Capítulo noventa e oito: a vida antes da tortura

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Eu estava com Claire naquele quarto de hotel sofisticado, ouvindo tudo oque ela dizia sobre seus sentimentos e sensações quando eu a tocava

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Eu estava com Claire naquele quarto de hotel sofisticado, ouvindo tudo oque ela dizia sobre seus sentimentos e sensações quando eu a tocava.
Ela estava corada, puxava os lençóis da cama devagar tentando conter seu nervosismo.
Ela havia dito que ficava trêmula, e que sentia se molhar lá embaixo.
Porra, então eu estava certo...
Sorri de canto, tudo que eu queria naquele momento era colocar Claire de quatro, e ver o quanto ela estava molhada.
Porém eu tinha que esperar, já que a parte principal do plano de tê-la em minhas mãos de uma vez por todas ainda não foi executado.
Então fui até ela, e levantei seu queixo a fazendo olhar pra mim.
- Me diz uma coisa, Claire. Você é virgem?
Perguntei, já que ela tinha reações  tímidas diante tudo oque eu fazia envolvendo toque, e ficava toda vermelha.
Ela então olhou pra baixo, aparentando pensar um pouco, e assentiu com a cabeça.
- S-sim... eu também se quer havia beijado alguém, v-você foi o primeiro.
Cacete, ela era mesmo virgem.
Sorri um pouco perverso imaginando como vai ser quando eu tirar a virgindade dela.
É oque pretendo, e eu vou.
Claire vai ser minha, dos pés a cabeça.
Vou fazer oque eu quiser com ela, e quando eu me cansar vou matá-la.
- Que bom saber disso, gatinha.
Falei e peguei em sua mão, a levantando.
- Vem, vamos. Vou te contar um pouco sobre mim.
Ela então olhou pra frente, aparentava estar curiosa sobre minha vida e sobre quem sou, ela queria muito saber.
Mas, se ela contar à alguém...
Vai virar Apenas mais uma carne humana em minha Câmara fria, cortada aos pedaços.
Ela assentiu, e saímos do nosso quarto ali, depois descemos pelo elevador.
Logo, estávamos fora do hotel, sozinhos no meio da noite fria e na cidade linda e iluminada que era nova  york.
- Vem, entra.
Abri a porta do carro pra ela, que entrou no mesmo e logo eu entrei também.
Eu já sabia que caminho seguir já que morei aqui por muito tempo, e fui por uma das ruas principais.
O vento frio da noite batia em nossos rostos, com as janelas do carro abertas enquanto eu dirigia, e Claire olhava pra fora admirada com a beleza da cidade.
Agora eu, estava um pouco nervoso por voltar à minha cidade natal, onde fui torturado e me vinguei...
Foi uma sensação tão revigorante, era como se eu estivesse renascendo das cinzas.
A vingança foi a melhor coisa que escolhi fazer.
N

unca vou esquecer do sangue sendo derramado da minha primeira vítima, que foi meu tio.
Mas ele mereceu é claro.
Me lembro bem de quando eu dormia na fazenda dele, e era tratado como saco de pancadas. Eu sofria tanto, sofria calado e não tinha forças pra pedir ajuda.
Mas depois daquele maldito dia em que me torturaram, eu mudei, e muito.
Não sou mais um idiota frágil, agora sei que me vingar é melhor que gritar por socorro.
- Rafael... você está bem?
Ouvi a voz fofa e leve de Claire me chamar, e senti sua mão na minha enquanto segurava o freio de mão.
A olhei de relance, e assenti.
- Sim, porquê a pergunta?
Pude sentir que ela estava me olhando, enquanto sentia também a mão dela na minha.
- Bom... é só que você estava muito pensativo.
Disse Claire, e continuou olhando para frente, admirando a cidade como antes.
Logo olhei pra frente e senti um arrepio me percorrer, vi uma pequena e simples casa em tons beges, suas luzes estavam acesas, e eu parei em frente à ela.
Sim, aquela era a casa onde eu morava antes que a porra toda fosse acontecer.
Minha vó disse que ela tinha sido vendida, e realmente foi já que as luzes estavam acesas.
Que coisas estranhas eu sentia, ao voltar e ver a casa onde fui criado depois de tantos anos.
- Uh? Onde estamos?
Perguntou ela, confusa, olhando para a casa também.
A olhei nos olhos, pronto pra começar a revelar meus segredos sombrios para minha vitima, mas eu não estava tão preocupado, se ela espalhasse algo era só matá-la.
- Então, Claire. O motivo pelo qual estamos aqui em nova york, é porque eu não só queria te contar sobre meu passado, e sim mostrar.
Falei à ela, respiro fundo e contenho algumas lembranças que vinham em mente.
Ela então deu um leve e doce sorriso, e apertou minha mão.
- fico feliz que finalmente vou te conhecer um pouco mais... já que você conhece á mim.
Disse ela, e eu assenti, continuando.
- Essa é a casa onde fui criado, e fiquei antes do pior acontecer... meus pais cuidaram de mim até meus dez anos, depois eles morreram em um possível  acidente de carro, então minha vó me criou até os dezesseis e com dezessete eu já tinha que me virar.
Falei, lembrando de tudo como se fosse um filme passando em minha mente.
Era tão estranho voltar novamente pra esse lugar, e relembrar de perto cada detalhe do que vivi.
- Sinto muito por seus pais, creio que eles te amavam muito...
Disse ela, com a cabeça baixa enquanto acariciava minha mão.
Claire naquele momento, havia adivinhado.
O pouco que me lembro, era que meus pais me amavam e cuidavam muito bem de mim.
Às vezes lembro do doce sorriso da minha mãe, de seus lindos olhos azuis, os quais herdei dela, e também da barba grisalha e bem feita de meu pai.
Eles eram ótimos pais, as únicas pessoas que me amaram de verdade desde o dia em que nasci.
- Eles foram os únicos a me amar tanto desde que me entendo por gente, senti muita dor com a perda deles.
Falei, e olhei a casa que era minha  pela última vez, lembrando do passado distante que vivi, e logo acelerei, saindo e indo em direção à faculdade onde eu cursava biologia.
Não era tão longe dali, já que eu gastava apenas alguns minutos para ir de apé para a aula, então de carro chegariámos rápido.
Enquanto isso, em minha mente eu enfrentava um misto de ódio, lembranças marcantes e ressentimentos.
Sei que já me vinguei dos desgraçados que abusaram de mim, mas e se aquilo nunca tivesse acontecido?
E se meus pais estivessem vivos? E se eu estivesse faltado na aula aquele dia? E se...
Eu nunca tivesse sido torturado?
Tudo seria diferente?

Entre Amor E MortesOnde histórias criam vida. Descubra agora