Capítulo Cento e catorze: Meredith, e o Reencontro sangrento.

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Eu e Claire estávamos em meu opala preto, ela no banco da frente ao meu lado, enquanto eu dirigia, pelas ruas frias e iluminadas da cidade

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Eu e Claire estávamos em meu opala preto, ela no banco da frente ao meu lado, enquanto eu dirigia, pelas ruas frias e iluminadas da cidade.
Ao sairmos do hotel, eu observei todos que estavam lá, e haviam algumas pessoas bem apavoradas, e ao sairmos para fora, nos encontramos com alguns policiais em volta de uma enorme mancha de sangue, e uma ambulância saindo do local.
É, como esperado, encontraram o corpo da camareira.
Mas eu estava despreocupado com aquilo, pois ela já estava morta e não havia digital alguma minha ali.
Claire olhou para os policiais sem entender, ela me olhou um pouco nervosa, mas não perguntou nada até agora.
Ela estava um pouco pensativa olhando pela janela, enquanto andávamos pela estrada, até o restaurante.
Porém, ela se inclinou um pouco, parecendo se esforçar pra tentar ver algo.
- Oque houve?
Perguntei, parando o carro.
Ela então se virou pra me olhar parecia preocupada.
- Eu acho que vi alguma coisa...
Disse ela, e eu a olhei sem entender.
- Viu oque?
Perguntei enquanto dava ré, pra ver oque deixava claire tão preocupada.
Ela então ficou de joelhos no banco, olhando pela janela, e se virou pra mim.
- Ali, um homem acabou de deixar uma coisa branca perto do lixo, e está se movendo...
Olhei do vidro ao lado de Claire, não consegui ver muito bem, então peguei minha pistola e desci do carro.
- Me espera aqui, eu vou ver oque é.
Ela apenas assentiu, e eu dei uma rápida checagem no local antes de sair do carro.
Não havia câmeras por perto, era só um beco escuro e vazio com algumas caçambas de lixo.
Desci e fui até oque se movia devagar,para ver oque era.
E oque vi me fez tomar outra decisão drástica.
Uma gatinha branca, com o pelo sujo de terra e sangue.
Ela aparentava estar sem forças, deitada no chão, se movia um pouco tentando pedir ajuda.
O homem que estava à alguns passos à minha frente à havia deixado, como Claire disse.
Que caralho, esses filhos da puta pensam que animais são lixos ? Que podem ser descartados.
Rapidamente peguei a gatinha e a envolvi em meus braços com cuidado, ela miou rouco, parecia agradecer com as poucas forças que tinha.
Eu logo me lembrei de predador.
Quando o encontrei na neve, à beira da morte...
Eu o salvei, e hoje ele é meu fiel escudeiro.
Pensei em Claire, ela nunca havia tido um bichinho, pois os pais haviam dito que faziam " Faziam sujeira" e "Atrapalhariam".
Que noite perfeita pra se ajudar um pequeno anjo de quatro patas...
Com pressa pra cacete levei a pequenina até meu opala, na porta ao lado de Claire e a abri.
Ela me olhou com um olhar surpreso, e um pouco triste ao mesmo tempo.
- Segura, tem um sobretudo no banco de trás, use pra aquecer ela. Eu já volto.
Rapidamente, aproveitando que não havia câmeras onde estávamos e antes que o homem pudesse sair do beco, peguei minha arma e minhas luvas pretas de látex e fui até ele.
Ele percebeu meus passos e se virou pra mim, seus olhos se arregalaram quando eu apontei a arma pra ele.
- NEM MAIS UM PASSO OU EU ESTOURO SEUS MIOLOS.
Ele então começou a estremecer, e assentiu várias vezes.
- S-SENHOR POR FAVOR!!!
Neguei com a cabeça o interrompendo.
- Porfavor? Você sabe o quanto aquela gata estava pedindo isso desesperadamente com o olhar? Ela está num estado deplorável porra! Você pensa que animais são lixos descartáveis???
Falei com minha voz grave o intimidando, o homem ficava cada vez mais trêmulo e suava frio de medo.
- N-não senhor!!
Exclamou ele, gaguejando.
Engatilhei a arma, e coloquei o dedo no gatilho.
- Vou te mostrar quem é o verdadeiro lixo aqui...
Sorri de canto, o olhando com perversidade.
Esse desgraçado, ele vai pagar.
- P-PORFAVOR NÃO ME MAT...
Antes que ele pudesse acabar seu inútil pedido por misericórdia, atirei em sua cabeça várias vezes, respingando sangue pelo muro, e sacos de lixo.
Ele caiu no chão, já morto.
Porra... preciso me livrar do corpo dele, ou fazer alguma coisa que me despiste.
Como estou de luvas e minhas digitais não constam na arma, tive uma ideia.
