Me encolhi um pouco enquanto ele me olhava, com aquele olhar sádico, e ouvi suas palavras com atenção.
Depois, parei um momento de desafiá-lo e fiquei com a última coisa que ele havia me dito em mente.
Ele sabia onde eu estudava, e aquilo era só o primeiro passo de seus malignos planos.
Me imagino se algum dia esse maníaco descobre que tenho um único amigo, que é Ethan, e o ameaça por minha culpa.
Ou, até pior! Por tudo que Rafael fez, já sei do que ele é capaz.
Não, eu não poderia pôr a vida de Ethan em risco, de modo algum.
Mas... obedecer às ordens desse psicopata, significaria estar livre para ele fazer comigo oque desejar e quiser.
Mas eu prefiro sim sofrer e ser torturada até a morte, do que pôr a vida de meu melhor amigo em risco, que era tudo oque eu tinha de bom em minha inútil vida.
Ethan sempre me alegrava, e era a luz dos meus dias mais sombrios.
E eu nunca poderia imaginar vê-lo morto.
Então, respirei fundo. Eu já não me importava mais com a minha vida.
Meus pais não me amavam.
Eu era agredida na escola.
Viver... porquê?
E sim, sendo sincera, eu me achava um enorme peso para ele.
Era como se eu esmagasse aquele doce garoto dia após dia com meus problemas.
Então penso que se eu partir desta vida, Ethan ficará melhor.
- E então? Estou esperando à resposta da minha pergunta.
Se eu não respondesse, provavelmente ele irá buscar saber, e eu não quero que ele saiba de Ethan.
Não quero que meu amigo corra perigo algum.
Ele não merece sofrer por minha causa, nas mãos desse assassino.
E Rafael Blacktide havia me perguntado o porquê de eu tentar fugir de suas mãos, se quero tanto morrer.
A resposta, Ethan me motivava à continuar é claro, mesmo eu sabendo que estava o atrapalhando com meus problemas.
Mas claramente eu não contaria isso á ele.
Também tem outro motivo.
Através do suicídio, poderei provar que minha vida foi dolorosa, que realmente não aguentei mais toda essa tristeza, aperto no peito e cortes.
Porém, se eu for assassinada, muitas pessoas se juntarão em volta do meu corpo frio dentro de um caixão, e contarão tantas e tantas mentiras.' Ela foi uma boa garota '
'O mundo não a merecia'
' nós amávamos ela'
' Sentiremos sua falta'
Oque é, como já dito. Mentira.
Em vida, ninguém fez por mim oque disse no meu velório.
- E-Eu apenas prefiro morrer por minhas próprias mãos.
Falei, gaguejando um pouco mas logo retomei à minha voz normal.
Ele então apenas me olhou e arqueou uma sobrancelha.
- Então porque ainda não fez isso?
Perguntou, e aquilo entrou como uma faca no meu crânio.
Mas eu sabia o porquê de não ter cometido suicídio ainda.
Mas, se eu quisesse a segurança de meu amigo, eu teria que responder tudo oque Rafael Blacktide perguntasse.
- N-Não tive coragem o suficiente ainda.
Falei, engolindo em seco e tentando criar o mínimo de coragem para olhá-lo nos olhos.
Mas então, o vi se aproximar de uma pequena e baixa mesa sofisticada de quarto feita de vidro, onde estava uma outra garrafa de bebida, dessa vez, parecia vodka.
Ele parecia gostar de álcool.
E então, pegou um copo pequeno e colocou uma dose da bebida.
- Sem coragem? Pois saiba, que eu tenho coragem o suficiente pra matar você, mas não vai ter graça alguma se eu te matar de uma vez só, entende?
Estremeci ao vê-lo se aproximar de mim e tomou um gole, me olhando de maneira sarcástica.
- Já disse que prefiro morrer pelas minhas próprias mãos.
Falei finalmente o olhando olho à olho.
Aqueles olhos azuis que mais pareciam com a água do mar de toda nova Jersey, seu sorriso sádico me causava timidez e me deixava trêmula.
Esse psicopata, um homem alto e tão maligno. E ainda autoritário...
Manipulador e louco como um hospício inteiro.
E isso, era apenas o pouco que eu sabia dele.
- Sinto em lhe dizer, minha putinha, que no final de tudo isso... as mãos que tirarão sua vida serão as minhas.
Ele falou, tão frio e sádico com aquela voz rouca e grave.
Eu odiava com todo meu coração quando ele me chamava daqueles apelidinhos tão idiotas! Aquilo me irritava.
- Não sou uma puta, muito menos sua.
Falei, baixo. Mas o suficiente para que ele entendesse.
Me senti forte naquele momento, mas logo me lembrei do quanto aquele homem era o próprio diabo, e rapidamente me pus a ficar calada.
Porém, me arrepiei e minhas pernas fraquejaram quando o vi tomar a última dose e vir até mim, me prensando na parede novamente.
E abaixando um pouco, devido à ser bem mais alto, Ele se encostou entre meu ouvido e pescoço, e pôs sua perna entre as minhas, sussurrando baixo.
- Se quiser a paz pra você e todos que conhece, vai ser oque eu quiser!!
Engoli em seco, pensei em Ethan, e também... nos meus pais.
Por mais que eu sentisse a dor de não ser amada pela família, o inferno que era ser espancada por rosie e Adam...
Mas mesmo assim, eu os amava.
Eles eram meus pais, eles me sustentavam.
E eles não mereciam sofrer nas mãos de um maníaco por minha culpa.
Ainda mais Ethan liam, que tanto me protegia e me fazia feliz.
E então A partir daquele momento em que vi Rafael Blacktide olhando nos meus olhos, propondo que se eu o obedecesse, todos à minha volta seriam poupados de suas loucuras, decidi simplesmente fazer oque ele quiser.
Minha vida era dolorosa e triste, eu não tinha motivos pra viver.
Já Ethan, é alegre e otimista, se eu morrer, ele irá superar logo.
Antes eu, do que ele.
Respirei fundo e o olhei.
- Eu farei tudo oque você mandar, desde que não toque nos meus conhecidos.
Falei, com a voz falhada, eu estava frente à frente com um psicopata, então, um pouco de medo me dominava.
O vi sorrir de canto, um sorriso sádico e que me causava arrepios por todo o corpo.
-Feito.
Ele disse, com convicção, enquanto me olhava de cima à baixo.
Estudando sua nova vítima.
Eu não sei oque ele faria comigo.
Não sei oque me aguarda em suas mãos.
Mas não tenho medo, eu já sofri o suficiente.
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Entre Amor E Mortes
HorrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...