Capítulo cento e vinte: Fugir.

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Eu estava puto pra porra, a polícia havia chegado sorrateiramente no centro comunitário abandonado onde eu estava torturando josh, como caralho eles sabiam onde eu estava?Eu estava fantasiado, não tinha como eles saberem quem eu sou

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Eu estava puto pra porra, a polícia havia chegado sorrateiramente no centro comunitário abandonado onde eu estava torturando josh, como caralho eles sabiam onde eu estava?
Eu estava fantasiado, não tinha como eles saberem quem eu sou.
Algum filho da puta desocupado deve ter visto eu e Claire enquanto sequestravámos Josh, e ligado pra polícia.
Mas como eles descobriram a direção por onde vim?
Que cacete.
Eu não sabia oque fazer, a viatura já estava próxima, Claire estava traumatizada ao me ver enquanto eu devorava o coração ainda batendo de Josh...
Logo, lembrei das armas que eu havia trago pra cá, isso. Duas pistolas carregadas e munições extras.
Eu conseguiria matar esses desgraçados, e depois, eu iria voltar pra nova Jersey com Claire imediatamente.
O plano todo já estava feito em minha mente, mas antes que eu pudesse sequer piscar, os policiais arrombaram a porta.
Procurei Claire, pois ela tinha saído da minha visão, e logo vi que ela estava atrás do que sobrou da porta, segurando o machado que eu havia usado pra cortar as partes do corpo de Josh.
Que porra essa garota pensa que vai fazer?
A olhei sem entender, e então antes que eu pudesse sequer atirar nos policiais, eu vi Claire correr velozmente pra cima de um deles.
Ela então levantou o machado o empunhando com força, e golpeou o policial, o fazendo cair no chão enquanto o sangue fresco e avermelhado respingava nas paredes e nela... na minha perfeita submissa, que havia me surpreendido com um ataque tão preciso.
Então, ela estava me defendendo?
Bom, ela não é tão inútil.
Claire vai me servir pra muita coisa depois disso.
O outro policial estava atordoado ao canto, observando seu colega morrer, ele segurava uma pistola e tremia de medo.
Ele apenas apontava pra mim, na tentativa de me afastar.
ele era acima do peso, seu rosto me era familiar.
Me aproximei dele devagar, para ver de onde eu o conhecia, eu também estava armado caso ele atirasse em mim é claro.
Mas antes que eu desse o terceiro passo, vi algo cair aos meus pés.
Era o braço do policial que Claire havia assassinado.
- E-eu... Não vou deixar ninguém te machucar...!
Ouvi a voz doce e um pouco trêmula da minha garota, que saiu de cima do que restou do policial após ser brutalmente esquartejado por ela, e veio em minha direção, ainda empunhando o machado em mãos.
Estava toda suja de sangue, seus cabelos radiantes e loiros também estavam manchados pelo mesmo.
A olhei e sorri perversamente por trás da minha máscara de pássaro.
- Boa garota...
Sussurei, e ela então ficou à minha frente, e olhou para o policial que eu tentava reconhecer.
- Q-Quer ser o próximo?
Disse ela por trás de sua máscara de coelha, sua voz doce e leve, dizendo coisas cruéis.
O policial negou várias vezes com a cabeça, estava com medo e tremia muito, ele então pegou a sua pistola e tirou coragem para apontá-la pra Claire.
- P-PARADA EM NOME DA LEI!
Isso está começando a ficar interessante.
Ela poderia matá-lo como matou o outro em questão de minutos.
Seria perfeito ver novamente mais um banho de sangue, porém, preciso lembrar de onde conheço esse policial.
Então fiquei por trás dela e sussurrei em seu ouvido.
- Eu cuido dele, gatinha.
Ela então assentiu, e soltou o machado de suas mãos.
Fui até o policial, ficando de frente à ele, que me olhou em pânico a cada vez que eu me aproximava.
- Se você colaborar comigo, talvez eu possa te matar rápido. Diga seu nome.
Falei o olhando por trás da máscara, e vi o policial arregalar os olhos, e suar frio.
- Sou o w-Way...Policial waywood! Eu.... conheço sua voz...
Ele falou, e eu então sorri de canto.
Mas não era aquele sorriso maligno que acada vez, alguém morria.
Era simplesmente... felicidade.
E quem é ele? Bom. Quando eu estava sendo torturado aqui nesse fim de mundo, ele apareceu quando eu achei que fosse morrer, e me salvou.
Ele me acompanhou até uma psiquiatra que cuidou de mim, me deu comida, pagou minhas despesas nesse tempo...
