capítulo cento e quarenta e dois: noite perfeita.

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Eu estava com ele, em seu lindo opala preto à luz da noite escura acima de nós

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Eu estava com ele, em seu lindo opala preto à luz da noite escura acima de nós.
Logo, havíamos chegado ao restaurante.
E eu estava tão feliz que não conseguia me segurar, ele havia aceitado fazer uma noite das garotas comigo!! Isso é tão inacreditável!
E eu tenho certeza que eu vou animá-lo, diverti-lo, e ele vai se sentir feliz.
Ele vai sentir amor...
Pois, tudo oque mais desejo, é que algum dia sejamos um casal normal, pessoas normais, e nos casassémos, formemos uma família...
- Chegamos, docinho.
Ele disse, olhando pra mim dando um sorrisinho.
Aquilo me derrubava no chão de cabeça, o sorriso dele era perfeito.
Rafael saiu do carro, e abriu a porta pra mim.
A lua podia ser vista atrás dele, enquanto sua mão estava estendida pra mim, e era como se eu visse um deus grego bem na minha frente.
Segurei a mão dele, sentindo o calor da mesma envolver a minha. E ele fechou a porta do carro.
Andamos até o restaurante bem iluminado e sofisticado, sua entrada era linda e chamativa, mas ao mesmo tempo elegante, havia uma escada de mármore e alguns pilares, aquele lugar era tão lindo, nunca o havia visto.
Se bem que... eu mal saia de casa.
Só saia com ethan as vezes, ou acompanhava meus pais nas reuniões deles.
Mas geralmente era da casa pra escola, e da escola pra casa.
Entramos  quando dois homens de terno abriram a porta pra nós, e fomos até a recepção.
Um homem veio nos atender, ele também usava terno, mas de cor diferente.
- Boa noite, sejam bem vindos ao SeaRestaurant. Fizeram sua reserva?
Disse ele gentilmente olhando pra nós
Rafael então assentiu, e pegou seu celular, mostrando à ele um código qr.
- Certo, vou criar um segundo código pra vocês.
Disse ele, teclando no computador da recepção, à sua frente.
Então ele entregou à Rafael um pequeno papel.
- Aqui está, fiquem à vontade e bom apetite. Um garçom irá levá-los até a mesa.
Disse ele, e nós assentimos, o seguindo.
Passamos por muitas mesas e várias pessoas, subimos o andar de cima, também estava cheio lá.
Andamos mais um pouco e em um lugar mais reservado e afastado, estava nossa mesa.
Ao lado bem ao lado da cerca de proteção, a vista para o mar era perfeita e linda sob a luz da lua.
Rafael então veio até mim e puxou a cadeira sofisticada para que eu me sentasse, e eu o fiz.
Logo, ele se sentou também, à minha frente.
Ele era tão perfeito, tão cavalheiro...
Quando não me torturava e me possuía entre quatro paredes é claro
- oque achou?
Perguntou ele e eu sorri docemente.
- É perfeito, eu nunca vim aqui.
Falei enquanto o olhava, e olhava a lua naquela noite linda.
- Esse é um restaurante de alta classe, eles servem de tudo aqui, muitos pratos caros e sofisticados, porém são mais conhecidos por seus frutos do mar deliciosos.
Disse ele, me explicando sobre como funcionava o lugar.
Sinto o cheiro da comida se juntando ao ar da noite, e fico ainda mais faminta. Esse cheiro é tão bom.
Uma mistura de alho e alecrim dourando no azeite.
- Já posso imaginar só de sentir o cheiro.
Eu Disse enquanto o olhava, ele era tudo pra mim.
Me olhava atentamente, de cima à baixo, e em meus olhos também.
Aquele contato visual ainda me deixava tímida e nervosa, como da primeira vez.
- Boa noite, Aqui está o cardápio, fiquem à vontade.
Disse um garçom de terno, bem vestido como todos os funcionários daqui, e saiu com um gentil sorriso.
Rafael assentiu e eu agradeci educadamente.
- Escolha oque quiser, meu bem. Eu pago pra nós.
Disse ele, dando um sorriso leve e  mostrando suas covinhas.
Bom, eu ficava meio sem graça de ver ele pagando tudo pra mim.
Desde quando ele me comprou aquele lindo vestido vermelho, a estadia no hotel em Nova York...
Enfim, algo que eu sempre quis saber é...
De onde ele tira tanto dinheiro?
Pensei atônita, eu queria perguntar pra ele, queria saber, ouvir alguma resposta.
Mas estamos em um restaurante lotado, talvez isso seja arriscado pra ele de alguma forma.
Então não disse nada sobre aquilo, e me ofereci pra pagar pra nós dessa vez.
- N-Não... bom, eu pago pra gente. Você já faz tanto por mim...
Falei enquanto o olhava, ele lia atentamente o cardápio procurando por algo que o agradasse, e quando me ouviu falar me olhou nos olhos, e riu sarcasticamente.
- Você é minha, docinho. E mulher minha não tem que pagar nada.
Disse ele penetrando seu olhar sob mim, tanto que eu apenas abaixei a cabeça e assenti.
Bom, o restaurante está lotado mas não há ninguém perto de nós.
Eu preciso tanto saber...