O peguei pelo braço e o empurrei para o canto do beco, e coloquei minha arma em sua mão.
Pronto, agora as digitais dele são dominantes.
Será outro suicídio.
Não me importo tanto com minha arma, pois trouxe várias reservas e em Nova Jersey ainda tenho várias.
Também posso comprar quantas eu quiser na deep web em um estalar de dedos.
Tirei as luvas e as coloquei no bolso para guardar no carro, e atravessei a rua entrando em meu opala.
Fechei a porta, e olhei para Claire.
Ela estava olhando para a gatinha agora envolvida com meu sobretudo, e fazia carinho em seu pelo.
Ela então me olhou.
- V-você a salvou?
Ela me perguntou, olhando em meus olhos e eu assenti.
- Isso é o mínimo que eu tenho que fazer, ela ia morrer de frio e dor, mas pelo menos o merda que fez isso já foi punido como deveria.
Falei, ligando o carro e dando partida, saindo dali o mais rápido possível.
- Você protegeu ela... Porquê?
Ela disse, levou uma mão até a minha,
Que estava no freio.
A segurei, envolvendo sua mão pequena e macia na minha.
Seus dedos pequenos sumiam entre os meus.
Ignorei a pergunta dela, depois eu a responderia se eu quisesse.
Agora preciso ter certeza de que essa gatinha tenha uma ótima recuperação da maldade à que foi submetida.
- Tem uma clínica 24h por aqui, vamos deixar ela lá pra fazer oque for preciso. cirurgia, medicação, banho e a porra toda.
Falei, sem me preocupar com quanto eu iria gastar, como eu disse, dinheiro nunca foi um problema pra mim.
E eu só quero que essa pequena e doce criancinha melhore.
- M-me desculpa... Mas posso perguntar uma c-coisa?
Disse ela, um pouco nervosa, aquecendo a gatinha em seus braços.
Assenti que sim, enquanto entrava na rua da clínica.
- N-nós... vamos adotá-la?
Perguntou ela, olhando a gata em seus braços, ela parecia ansiosa por algo, alguma resposta.
- Talvez uma companhia felina possa te deixar melhor e mais confiante, então vamos sim.
Falei, olhando em seu rosto rapidamente.
Os olhos dela brilhavam como todas as estrelas que estavam no céu, um lindo sorriso se fez em seus lábios avermelhados, e ela abraçou a gatinha branca com cuidado para não machucá-la ou sufocá-la.
- I-isso é verdade? M-muito obrigada... é o dia mais feliz da minha vida...
Disse ela, enquanto uma lágrima caia de seus olhos.
Sorri de canto, mas não era um sorriso perverso como os outros, era realmente de felicidade.
Pois Claire estava sentindo oque eu sinto quando estou com predador, meu fiel companheiro.
E é uma sensação boa pra cacete.
Na rua ao lado, já pude ver uma placa grande e iluminada, que indicava que era a clínica que eu estava procurando.
Virei, e parei no estacionamento para clientes.
Desci do carro, e fechei a porta indo até a porta de Claire.
Ajeitei meu cabelo e minha corrente de prata em meu pescoço, e abri a porta.
- Quer que eu segure ela?
Perguntei, já que ela estava de salto alto.
E porra, Claire ficava perfeita com eles.
Na verdade, ela ficava perfeita de qualquer modo.
ela então negou, se levantando e saindo devagar, a gatinha parecia tranquila nos braços dela, Claire evitou se mexer muito rapidamente para não assustá-la.
- N-Não precisa, eu consigo.
Disse ela, e eu apenas assenti, trancando o carro.
Claire foi andando na frente, e eu fui atrás dela.
Entramos na clínica veterinária iluminada e extensa, em Nova York as coisas eram bem sofisticadas e exuberantes, é claro.
Haviam petiscos, medicamentos, brinquedos, hotel e tudo que se imaginaria para um pet ali, variedades imensas.
Fui até um dos vários balcões com Claire, e a atendente, uma garota de cabelos preto escuros e olhos castanhos nos atende com gentileza.
- Olá Boa noite! No que posso ajudar?
Perguntou ela, e eu me aproximei.
- Boa noite, encontramos essa gatinha ferida na rua, provavelmente sofria maus tratos. Vou adotá-la e quero uma bateria de exames pra saber se ela está bem, e caso não esteja quero que providenciem cirurgia, medicamentos, banho, e tudo que ela precisar, vou pagar por tudo.
Falei, e a atendente olhou para a pequena nos braços de Claire.
- Ah sim, certo. Ela vai para uma rápida consulta de observação e nós vamos dizer do que ela precisa, pra fazermos o orçamento. O auxiliar Josh virá buscá-la. Qual o nome dela?
