Capítulo cento e sessenta e um: Passado ruim.

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Ser

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Ser... mãe?
Eu não posso, e ele também não pode ser pai!
Como uma criança poderia crescer mentalmente saudável em meio à dois doentes mentais? Isso estava errado.
Trazer uma criança ao mundo apenas pra sofrer...
Não! Não quero ter uma criança que sofra ainda mais... ainda mais que eu sofri e ainda sofro.
Sei que errei... Quando pedi pra sentir o prazer dele dentro de mim.
Mas ele também errou quando o fez mesmo me vendo implorar pra parar.
Nós dois erramos...
Ele Disse que deveríamos ter usado proteção, e que apartir de hoje iríamos começar a usar.
Mas, não adiantaria de muita coisa já que o pior aconteceu.
E agora as chances de eu ficar grávida são grandes.
Mas, Rafael me disse pra ficar calma e pediu pra que eu não me estressasse tirando conclusões precipitadas.
Certo, certo. Acalme-se Claire! Talvez você nem esteja grávida...
Tentei me controlar enquanto apertava com força o tecido da camiseta de Rafael que eu vestia, mas olhei pela janela do carro e só piorei.
Haviam cinco policiais na porta da minha casa, e o cliente do meu pai, Lohan. Estava com eles.
Droga!! Essa não...
Oque vamos fazer? Meu amor vai correr perigo!
Olhei para ele que estava atento em estacionar o carro, e puxei o tecido macio de sua camisa, com minhas mãos trêmulas e um pouco suadas de nervosismo.
-R-Rafael...
O chamei baixinho, e ele se inclinou rapidamente pra ver oque me deixara tão assustada.
Então, ele viu os policiais e o homem com eles.
- P-Porfavor, vamos voltar...
Implorei, eu não queria vê-lo em risco nenhum! Eu não posso perdê-lo!
Ele é tudo pra mim...
Mas ele então negou, e pegou com força em meus cabelos me fazendo arfar de dor, e sussurrou em meu ouvido que eu deveria ficar calada e apenas obedecê-lo, que iríamos descer.
Assenti que iria obedecê-lo em tudo, e ele me soltou.
Céus...oque ele está planejando fazer?
Eu estava tão preocupada! Eram cinco policiais!
Olhei para ele, tentando entender oque ele iria fazer.
Rafael pegou seu sobretudo e o vestiu, depois começou a procurar por algo pelo carro e abriu a gaveta embaixo do banco do motorista.
Ele pegou um pequeno frasco, e colocou-o no bolso de seu sobretudo.
Então descemos, e fomos até eles que nos interrogaram.
Rafael os enganou muito bem, e os convidou para dentro da minha casa.
Eu ainda estava confusa, mas já parecia saber oque ele iria fazer.
Fomos até a cozinha aproveitando a distração dos homens, e ele me perguntou se havia uma bebida pronta na geladeira.
Assenti que sim, me lembrando do refrigerante que havia sobrado da nossa incrível noite das garotas e ele me mandou ir pra sala inventar qualquer história sobre meus pais para distrair os policiais e o cliente do meu pai.
O obedeci é claro, e inventei histórias falsas falando que meu pai estava bem e que estava sem celular, tentei parecer o mais natural possível e quase não gaguejei.
Enquanto isso, Rafael estava fazendo algo com o refrigerante e o frasco desconhecido.
Será que era... veneno?
Céus, Isso...
Eu estava diante de homens de família, provavelmente casados, com filhos, com uma mãe e um pai...
E eles estavam prestes a morrer...
Pessoas tão inocentes!
Droga...
Mas, se for para meu amor continuar vivo, por mim tudo bem.
Então ele me disse que iria pegar alguns copos, e me chamou até a cozinha.
Ele Disse que eu deveria abrir uma lata de refrigerante pra mim e pra ele, enquanto levava a garrafa maior para a sala.
Se nós não vamos tomar da mesma garrafa... sim, minhas intenções estavam certas.
Rafael vai envenená-los!
Servi nossos copos com o refrigerante da lata devagar, até a metade.
Minhas mãos tremiam e eu suava frio, estava nervosa.
Eu o amo! Mas... ele é muito cruel...
Essas mortes ao meu redor me deixam em choque e eu choro de desespero.
Eu só queria que ele fosse normal, que eu fosse normal.
Que nosso relacionamento fosse como todos os outros...
Uma lágrima ameaçou sair de meus olhos, e eu senti meu coração doer.
Eu queria tanto estar em paz com Rafael...
Queria ser feliz ao seu lado, sem assassinatos, sem mortes, sem loucuras...
Mas com toda certeza isso nunca irá acontecer.
Eu nunca vou fazê-lo sentir amor, como eu havia pensado antes.
Ele é um psicopata... psicopatas não sentem amor, não sentem nada.
Rafael deve estar me enganando, ou só tentando me manter perto dele...
Mas ele cuida tão bem de mim, o toque dele é tão doce quando não me machuca...
E eu não consigo me ver sem o carinho dele! Sem seus beijos...
É como se eu estivesse presa à ele!
Sem poder me libertar.
ele é viciante, e por mais que eu tente me afastar ele me faz voltar rastejando aos seus pés.
Isso é tão doloroso, mas ele disse que se eu realmente o amar, vou suportar tudo isso e ficar ao seu lado.
Porque esse é o jeito dele...
Eu vou me esforçar, vou ser forte e dar tudo de mim! Porque o amo de verdade! Mas isso dói tanto, cansa, machuca... e eu não sei até quando irei aguentar.
Mas o fato é que: a minha vida já foi pior, e eu tenho como comprovar.





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