Capítulo trinta e dois: prisioneiro da loucura.

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'Oh, estou perdendo os sentidos, estou perdendo a cabeça por culpa sua

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'Oh, estou perdendo os sentidos, estou perdendo a cabeça por culpa sua.
Não consigo ficar um minuto sequer liberto de você.
Eu sou um prisioneiro das loucuras que imagino fazer com você.'

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Já fazia algum tempo que eu estava ali, abraçado ao meu melhor amigo.
O único que restou depois de Caio.
O meu predador.
Ele continuava me lambendo, animado por me ver, e eu só conseguia rir de felicidade.
Acerá estava em pé do meu lado, olhando enquanto eu e predador tinhamos contato por alguns minutos.
Como eu disse, acerá havia ficado muito deprimida com a guerra, presenciar a morte dos amigos e entes queridos, que pra nós era como uma família, não é fácil.
Então ela me pediu pra ficar com o predador a maior parte do tempo e eu deixei.
Eu ficaria bem descontando tudo nas minhas vítimas. Já ela, jurou que nunca mais mataria ninguém.
E me fez jurar também, acerá queria que esquecessemos tudo aquilo que nos aconteceu, e seu sonho era que seguissemos a vida como duas pessoas normais.
É claro que eu não estava cumprindo isso, mas ela não sabia, e se depender de mim, ela nunca vai saber oque faço.
- Predador, Você está deixando o papai todo babado, para
Falei ainda sorrindo pra ele, levantando logo em seguida.
Ele rapidamente veio ao meu lado.
-Bom garoto.
Falei, passando a mão em seu pelo lindo e agora macio.
- Bom... eu pago aqui, você pode ir pro carro com ele se quiser.
Ela disse, com um meio sorriso enquanto tirava de sua bolsa preta sua carteira.
E então, eu peguei predador pela corda da coleira.
- Tem certeza que não precisa de ajuda pra pagar?
Perguntei, olhando pra ela e a mesma negou.
- Não preciso, pode deixar.
Assenti, e sai da clínica com meu lobinho.
Claro, ele não era um lobo, mas eu o chamava assim porque a semelhança era grande.
- Vamos embora?
Falei, olhando para ele, em seus lindos olhos azul e cor de fogo.
Predador logo pulou em cima de mim, ficando de pé.
- Para, nós já vamos embora, assim você vai sujar o papai.
Falei, acariciando seu pelo mais uma vez e ele desceu.
- Vem, vamos.
Andei com ele, atravessando a rua e indo até o carro de acerá, abrindo a porta do banco de trás e logo, ele entrou e se sentou.
Predador não era treinado nem algo do tipo, mas ele sempre me obedecia.
Ele era tudo que eu tinha daqui pra frente.
Abri a porta da frente, ao lado do motorista e entrei.
Fiquei ali sentado, esperando acerá, e enquanto isso eu olhava pela janela, vendo a neblina daquela cidade fria.
E o que eu mais odiava...
Aquela maldita Vadiazinha não saia da minha cabeça.
Eu ficava completamente puto ao ser afrontado por uma vítima, que foi oque ela fez.
Nada me tira da mente, aqueles olhos escuros sem brilho algum, que expressavam desgosto e despreocupação com a vida, seus  cabelos loiros longos...
Aquele jeito de falar que escondia segredos e me afrontava.

" Porquê não me mata logo?"

" Oquê você quer comigo?"

" Eu não tenho medo de morrer"

