Andei ao redor dela, e a observei inteira.
Mas que garotinha atrevida, queria saber sobre meu passado, ela até que tentou bem.
Mas não, eu não iria dizer nada pra ela, meu passado tinha que ser ocultado de todas as formas, a polícia já estava me procurando.
Ela me contou seu passado, e tudo que acontece até hoje, porra, ela sofre pra Caralho.
E eu entendia perfeitamente oque ela estava passando, ser torturada, sentir o peso da mente ir embora depois de se cortar, se machucar.
Eu sabia bem a sensação disso.
Mas como eu disse, não vou contar nada sobre mim para Claire.
Ela sabe meu nome, E isso já é saber demais.
- Escuta, Claire... Meu passado é resultado de quem sou hoje, É só isso que precisa saber.
Falei enquanto ficava à frente dela, coloquei as mãos nos bolsos e observei a lua tímida no céu, e as gotas de chuva que caiam na minha parede de vidro.
Olhei pro lado e pude vê-la se aproximar de mim.
Curiosa, mas com medo de dizer oque queria depois das ameaças que fiz.
Falando que ela seria fodida se me desobedecesse.
Mas vou ser honesto, eu não me importaria em fodê-la.
Porém não vou fazer nada até que ela me implore.
- E-Eu... queria te perguntar uma coisa.
Disse Claire, com a voz um pouco falhada enquanto entrelaçava seus dedos uns nos outros, pra tentar conter o nervosismo.
Com certeza ela iria perguntar algo sobre mim.
Bom,como ela falou do passado dela vou dar um desconto.
- Diga.
Falei um pouco sério, mas curioso em saber oque ela iria me perguntar.
E então me virei pra olhá-la.
Nervosa, um pouco em pânico, de cabeça baixa.
Até que ouvi sua voz com um pouco de medo soando nela, falar baixo.
- Quantas... p-pessoas você já... matou?
Ela me perguntou enquanto levantava a cabeça devagar e olhava em meus olhos azuis perversos.
Não me surpreende a pergunta dela.
O foda é que eu já tinha perdido as contas.
Sorri de canto e me sentei no sofá.
- Perdi as contas.
Respondi com minha voz grave soando um pouco sério, olhando para seus olhos pretos e vazios, sem desviar dela o olhar por nem um segundo.
Claire em resposta discretamente apertava nas mãos o tecido fino e vermelho vivo de seu vestido.
Então ela engoliu em seco e se aproximou.
- Desde quando você... é- é assim?
Perguntou ela, abaixando a cabeça com medo de suas perguntas.
Mas eu estava sendo bonzinho por enquanto.
Peguei minha taça de vinho, a enchi e dei um gole, e voltei a olhar pra Claire.
- desde os 17, meu tio foi minha primeira vítima. Está fazendo perguntas demais, gatinha...
Sorri de canto e a olhei com malicia e perversão, e ela logo se aproximou ainda mais e me olhou com preocupação nos olhos.
- M-me desculpa porfavor!
Claire não tinha medo algum das minhas punições, ela temia apenas por sua família e amigos.
Uma coisa ali me chamou atenção.
Porque caralho ela tentava defender a família que a espancava?
Naquele momento não entendi qual era a dessa loirinha safada.
- Me responda uma coisa, Claire. Porque quer poupar a vida de sua família das minhas mãos se eles te machucam tanto?
Ela então arregalou os olhos e a vi estremecer, então ela mordeu os lábios pensando no que responder, talvez a pergunta que fiz foi demais pra ela.
Mas que se foda, ela não deveria fazer isso, é loucura.
Proteger alguém quem não faria o mesmo por você.
Que garota mais louca.
- Bom... E-Eles me dão comida, roupas, um lar pra morar e...
Na mesma hora à puxei pelo lindo tecido de seu vestido, quase a fazendo cair em cima de mim, e segurei em seu braço olhando em seus olhos.
- Você vai ouvir com muita atenção oque vou falar agora, não é só porque a porra de um pai e mãe dá o mínimo que o filho necessita, significa que ama de verdade, se os desgraçados treparam e tiveram você nem que seja por acidente, eles têm a obrigação de cuidar! Eles estão fazendo o dever deles, apenas. Estou falando do seu pai e sua madrasta, não entenda que falei da sua mãe.
Falei e logo o olhar dela se fez em lágrimas.
- V-você tem razão, Rafael...
Ela disse e se sentou ao meu lado, seus olhos corriam como um rio cada vez mais, e ela chorava muito.
Fiquei um tempo a olhando, ela parecia estar desmoronando aos poucos.
Ela então pegou sua taça de vinho e a levou aos lábios, tomando quase tudo de uma vez.
Peguei a taça da mão dela.
- Não toma tanto assim, você vai ficar bêbada rápido, já que é sua primeira vez com álcool.
Falei e ela me olhou, seus lindos olhos inchados de tanto chorar, tão triste e vazia.
- Desculpa, eu só estou sobrecarregada demais.
Ela disse e levou as mãos ao rosto, enxugando as lágrimas, em desespero e cansaço.
- Quer dormir?
Perguntei a olhando com uma séria expressão no rosto.
Ela então negou com a cabeça.
- Estou bem...
Claire disse com sua voz rouca e trêmula, enquanto se encostava no sofá e apertava os olhos pra controlar o ardor, depois de tantas lágrimas salgadas.
Já sabia oque fazer.
- Já volto, não fuja...
Falei enquanto me levantava e ia até o quarto.
Peguei meu cobertor preto, era grande e macio, bastante quente e confortável, e fui até a sala o carregando.
- O-Oque vai...
Antes que ela terminasse oque iria dizer,me sentei ao lado dela, e a cobri com o edredom.
Ela me olhou enquanto eu a enrolava em meio ao calor do cobertor, confusa, ainda com os olhos inchados de tanto chorar.
- Descansa.
Falei e peguei o controle, abaixando um pouco à música e colocando uma mais calma, it will rain.
Claire estava sentada, ela cambaleou um pouco de sono, e eu a puxei pra se deitar com a cabeça em meu colo.
Ela estranhou um pouco, e me olhou sem entender.
Sorri de canto.
- Vai, pode se deitar, vai ficar mais confortável.
Falei a olhando, ela ficou um tempo parada pensando um pouco, e logo se deitou de barriga pra baixo.
Coloquei uma almofada em meu colo, pra que ela não estranhasse com algo , e ela se deitou com a cabeça em meu colo.
Passei os dedos entre seus lindos cabelos loiros e pescoço, Acariciando.
e ela logo dormiu.
Eu não via a hora de ela se recuperar
Pra torturá-la ainda mais, Claire queria sentir a morte, e ela vai sentir.
Vou acabar com ela de pouco a pouco, vou fazê-la louca assim como eu, pra depois dar oque ela tanto ansia.
A morte.
Fiquei ouvindo algumas músicas e mexi um pouco no celular, eu estava sem sono e sempre dormia tarde.
Mas depois de um tempo eu também adormeci, sentado com ela deitada em meu colo.
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Entre Amor E Mortes
HorrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...