de me acalmar naquele momento.
- CARALHO!!!!
Gritei, de raiva e aperto no peito.
Eu sei que ela me entregou nas mãos do meu tio, isso não foi a coisa certa a se fazer.
Mas minha vó não sabia.
Provavelmente ela havia sofrido muito pra morrer assim.
Pensei no que ouvi antes, sobre as novas Provas do meu caso, oque me preocupou um pouco.
Eu estava sendo procurado pra valer agora.
Mas, no meio de todo aquele surto de raiva, tentei ao máximo me conter, respirei fundo e comecei a raciocinar mais claramente, sem aquela explosão de estresse, que havia me dado.
Bom, minha avó deveria ter me escutado, quando implorei pra não ficar com meu "Tio".
Mas não, ela estava pouco se fodendo, me jogou nas mãos daquele merda como um lixo. Já que eu era de menor...
É, talvez minha avó tenha merecido a morte que teve.
Ainda com as mãos no volante e o carro parado.  olhei fixamente pra estrada vendo aquela chuva leve cair devagar, pensei um pouco, coloquei minha mente no lugar.
Não devo me estressar por isso, não posso ficar puto pela morte de alguém que não me salvou quando teve a chance.
Eu amava minha avó, mas ela me fez mal, querendo ou não.
Pensei se iria comparecer no velório ou não, mas é claro que não seria uma boa ideia voltar pra Nova York.
Como não tenho mais nenhum parente próximo daqui vivo, se só eu comparecer, vou levantar suspeitas.
Então  única coisa à se fazer é apenas perdoá-la pelo erro que cometeu, pra que sua alma descanse em paz e ficar aqui.
Também tenho assuntos a resolver, não posso largar tudo assim.
O RedRoom, e ainda a noite com Claire...
Não vejo a hora de ver minha mais intrigante vítima, com aquele vestido vermelho sangue.
Ainda há muitas perguntas a serem respondidas.
Enquanto procuro a resposta de todas, vou procurar saber sobre as pessoas à volta dela.
- Eu te perdoo, vó.
Falei baixo, como um sussurro.
Perdoar era necessário, e então eu fiz isso.
Claro que as feridas que graças a ela foram causadas, nunca irão se curar.
Sou outro agora.
Sou um psicopata louco, canibal, que sente prazer em fazer o mal, em torturar e causar dor.
Pra vingar oque fizeram comigo.
Me resolvi comigo mesmo naquele momento sobre a morte repentina da minha vó, e então dei partida no carro novamente, acelerando pela estrada fria e agora molhada de nova Jersey.

Entre Amor E MortesOnde histórias criam vida. Descubra agora