Quando tudo parecia ir bem, e eu estava prestes à responder, a atendente falou a porra daquele nome...
Parei por alguns minutos, meus olhos azuis tentavam enxergar o tal Josh, e o ódio e rancor tomaram conta de mim.
Será que é quem estou pensando?
Porra, pode ser qualquer outro Josh, mas se for aquele desgraçado...
- Senhor, qual o nome dela?
Ouvi a voz da atendente me tirar dos meus pensamentos, e eu voltei a realidade ainda puto pensando sobre o tal Josh.
Fui torturado, e um dos caras que me torturou no passado tinha esse nome.
Mas como me vingue de todos, me lembro de como o matei, e eu o joguei no mar com um dos pés amarrados para morrer ali.
Caralho... devo estar enlouquecendo.
Olhei para Claire, que já estava me olhando à um tempo um pouco confusa.
- Ela é sua, qual nome você quer dar?
Perguntei, e logo olhei para a atendente que estava um pouco confusa.
- desculpe, é que Ainda não escolhemos um nome para ela.
Falei com um sorriso, disfarçando a vontade de matar que queimava dentro de mim naquele momento.
Ela então deu risada.
- Ah sim, claro. Podem ficar à vontade.
Ela disse, e eu passei a mão pelo cabelo.
Será que esse filho da puta conseguiu fugir de alguma forma? Porra, não é possível.
Quando estava prestes à enlouquecer novamente em meio aos meus pensamentos sádicos e impiedosos, senti algo pequeno e macio me tocar.
Era a mão de Claire, e seus olhos negros como a noite me encararam com doçura.
- R-Rafael... que tal m-meredith?
Ela parecia um pouco nervosa, mas pela felicidade e brilho doce de seus olhos, ela escolheu esse nome com todo o coração.
Sai de minha insanidade interior novamente, e assenti.
- É um lindo nome, então. Meredith.
Falei, e a atendente assentiu.
- Ótima escolha, vamos levar a pequena Meredith para a consulta então, tudo bem? Pode vir josh.
Perguntou ela e eu assenti ansioso de ódio, louco pra ver quem era esse tal Josh.
E então, oque eu não imaginaria que tivesse acontecido, aconteceu.
Um garoto saiu de uma das portas do centro atrás do balcão, vestindo um avental azul com o nome da clínica, e caralho... era a mesma aparencia do filho da puta.
É ele.
Esse desgraçado conseguiu sair vivo da tortura a qual eu o submeti, não sei como.
PORRA!!...
Ele então ao bater os olhos em mim, os arregalou, e pude ver um suor correr de sua testa, suas mãos estavam trêmulas. E ele sequer conseguia falar de tanto nervosismo.
Se ficou nervoso, então eu estou certo.
Esse merda tá vivo.
Mas não por muito tempo.
Mas, agi normalmente pra não levantar suspeita alguma.
Claire se inclinou um pouco pois o balcão era alto pra ela, e deu Meredith a Josh.
- Consulta rápida de check-up, depois me traga os resultados, porfavor.
Disse a atendente e ele assentiu.
- S-S-sim.... Eu v-volto já...
Ele falou.
Sim, SIM CACETE!
era o merda que me torturou, era a voz dele, a aparência, o nome.
A maneira como ele sentiu medo só ao olhar pra mim.
Era ele.
- podem aguardar na sala de espera.
Disse a atendente, mas eu estava tão puto com aquele reencontro inesperado que eu sequer ouvi.
Só pude perceber quando Claire tentava me puxar pela mão.
- Vamos... temos que esperar na sala de e-espera...
Disse ela, e eu logo voltei a minha realidade novamente, indo até a sala com ela.
Lá haviam várias poltronas, eu e Claire nos sentamos lado a lado.
Ela então se virou pra mim, e segurou minha mão.
-E-Está tudo bem? Você parece tão distante...
Perguntou, confusa.
Eu então assenti.
- Sim, depois precisamos conversar.
Falei, Claire já sabia sobre meu passado e era submissa como ninguém, não havia chance alguma de ela me denunciar ou escapar de minhas mãos.
Ela iria me ajudar a matar esse desgraçado de uma vez por todas.
Ela então se arrepiou e seu rosto ficou levemente corado.
- O-Oque fiz? M-me desc....
Antes que ela pudesse continuar, fiz u. Sinal para que ela se calasse, e falei baixo.
- Não é nada com você, depois eu te explico, apenas fique quieta.
Falei, e ela então assentiu, passando a mão por seu lindo vestido vermelho, ficando de cabeça baixa.
Logo, eu irei matar esse filho da puta de uma vez.
Mas antes eu vou torturá-lo, cortando sua pele e perfurando seus órgãos, Josh vai implorar por não ter alcançado à morte antes.

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