CÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!!
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Uma garota com tendências suicidas
cruza o caminho de um
Assassino em série.
Oque pode dar errado?
TUDO.
Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade,
e entendeu o motiv...
Me diga como posso me distanciar de você. Quero ficar longe Muito longe. Mas não consigo.
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Acordei devagar sentindo uma dor infernal, um ardor terrível. Abri as mãos e toquei em volta de mim ainda desacordada tentando saber onde eu estava e senti a água gelada em meu corpo. Pelo tamanho do lugar, eu estava em uma banheira. Banheira...? Abri os olhos devagar, estava tonta, e minha visão demorava para se ajustar corretamente. E então, olhei praa baixo e vi que realmente estava em uma banheira. Nua. Mas oque cobria meu corpo, não era apenas água, e sim... Sangue. Olhei para meu corpo, e vi meus pulsos sangrando e muito machucados. Mas não eram cortes finos, eram grosseiros e estavam acompanhados de roxidão e meu pescoço também estava assim, eu conseguia ver pelo reflexo do box do banheiro. Respirei fundo enquanto ainda estava sentada na banheira, tentando amenizar o ardor que eu agora sabia de onde vinha, e então ouvi um barulho na porta, e a mesma abrir. Era ele... Rafael Blacktide estava segurando um roupão, e havia trocado de roupa. - Ah, vejo que já acordou. Disse ele, se aproximando de mim e se abaixando ao meu lado. - Como se sente? Perguntou ele, olhando a água suja de sangue fresco e avermelhado como uma rosa morta. Eu sentia minha visão embaçar novamente, a tontura ainda tomava conta de mim, e eu sequer conseguia falar. Tentei recuperar forças pra dizer a ele oque eu estava sentindo, e também perguntar por Ethan, mas eu ficava pior a cada vez que tentava. Mas ele então me olhou, e levou uma mão até meu rosto gélido e molhado. - Se sente fraca, eu sei. Bom, você forçou muito a corda em seu pescoço e pulsos, e ela acabou cortando você. Ele falou, se inclinando pra mais perto de mim. - Preciso que você fique em pé um pouco, preciso estancar seu sangue e te tirar do frio, vem. Ele falou, sério, neutro. Estendendo a mão pra mim. Meu corpo estava trêmulo, parecia que eu não conseguia controlá-lo, meus pulsos estavam moles e eu sequer conseguia forças pra levantar. Mas eu o fiz, preciso recuperar forças pra saber sobre Ethan..! Segurei na borda da banheira ensanguentada, sentindo minhas pernas bambearem, e quando não pude mais me sustentar daquela maneira, cai sob o peito dele, que me segurou firmemente, olhando nos meus olhos. Meu corpo frio e molhado da água ensanguentada se encontrou com o corpo quente dele, e suas mãos estavam em volta da minha cintura. Olhei em seus olhos azuis perversos, e logo me lembrei de tudo que acontecera. Da festa na escola, Ethan sendo sequestrado e drogado por ele, depois ele... fez aquilo comigo na frente de meu amigo. A expressão de dor e tristeza dele, relembrar disso me deixava de coração apertado. Lágrimas caíram de meus olhos, me senti fraca como antes me sentia, impotente, inútil... Rafael atirou em Ethan, depois disse que o libertaria, mas... Ele pode ter o matado. E se .... Ethan morreu por minha causa?? Rapidamente, senti o mundo caindo sob minhas costas e uma dor terrível no peito me tomou. Então chorei como uma criança desconsolada, e levantei uma mão até o lindo rosto do próprio satã. - P-porfavor... me mate... me...m-mate... Implorei cansada e exausta de tanta dor e tantas mortes ao meu redor, enquanto me sentia ainda mais fraca, vendo meu sangue escorrer, mas então ele levou uma mão até meu lábios. - Shhh... Sussurrou, apenas me silenciando, enquanto cobria meu corpo com o roupão, me levantando em seu colo facilmente. Eu estava leve e fria, naquele momento parecia que a doce e linda morte viria me levar, para longe deste mundo tão horrendo e cheio de dor, e eu finalmente sentiria paz. Tudo se passava lentamente perante minha visão embaçada, Rafael Blacktide me colocou em sua cama macia e confortável, e fez em mim alguns curativos. Ele então pegou