Capítulo Especial.
Quem é o anônimo?
Desde às 5 da manhã, estou dirigindo incansávelmente por Nova York.
Sabendo que essa era a cidade de origem dele, e também sabendo que apenas ele e a garota ruiva sobraram da guerra que não participei.
Eu ainda me culpo, por não ter os ajudado, por deixá-los sozinhos e praticamente indefesos, enquanto eu estava bem.
Naquele dia, voltei pra casa no Canadá, peguei todas as minhas coisas e sai de lá como se nunca estivesse chegado.
E enquanto eu estava no carro, a dor me destruía enquanto eu pensava no que eles estavam passando naquele momento.
Dirijo por Nova York, a cidade está bem iluminada e linda.
Lembro muito bem que eu adorava passear pelo centro da cidade depois de assaltar alguns bancos, e até mesmo matar pessoas aleatórias por dinheiro.
E exatamente por essas coisas que eu fazia, tive que mudar minha identidade, aparência, casa...
Eu era procurado pela polícia, e assim que eu soube que eu era alvo deles, me mudei dos pés a cabeça.
Meus cabelos castanhos claros, agora estavam diferentes, eu havia os colorido de azul escuro.
Mas não mudei a cor dos meus olhos, pois castanho era comum.
Subornei alguns funcionários do cartório oficial de nova York, oferecendo uma boa grana pra que eles mudassem meu nome e não dissessem à polícia quem eu era.
Agora, você vai me conhecer Como Tyler Thornton.
Um assaltante de bancos poderosos, um subornador que faz tudo por dinheiro e vagante de estrada em estrada.
Estou procurando pelo psicopata canibal e pela ruiva há muitos meses, pois recebi uma visita inesperada, no hotel onde dormi em uma de minhas noites vazias.Hotel Cammaronna,22:45 NY
Eu estava sentado na cama, olhando pela janela aberta onde o vento frio corria devagar, tudo parecia tão calmo...
Mas, em minha mente era uma eterna confusão.
E se eu tivesse ficado junto com eles?
Será que eles conseguiram e estão vivos?
Porquê eu os deixei?
Eu temi tanto por minha vida naquela guerra, que me afastei dos meus amigos, tudo oque eu queria, era encontrá-los e pedir perdão.
Fechei os olhos e abaixei a cabeça, desejando que eles estivessem vivos pra me perdoar.
Porém, ouço um barulho alto de pés pisando no chão, e abro os olhos rapidamente.
- Boa noite, covardezinho.
Uma voz reconhecível soa, e eu não podia acreditar que era a garota que sempre esteve comigo e me ajudou tantas vezes.
Era quase impossível acreditar que ela havia traído nossa gangue com os da gangue rival.
A linda garota de cabelos cacheados em perfeitas ondas, seus olhos agora estavam tão incomuns quanto minha mente bagunçada, eram escuros, mas brilhantes e agora Ela parecia ser uma pessoa maligna.
Meu coração se apertou naquele momento em que ela me chamou de covarde, mesmo eu sabendo que eu realmente era.
- Oquê veio fazer aqui? Como me encontrou? Sua traíra...
Falei, jogando toda a verdade contra ela.
Mas, ela apenas sorriu, e entrou pra dentro do apartamento(hotel) onde eu estava, pela porta do quarto.
- É fácil encontrar um ratinho fujão.
Disse ela, com deboche e uma sádica expressão.
Era quase impossível de acreditar, ela esteve durante tanto tempo comigo e meus amigos.
Ela ajudou a cuidar do lobo do Rafael, mas era tudo uma farça.
Eu ainda me lembro do quanto foi doloroso quando ouvimos que ela tinha mentido esse tempo todo, naquela montanha de neve, ela se juntou com a outra gangue e presenciou de camarote nossos amigos morrerem.
Seu reaparecimento foi tão repentino depois da guerra no Canadá, que fiquei confuso.
Porquê ela está aqui?
- Só vim avisar, que graças à você ser um cachorro com o rabo entre às pernas, os Blacktides já não existem mais. Adeus.
Ela disse e se virou pra porta, pra sair rapidamente pela noite após me dar uma notícia tão trágica.
As lágrimas se acumularam em meu rosto, Deus, porque?
Senti uma imensa dor, já imaginando o quanto suas mortes foram tristes.
Me sentindo realmente o covarde que sou.
Mas respirei fundo e Me aproximei dela.
-Espera! Alguém saiu vivo, eu tenho certeza, eu pressinto... então quem foi?
Perguntei, triste e destruído ao saber que muitos que eu amava morreram.
Mas eu sentia que algum deles estava vivo.
Ela se virou e me olhou nos olhos, com aqueles assustadores olhos sérios e pegou algo do bolso de seu suéter preto.
Me parecia ser uma carta.
- Olhe com seus próprios olhos.
Ela estendeu a mão, e me deu a carta.
- a gangue dos whites também não existe mais, eu vou desaparecer da sua vida pra sempre, só queria saber como estava o único que fugiu da guerra e entregar uma notícia.
Entregar...
Então, a resposta estava naquela carta...
A olhei novamente, prestes a perguntar algo, para que ela fosse mais clara.
Mas apenas senti um vento batendo em meu rosto e em meus cabelos naquela noite fria, olhei para a porta e ela acenou e saiu apressadamente.
Ela havia desaparecido... para sempre.
Não pude sequer dizer adeus, ela tinha sido uma pessoa importante pra mim.
Porém, que infelizmente traiu minha confiança.
Me sentei novamente na cama e abri a carta de papel vermelho cor de sangue.
Ali, havia um papel amarelado e um envelope preto.
Deixei o envelope em cima de cama e comecei a ler o papel.' Os que se foram'
Apenas aquilo estava escrito no papel, meu coração começou a palpitar forte, e peguei o envelope preto.
Respirei fundo, já sabendo oque me aguardaria.
Abri o envelope, e vi uma foto impressa.
Aquilo quebrou meu coração em pedaços incontáveis, as lágrimas caíram de meus olhos descontroladamente e comecei a me culpar e me insultar por aquilo.
A culpa era minha.
Na foto, o corpo de Caio, Tânia e Voltaire estavam estirados na neve suja de sangue, seus rostos estavam sem expressão e agora congelados pela eternidade.
Eles estavam mortos...
Chorei como uma criança, de tanta dor que senti ao saber que minha "família " havia sido morta, éramos uma gangue de foras da lei, mas eles haviam me abrigado e protegido, e agora estavam mortos!
Se eu tivesse ficado, e ajudado...
Mas, parei de chorar por um instante, e comecei a pensar...
Se Caio, Tânia e Voltaire estavam mortos, então Apenas eu, Rafael e acerá restamos.
Tirando Pâmela, que era uma traíra.
Então... onde eles estariam agora?
Depois me toquei que nova York era a cidade natal de Rafael, o assassino, e também nossa antiga localização como gangue.
Será que acerá e Rafael voltaram pra lá?
Respirei fundo, ainda triste depois de saber que metade de meus amigos haviam morrido, arrumei minha mala de roupas que estava no hotel, peguei o dinheiro do meu último assalto à banco e comprei um Carro.
Desde essa noite maldita eu estou vagando pela estrada, procurando os únicos que restaram daquela guerra fria, para implorar pelo perdão deles.
Naquela noite eu havia pintado meu cabelo e mudado meu nome, pra viajar sem ser reconhecido pela polícia.
E eu espero encontrá-los o mais rápido possível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Amor E Mortes
HorrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...