Capítulo sessenta: Passado oculto.

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- Luar, nos leve até as estrelas outra vez

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- Luar, nos leve até as estrelas outra vez.
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Eu estava na casa de Rafael Blacktide.
Estávamos juntos já há um tempo, e ele me fez contar sobre minha vida.
Contei cada detalhe à ele, já que não tinha outra escolha e sabendo que agora eu estaria bem no meio de suas mãos.
Ele me olhou atentamente, com aqueles olhos azuis tão perversos, prestou atenção em cada detalhe do que eu contava.
Lembrei de minha mãe e de como minha vida tinha piorado, e comecei a chorar descontroladamente.
Lembrando das palavras duras e frias de meu pai e da minha outra " Mãe ".
Ele segurou em minha mão, e disse pra eu me acalmar.
Claro que ele não havia ficado triste nem nada, não havia se sensibilizado e não ligava pro que eu estava sentindo.
Provavelmente ele só sentia pena.
Mas então ele se levantou.
- Quer esquecer um pouco disso?
Perguntou enquanto pegava o controle remoto, e colocava uma música leve, lenta, e agradável na TV.
E em seguida, colocando o controle em cima da mesa.
- C-Como assim?
Perguntei, ainda triste.
Então ele estendeu sua mão quente, que me fazia estremecer a cada toque, e sorriu de canto.
- Quer Dançar comigo?
Dançar? Juntos?
Naquele momento me senti ficar cada vez mais confusa.
Ele havia me torturado, me ameaçou, e agora estava sentado comigo naquela enorme sala, comendo frios e tomando vinho.
E pedindo minha mão para uma dança?
Bom, se eu não fizesse oque ele queria, eu já sabia no que iria dar.
Então como decidi obedecê-lo de vez, peguei em sua mão devagar, sentindo nossos dedos se entrelaçarem formando um choque de toques, um encontro de auras.
E então ele me puxou pela mão devagar, me colando ao seu corpo.
Senti o calor intenso dele, enquanto suas mãos apertavam minha cintura facilmente, como uma boneca.
- Coloque suas mãos em meus ombros.
Ele falou, pegando uma das minhas mãos e levando até seus ombros.
Porém, eu não consegui tocá-los, minhas mãos alcançaram um pouco à baixo.
E então ele me conduziu nos movimentos, tão devagar, com suas mãos em volta de mim.
Era como se estivesse me mostrando que agora... Eu pertencia à ele.
Ele me tinha de todos os modos, em suas mãos.
Rafael então levou uma mão até meu cabelo, passando seus dedos entre os mesmos devagar, me fazendo encostar em seu peito.
E logo voltou suas mãos pra minha cintura.
Dançávamos em frente á aquelas paredes lindas de vidro de sua sala, eu via perfeitamente o luar nos iluminando, havia ficado tímido, se escondendo atrás das nuvens sobrecarregadas e nubladas.
E então, uma leve brisa fria havia chegado.
A senti tocar levemente em meu rosto, por conta da janela aberta da sala,
E logo começou a chover.
O corpo dele, aquele calor era tão confortante.
Sequer parecia que era de um psicopata tão perverso e sádico.
Dançávamos vagarosamente, sem pressa alguma, e aquela foi a primeira vez que o toque de Rafael Blacktide não me machucou.
Muito pelo contrário.
Seu toque era forte e quente, me confortava quando não estava me torturando.
Aquela música era tão linda, tão leve e combinava tao bem com nossa dança.
Nossos corpos estavam colados um no outro, e naquele momento eu me senti tão confusa.
Era um misto de sentimentos que eu não conseguia descrever.
Ele era tão perfeito, mas era tão sádico, e ao mesmo tempo que eu queria continuar ali...
Eu queria correr, correr como nunca e sair daquilo que pra mim era uma verdadeira mistura de sonho e pesadelo.
Levantei meu olhar pra ele, enquanto continuávamos dançando lentamente.
- Porque quis... d-dançar comigo?
Logo o vi abaixar um pouco à cabeça pra me olhar, dando um sorriso de canto.
Aquele sorriso com aquelas covinhas ao lado da bochecha, aqueles olhos azuis tão belos que pareciam guardar o mar...
- Relaxar um pouco, e também porque essa é minha música preferida do álbum Unorthodox Jukebox, do cantor Bruno mars.
Ele falou enquanto me olhava nos olhos, o jeito que ele olhava pra mim, deixava minhas pernas trêmulas.
Ele era tão misterioso.
É um psicopata nato.
Posso ver em seus olhos que há algo que ele esconde trancado em mil cadeados.
Ele tortura por prazer, com toda certeza algum acontecimento o deixou assim.
O modelou de pouco à pouco, pra Que se tornasse oque É hoje.
E logo me veio uma curiosidade de saber, de ouvir Rafael falar de seu passado, do mesmo modo que falei cada detalhe do meu
Eu queria entender como um homem chega a esse nível ficando tão frio e maligno.
Então o Olhei novamente.
Respirei fundo, pensando bem na pergunta que eu faria e tomei coragem pra falar, puxando ar.
- R-Rafael... Eu queria... te perguntar algo.
Eu disse gaguejando um pouco.
E então ele me olhou de volta, sua expressão mais séria, arqueou uma sobrancelha e me respondeu meio seco.
- Uhm... fale.
Apertei devagar os ombros dele, eu estava nervosa, não sabia oque ele diria sobre a minha pergunta.
Mas arrisquei, se ele não gostasse eu  apenas o obedeceria rapidamente e pediria desculpas.
- C-Como... é o seu passado?
Assim que fiz a pergunta, ele parou os movimentos e levantou minha coxa com suas mãos e a colocou.
Ao lado de sua cintura, a apertando devagar.
- Não me pergunte isso novamente. Entendeu?
Ele disse com aquela voz grave e ameaçadora, que me arrepiava dos pés a cabeça.
- e-eu te contei o meu...
Falei, insistindo em saber mais sobre aquele sádico psicopata tão mau e lindo.
E então em um piscar de olhos, em movimentos rápidos ele me preensou na parede e me levantou em seu colo, segurando minhas duas coxas, me deixando na altura de seu rosto, pra que eu pudesse ver seu olhar ameaçador e sádico.
- Você é mesmo uma putinha desobediente. Mas vou te Foder Até Você entender que quem manda nessa porra sou eu.
Ele falou com aquele olhar maligno, e me colocou no chão.
Ele queria... fazer aquilo só com meu psicológico, certo?
Senti minhas bochechas corarem, enquanto pensava naquilo.
E respirei fundo tentando disfarçar meu nervosismo que continuava cada vez mais forte.
- Apenas P-psicologicamente... não é?
Perguntei sentindo meu coração bater cada vez mais forte dentro do peito.
Rafael Blacktide então sorriu de canto, um sorriso perverso e malicioso, e se aproximou de mim, levando uma mão até meu rosto e passando um de seus dedos em meus lábios avermelhados.
- Quem sabe. Mas só pra que entenda, não costumo ter piedade em ambos os modos.
Ele disse me olhando por inteira, com aqueles olhos azuis tão perversos e lindos.
Senti meu corpo estremecer, e apenas Assenti, desviando meu olhar dele.
Seu olhar maligno me causava medo e arrepios por todo o corpo.
-  M-Me desculpe...
Sussurei baixo enquanto levava uma mão até o tecido vermelho de meu vestido, o apertando pra conter minha inquietação.
Ele então pegou em meus cabelos loiros e longos, entrelaçando seus dedos nos mesmos, e me olhou com a maldade dominando em suas íris azuis.
- Boa garota.

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