um moletom preto, que provavelmente era dele, e me vestiu. Depois colocou meias em meus pés, confortáveis e que me aqueciam. Eram brancas assim como a que eu usava... antes, na sala de tortura dele. Mas eram de algodão, não de renda. Elas também iam além dos joelhos. Eu sequer conseguia me levantar, parecia que por um momento, eu estava morta. Porém consciente. Aquilo era tão estranho e assombroso... Mas, Rafael me levantou, me fazendo ficar sentada em sua frente, e penteou meus cabelos devagar. - Antes que você faça perguntas, seu amigo está bem. Tínhamos um trato, lembra? Você cumpriu a sua parte e eu cumpri a minha. Disse ele, fazendo com que eu finalmente conseguisse respirar em paz. Ethan... estava bem... Aquilo me fez sair um pouco do meu transe terrível de dor psicológica. E física também. Agora, eu estava feliz. - Mas como eu disse, não quero mais você perto dele ou vou perder a paciência. Disse ele, colocando meus cabelos pra trás e guardando a escova de cabelo. Apenas consegui assentir, ficar longe do meu melhor amigo era tão doloroso, mas se for para o bem e segurança dele... eu o farei. Suspirei fundo, e assenti várias vezes. -T-tudo bem... Falei com o pouco de força que me restava. Ele sorriu, novamente com aquele rosto perfeito, seu sorriso era de perversão e realização, e novamente ele me tinha em suas mãos. Aquilo me deixava com raiva, ele não me amava... certo? Ele é um psicopata, psicopatas não amam! Porque ele insiste em me matar tão devagar? Isso me doía tanto... Ele então se deitou na cama, e me puxou para perto dele, me deitando em seu peito, colocando minha coxa em cima de seu abdômen, a acariciando. Ele não me amava, eu sei que não... Mas o seu toque... era tão quente e relaxante quando não estava me machucando. Isso me prendia à ele, mesmo que eu quisesse me soltar e fugir. Ele então levou sua outra mão até meu cabelo, o acariciando levemente, e depois me cobriu com seu edredom. - Se sente melhor? Perguntou ele, olhando em meus olhos. Assenti que sim, já que o carinho dele era a melhor coisa do mundo. Ele havia cuidado dos meus machucados, e me vestiu, me cobriu com seu edredom pesado e quente para me deixar confortável no frio de nova Jersey, naquele lindo entardecer... - Que bom. Uhm, ainda não acredito que você queria me matar... Disse ele, me olhando nos olhos ainda acariciando minha coxa. Seus olhos azuis perversos atentos aos meus, as cortinas abertas revelando pelo terraço a noite linda que se iniciava, tão fria e cinzenta... Mas bem, sobre isso... Eu estava atônita, o pesadelo foi terrível e eu sequer pude controlar toda a raiva que eu sentia enquanto o ligava com a realidade... Naquele momento eu tinha aberto meus olhos, e sabia que eu estava perdida, que iria morrer nas mãos dele, e que era apenas uma boneca para sua diversão. Tudo que eu queria era fugir, correr pela floresta densa longe da casa dele, longe dele, de tudo que me lembre ele. Era Tudo que eu pensava em fazer. Tanto é que apontei uma arma para que ele me deixasse em paz. Mas não funcionou, eu apenas o deixei com raiva, oque resultou sua vinda atrás de mim. Eu me entreguei, claro. Estou nas mãos dele novamente. Mas... agora eu sei, sei que ele não me ama de verdade. Sei que ele me quer apenas pra tortura e sexo. Estou á mercê dele novamente, para proteger Ethan, claro. Mas também... porque eu ainda o amo. Por mais que doa saber que ele não sinta isso... É terrível a sensação de querer fugir e querer ficar ao mesmo tempo. Eu odeio quando ele me tortura, odeio quando ele me possui com tanta brutalidade, quando me induz a matar... Mas amo, amo quando ele me beija e me acaricia, amo seu toque quente e quando ele segura minha mão, quando ele dança comigo e me abraça... EU ODEIO SENTIR TUDO ISSO!! se apaixonar por um assassino, era um erro... Um grande erro... - Eu só queria ficar longe de você, queria fugir... Falei enquanto sentia as lágrimas começarem a cair, enquanto eu estava deitada sob seu peito. - Porque fugir? Perguntou ele, sarcasticamente enquanto acariciava meus longos cabelos molhados. Apertei firmemente o tecido de sua camiseta