Capitulo dois: Quem sou.

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Olá, sou a Claire alisson

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Olá, sou a Claire alisson.

Como seria a vida perfeita pra você ?
Dinheiro? Luxo? Pais ricos?
Carros do ano na garagem, estalar os dedos e ter tudo o que quiser?
Bom, digamos que eu tenho isso.
E eu posso provar que onde tem dinheiro, nem sempre tem felicidade.
Mas vamos começar por
partes.
Moro com meu pai e minha madrasta, Adam e Rosie, eles são bem sucedidos e formados em diferentes profissões.
Minha madrasta é advogada, e meu pai é empresário.
Moramos em uma casa grande perto de um lindo bosque em Nova Jersey.
Mas isso não é tudo, vou explicar mais sobre mim e minha família.
Certo. quando eu tinha nove anos, uma tragédia terrível marcou pra sempre a minha vida e o decorrer dela.
Minha mãe morreu atropelada, e eu considero isso minha culpa, pois naquele dia, eu como uma criança vivida e espoleta, corri para a estrada brincando e cantarolando inocentemente, e quando um caminhão se aproximou, minha mãe se jogou na frente dele e me empurrou pra longe para evitar minha morte. Entregando sua vida no lugar da minha...
Essa cena... é a cena mais triste da minha vida, lembrar do sangue dela respingando em meu rosto, dos olhos mortos e frios dela fixados em mim.
Isso acaba comigo até hoje, de pouco em pouco e silenciosamente.
Eu sinto tanta a falta da minha mãe, e isso me causa uma dor terrível todos os dias... ao nível de se tornar insuportável.
Mas continuando...depois de dois anos da morte da minha mãe, meu pai resolveu se casar novamente.
Com a minha agora madrasta.
Uma mulher arrogante, que nunca gostou de mim e me tratou mal desde que pisou os pés na casa onde residimos.
Meu pai não se importa com oque quer que ela faça comigo, ele ficou um cego apaixonado, tão apaixonado por ela que nem sequer se importa mais com oque ela faz ou deixa de fazer comigo, apenas concorda com oque ela quer e sequer me ouve.
E minha vida só tem piorado desde então, se tornando um verdadeiro e horrendo inferno.
Só que bem, meu único ponto bom, eu acho... é a minha aparencia.
eu tenho uma aparência até boa, eu diria, meus cabelos são longos e loiros, em um liso escorrido macio e brilhoso. tenho olhos pretos da cor da noite, e escuros como minha alma... sem nenhum brilho, assim como minha vida seca e cinza.
Estou em meus 18 anos.
E sobre meu corpo... como algumas pessoas próximas aos meus pais dizem...
Eu tenho o " Corpo dos sonhos de qualquer garota ".
Minha cintura é curvilínea, meus... seios são grandes...
Tudo perfeito... não é?
Mas bem, até minha bela aparência cresceu em meio à desgraças.
sendo forçada a comer salada, salada, e mais salada, por culpa da minha madrasta doente, que me dizia que eu tinha que compensar o lixo que eu sou sendo pelo menos "bonita" .
Oh Deus... há quando tempo eu não como algo nutritivo... algo que sacie minha fome... eu nunca nem sequer comi um fast food depois que essa mulher entrou na minha vida...
É assim que chego a conclusão de que eu não vivo, apenas sobrevivo.... dia após dia.
E todos os dias, após a escola, eu corro para o meu quarto, os ignorando e me deito em minha cama olhando a chuva cair pela janela de vidro, enquanto choro até dormir, me lamentando e surtando por dentro, por viver uma vida tão dolorosa e triste.
Não há um dia feliz, um dia iluminado, eu sempre chego da aula com um peso doloroso no peito, meus olhos ficam marejados de tanto segurar as lágrimas na aula inteira...
Eu não posso conversar com meus "pais" pois eles zombariam mais uma vez da minha dor e do que vivo, como já fizeram várias vezes. Então eu nunca conto com eles.
Só que, bom...
Nem tudo está perdido.
Eu tenho um único amigo que me escuta, porém não é toda hora que posso desabafar com ele...
Então... Eu... eu me machuco.
Em uma pequena caixinha de madeira, eu guardo muitas lâminas medianas e bem afiadas, e, para tentar aliviar a dor do peito.
Sinto dor física.
Eu vejo o sangue escorrer, enquanto afundo mais a lâmina sob a pele dos meus pulsos, desejando morrer e finalmente ter paz.
As lágrimas correm feito um rio dos meus olhos, e eu deixo que o sangue corra na esperança de não acordar mais.
Mesmo infelizmente isso nunca acontecendo... porém, pelo menos eu sinto paz e alívio por alguns míseros minutos.
Como já era de se esperar, eu sofro bullying na escola por causa dos cortes em todo o meu corpo, todos da escola em que estudo, sabem oque faço e procuram me constranger de qualquer forma, me chamando de inútil, suicida, fraca e desistente.
Me humilhando, me agredindo em todo intervalo...
E eu chego em casa mais uma vez, machucada e cheia de dores, louca pra tentar me matar mais uma vez...
Porém, nenhuma tentativa de suicídio têm dado certo.
Então, eu sou apenas uma alma doente e cansada da vida.
E é isso.
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Entre Amor E MortesOnde histórias criam vida. Descubra agora