Então reuni forças pra perguntar, minhas pernas tremiam a cada pergunta que eu fazia, já que Rafael odiava ser bombardeado com perguntas.
- Rafael... b-bom, eu posso te perguntar uma coisa? Se me permitir é claro...
Falei, submissa como sempre, já que ele gostava.
Rafael então me olhou, e arqueou uma sobrancelha aparentando pensar um pouco, e assentiu.
- Sim. Mas pense bem no que vai dizer, se é que me entende.
Ele disse diretamente se referindo à todas as pessoas à nossa volta.
Assenti e suspirei fundo pronta pra perguntar, mas logo fui interrompida pelo garçom que chegara novamente à nossa mesa.
- Já decidiram oque irão saborear esta noite?
Perguntou ele, Rafael continuou lendo o cardápio e assentiu.
- Sim. Vou querer uma sopa de ostras e uma porção de polvo, me traga também o melhor vinho da adega, porfavor. quero experimentar algo novo hoje.
Disse ele, devolvendo o cardápio ao garçom.
O garçom então assentiu, anotando tudo no bloco de notas pequeno e sofisticado que carregava.
-Certo senhor, e pra senhorita?
Perguntou ele, se dirigindo à mim.
Mas eu nunca havia comido aqui, era algo totalmente novo pra mim, e bem... eu não gostava muito de frutos do mar.
Eu já comi várias vezes, Mas não é lá o meu prato predileto.
Dei de ombros e olhei para Rafael.
- não sei bem oque pedir, é minha primeira vez aqui e não gosto tanto de frutos do mar...
Falei e então o garçom assentiu.
- Entendo, senhorita. Aceita uma sugestão da casa?
Perguntou ele, e Rafael apenas me olhou de volta sem dizer nada.
Eu assenti que sim.
- Certo, sugerimos o prato chef da noite que é strogonoff com wagyu, uma carne rara importada direto do Japão, arroz japonês e salada de brócolis e cenoura.
Bom... eu nunca havia ouvido ou visto sobre essa carne, mas aparenta ser boa.
Também nunca havia comido arroz japonês.
Pensei um pouco, e olhei pra Rafael.
- Wagyu é uma ótima escolha, você vai gostar.
Disse ele, sorrindo pra mim.
Então assenti, e confirmei com o garçom.
- Pode ser então.
Ele assentiu, anotando novamente em outra folha do seu bloco.
- perfeito. O pedido de vocês chegará em alguns minutos. Desejam sobremesa?
Disse ele, olhando para nós.
Eu estava ansiosa para experimentar a comida daqui, o cheiro era ótimo.
E eles também tinham sobremesa, eu amava doces.
Mas meu pai e minha madrasta sempre me proibiram de comer, já que eu tinha que estar sempre perfeita e sem nenhum quilo á mais.
Mas quando eu estava com ethan essa regra se quebrava, amávamos sorvete e comíamos como se não houvesse amanhã.
- Uhm... pra mim uma salada de frutas com mel, e você meu bem?
Sai de meu transe, pensando nos melhores momentos que já vivi, todos ao lado do meu amigo que eu tanto amava, e ouvi a voz grave e rouca do meu homem me chamar.
- Ah, Desculpa. Vou dar uma olhada no cardápio.
Olhei rapidamente, e escolhi apenas um mousse de limão com raspas e açúcar mascavo.
- Esse mousse de limão parece bom.
O garçom anotou o pedido, e então assentiu.
- Depois da refeição as sobremesas serão entregues, tenham um bom apetite.
Disse ele, se retirando e entregando as comandar na cozinha bonita e extensa do restaurante.
Música clássica e lenta podia ser ouvida, e eu me sentia feliz ali, Ao lado de quem tanto amo. Em um lugar tão bonito...
- Oque você ia perguntar?
Disse ele, olhando pra mim enquanto arqueava a sobrancelha em tom de curiosidade, voltando ao nosso assunto anterior.
Novamente, criei forças pra tentar responde-lo, respirei fundo e o olhei nos olhos.
- Bom... se me permite perguntar, você tem esse carro tão bonito, sua casa é perfeita, você deu todo aquele dinheiro pro... bem, você sabe. E me dá tanta coisa, são tantos luxos que.... me despertou a curiosidade de querer saber onde você trabalha.
Falei, esperando ansiosamente sua resposta.
Rafael então me olhou, e se aproximou pra mais perto, já que estávamos frente à frente.
- Logo você vai saber, Gatinha.
Disse ele em tom de sarcasmo, com um sorriso aparentemente obscuro, cheio de segredos.
Assenti e me arrepiei, tentando imaginar no que ele trabalhava, em como ele conseguia tanto dinheiro. Aquilo me deixava nervosa e carregada.
Eu queria tanto saber!
Fiquei ansiosa por aquilo, mas esperei o momento de ouvir oque queria ouvir.
Ficamos ali aguardando até que nossa janta chegue, Rafael pediu o vinho antecipadamente e então tomamos alguns goles em taças lindas de cristais, sentindo o álcool esquentar nosso estômago, trocando olhares,  e vez ou outra ele segurava minha mão a acariciando e dizia o quanto eu estava linda, que eu pertencia a ele, olhávamos a noite, a lua... Eu me sentia em um verdadeiro paraíso com ele.

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