enquanto chorava, eu o amava, mas ele não... e isso machuca muito!! - PORQUE EU TE AMO!!! M-MAS TAMBÉM TE ODEIO!!! Falei enquanto o abraçava, soluçando e chorando muito. E então... Me deixando ainda mais confusa, ele me abraçou de volta. - Eu te amo... amo quando você me abraça, me beija, quando fazemos aquilo mesmo que me doa, quando dançamos, quando nossos olhares se encontram... mas também te odeio!! Te odeio porque você me tortura, me machuca, machuca as únicas pessoas à minha volta, mente pra mim, me induz ao mal... eu... eu... Não consegui terminar, ja que a cada pequena frase eu chorava e gaguejava, atropelando algumas palavras enquanto um filme passava em minha mente, de nossos muitos momentos juntos. Lembro de quando ele me encontrou naquela noite fria e chuvosa, me preensando no muro e nossos olhares se encontraram pela primeira vez, lembro de como ele me puxou fortemente pelo braço, e segurou em meus cabelos quando me encontrou novamente na escola, perguntando por meu nome, dizendo que eu seria dele... Como esquecer o dia em que ele me sequestrou e eu acordei em sua sala de tortura, ele quase me matou, e me fez dizer que eu seria dele. Ele me vestiu com sua camiseta larga e macia, era a primeira vez que eu sentia seu cheiro... Quando saímos juntos, em seu opala preto lindo e brilhante naquela noite de lua nova, ele estava tão perfeito... Nunca me esquecerei de quando ele dançou comigo, de quando bebemos juntos e desabafei para ele sobre a minha vida. Me lembro de tudo, tudo... De quando ele me beijou pela primeira vez e matou arielle, me defendendo das garras sujas dela. Ele me levou no colo para a casa dele, cuidou de mim, cozinhou pra mim... Inesquecível foi a noite em que me entreguei à ele, na linda cidade de Nova York, naquele quarto sofisticado de hotel, amarrada enquanto sentia algo que eu nunca havia sentido na vida. Prazer. Mas, o pior foi quando eu assumi que estava apaixonada por ele, e contei enquanto estávamos na piscina, quase nús, admirando o luar. Ele aceitou meus sentimentos e naquela noite, nos beijamos como nunca. Jamais conseguirei apagar da minha mente o dia que ele matou meus pais pra que eles não me machucaram mais, e entrou em minha mente me convencendo de que eu ficaria melhor sem eles... Em minha memória estará sempre fixado o dia em que eu matei pela primeira vez, sujando minhas mãos de sangue inocente, tudo para defende-lo. Quando torture alguém pela primeira vez, o tal Josh que havia o machucado no passado... Todas essas lembranças estarão sempre comigo. Até quando eu partir. Pois sei que no fim dessa adrenalina toda, serão as mãos dele que tirarão minha vida. Mas, talvez seja melhor do que cometer suicídio. Morrer nas mãos do único homem que amei de verdade... - Claire. Olha pra mim. Ele disse, levantando meu queixo, ele limpou minhas lágrimas com seus dedos grandes, e pude sentir seu olhar no meu. - Eu sou assim, não tem como mudar a mente perturbada de um psicopata. se você me ama, vai ter que ficar comigo sabendo que eu ainda vou te machucar, e muito. Porque eu gosto disso. Entende? Disse ele, fazendo meu coração se partir ainda mais. Continuei chorando, era como se toda minha alma estivesse correndo pra fora de mim por meus olhos. - E eu tenho escolha? Acho que não. Mas bem, a gente não escolhe quem vamos amar... e infelizmente, eu amo você. Mesmo sabendo do risco que estou correndo por conta desse sentimento maldito. Falei sorrindo falsamente, expressando dor e tristeza em meus olhos. - Você é tão ingênua, Claire. Disse ele, levando uma não até minha nuca, me puxando para um beijo, selando seus lábios nos meus. E mais uma vez eu estava imergida naquela escuridão densa e fria que era amar o próprio diabo, eu me via em uma rua sem saída, me via no frio do inverno nua, me via solta no espaço sideral sem proteção... Aquilo era uma loucura, amá-lo era uma loucura. Mas era uma loucura que eu estava disposta a cometer. Já que, algum dia irei morrer. Ao menos sentirei a maior adrenalina que alguém pode sentir, e levarei essas lembranças, todos os momentos que passamos juntos, comigo no túmulo.