Todas aquelas pequenas frases que ela havia dito, em apenas duas vezes que eu a encontrei, me despertaram uma obsessão sádica por pegar aquela garota e acabar com ela de pouco a pouco.
- Olá bebê, voltei.
Ouvi a voz animada e reconhecível de acerá, me tirando dos meus loucos pensamentos.
- Ah, Oi.
Falei, me ajeitando no banco e dando uma olhada rápida em predador enquanto acerá entrava e ligava o carro.
Ele havia deitado no banco de trás, provavelmente estava tirando um cochilo.
Sorri de canto, feliz ao vê-lo novamente.
E é claro que já pensei em levá-lo de volta pra casa, ficar comigo...
Mas agora, tendo red room como um emprego fixo, não seria tão fácil dar a atenção que ele precisa.
Já acerá, tem todo o tempo de seu dia pra passar com ele.
Ela o levava pra passear, comprava guloseimas pet e tudo que ele gostava.
Isso eu também poderia fazer, mas com o tempo que passo sequestrando vítimas e levando pra torturar e ganhar grana, seria quase impossível.
Então resolvi deixar ele com acerá, e optei por apenas visitá -lo quase sempre.
- E então, vamos ficar na sua casa ou na minha? Se é que me entende...
Disse ela, com um olhar de perversão enquanto dirigia pela estrada, e eu rapidamente entendi.
Ela queria transar, e eu também.
Mas enquanto eu olhava pra seus olhos verdes que expressavam excitação por mim, minha mente me trouxe de relance a imagem do rosto sem vida e mórbido de Claire, a loirinha que tanto me intrigava.
Levei uma mão até meu cabelo, e a passei pelo mesmo.
- Você está bem?
Acerá perguntou, enquanto me olhava  de relance, dirigindo o carro.
Assenti com a cabeça, ela não poderia saber de nada, pra ela eu estou apenas tentando seguir a vida.
- Estou.
Ela então ficou confusa.
- Você ainda não me respondeu...
Disse ela, ainda me olhando rapidamente e voltando os olhos ao volante.
A ignorei por um instante, e vi as horas na rádio do carro.
Eram 10 da manhã...
Interessante, essa é uma hora antes da que os estudantes da manhã costumam sair.
Eu vi Claire entrando pelo portão daquela escola...
Aquilo me fez sorrir de canto, e eu, sem ao menos perceber já tinha um plano em mente pra dar o primeiro castigo à ela.
O primeiro de muitos.
- Rafael? Não tem nada pra me contar?
Perguntou acerá, confusa e sem entender porque eu passei tanto tempo calado.
Olhei pra ela, e neguei com a cabeça.
- Não.
Falei, enquanto levei uma mão até sua coxa, por cima de seu vestido.
A acaraciei com excitação, olhando cada expressão de seu rosto.
Mas então, novamente, os pensamentos que eu tinha sobre aquela garota começavam a surgir, e eu parei.
Acerá afastou minha mão de seu corpo.
- Estou ficando preocupada com você.
Disse ela, enquanto me olhava tentando entender o porquê eu estava daquele jeito.
Respirei fundo, e pensei novamente na minha vítima mais misteriosa.
Pensei em Ir até minha casa, pegar meu carro, e ficar na frente da escola, esperando até ela sair.
Perfeito... eu iria sequestrar Claire.
Mas antes, eu devia concertar as coisas com acerá pra que ela não desconfiasse de nada.
Olhei pra ela.
- Acerá, não tem nada com que se preocupar, tá? Só estou com um mal estar e uma dor de cabeça, mas se eu dormir, ficarei melhor com toda certeza.
Falei, e ela sorriu um pouco seco e ainda meio confusa.
- Ah, tudo bem, entendo...
Ela disse, enquanto continuava dirigindo, estávamos atravessando a ponte, e já bem perto da minha casa.
-- Então vamos deixar nossa diversão pra noite, oque acha?
Falei, a olhando com meus olhos azuis perversos.
Ela assentiu.
- Sem problemas, que tal na minha casa?
Ela disse e eu dei de ombros enquanto ela adentrava a floresta com o carro, já praticamente ao lado de minha casa.
- Qualquer lugar.
Eu disse olhando pelo vidro do carro, e logo chegamos em minha casa bem sofisticada e um pouco longe do centro da cidade.
- Então já vou, até a noite.
Falei e a puxei pra um beijo rápido.
Mordendo seus lábios devagar, imergindo minha língua em sua boca enquanto uma mão estava em seu pescoço e outra tocava seu corpo.
Mas, logo parei.
Eu tinha uma coisa importante a se fazer agora.
- Vou indo, até.
Eu disse e passei uma mão em predador, em seus pelos pretos e macios, e desci do carro.
- Até, descanse bem.
Ela disse com um sorriso, apenas Assenti enquanto a vi se afastando de ré com o carro, indo em direção à ponte.
Sem demorar muito lá fora, assim que acerá saiu, entrei em casa.
Fui até minha sala de tortura e peguei
Um vidro de clorofórmio e um conta gotas, e também um lenço branco.
Desci rapidamente, já eram 10:30.
Entrei em meu carro, e dirigi ansiosamente pela estrada neblinosa e fria, até aquela escola, obcecado pra pegar aquela putinha que me desafiou e dar oque ela merece.

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