Waywood.... meu velho amigo.
- É claro que conhece, é bom ver você de novo.
Levei às mãos até minha máscara e a tirei de meu rosto, não havia ninguém além dele ali, então não havia risco.
Ele então me olhou com uma expressão de surpresa, e abaixou a arma.
- R-Rafael? É você? Meu Deus...!
Disse ele e sorriu gentilmente, mas ainda um pouco nervoso.
- Lembro de quando resgatei você... era um garotinho....
Assenti e estendi minha mão para ele.
- O tempo passa rápido, né? Fico feliz em ver você de novo....
Falei e ele assentiu, apertando minha mão.
- Eu também, meu filho...
Disse ele.
Desde que way tinha me resgatado, ele me chamava assim pois dizia que eu lembrava o filho dele.
-M-me desculpe perguntar, mas oque você está fazendo aqui novamente?
Disse ele enquanto soltava minha mão.
Olhei para o corpo de Josh, que estava em pedaços e sorri perversamente.
- Me vingando.
Way então me olhou com preocupação em seus olhos.
- Meu filho... isso pode ser perigoso pra você, eu sei que ele mereceu porque te machucou no passado, mas... você viu os noticiários? O presidente leu sua ficha criminal e assinou a punição mais alta assim que te encontrarem, que você já sabe qual é...
Porra, eu estava muito fodido...
Eu vejo os noticiários, mas disso eu ainda não sabia.
Todos da lei foram autorizados a me matarem assim que me encontrassem.
Eu preciso sair daqui e voltar pra nova Jersey.
Caralho, eu não deveria ter matado ninguém aqui... isso chamou a atenção de todos.
- Sim, eu sei. Mas e você? Vai me entregar?
Perguntei o olhando, era claro que ele havia me ajudado quando eu mais precisei, que way era meu amigo... mas até o presidente está me procurando, se ele não colaborar com a procura....
- Não vou fazer isso, nem dizer nada à eles. Fique tranquilo...
Disse ele, dando um tapinha no meu braço.
Porra... então ele vai me esconder? Isso não é certo.
Um homem da lei defender um serial killer....
- Uhm... q-quem é ele?
Ouvi a voz doce de Claire perguntar um pouco confusa.
- Esse é o policial waywood, ele me resgatou quando eu estava sendo torturado aqui, e way, essa é minha namorada.
Falei e ela assentiu.
- Uh, e me desculpe por ela ter assassinado seu colega...
Falei olhando como o policial ao lado de way estava, e claro, em um péssimo estado.
Way então assentiu meio triste, já que não havia nada mais a ser feito.
- T-tudo bem... mas Rafael, meu filho. Porfavor saia daqui o mais rápido possível, eu vou te defender e não entregarei você, mas com uma condição.
disse ele, me olhando nos olhos de um jeito sério, e eu franzi a testa.
- Que condição?
Ele então respirou fundo, e continuou.
- Você precisa parar de matar, eu sei que você não matou só três pessoas, meu filho... o presidente também sabe...
Eu então sorri de canto, parar de matar...
Era uma coisa praticamente impossível pra mim, já que grande parte do meu prazer vinha de constantes assassinatos.
- Não. Não matei só três pessoas, e sobre isso... bem. Eu posso até tentar.
Falei em tom de sarcasmo e way negou com a cabeça várias vezes, ainda mais preocupado.
- Filho... você não tem que tentar, você precisa conseguir! Se você não matar mais ninguém ainda tem a chance de poder se explicar judicialmente e até conseguir um advogado!
Me explicar? Advogado?
Como vou explicar judicialmente que eu mato e torturo por dinheiro e puro prazer?
E porque caralhos um advogado defenderia isso?
E bom, eu matei muito mais pessoas do que eles imaginam.
Então de qualquer forma eu estava fodido mesmo.
- De qualquer forma, não vai adiantar nada eu tentar. Eu não matei só três pessoas e eu vou explicar oque judicialmente? Que sinto prazer em matar? Quem vai me defender se eu contar a verdade? Nenhum advogado em sã consciência faria isso, way.
Falei e ele soltou um suspiro em tom de tristeza, vendo que oque eu falava era totalmente real.
Eu estava fodido e pronto.
Não havia mais oque ser feito.
- Certo, meu filho... Mas bem. Se cuide porfavor, mude- se de estado, se possível de país, tente uma vida nova, pare de assassinar mais pessoas...
Ele disse e eu apenas assenti.
- Agradeço muito por você tentar me aconselhar, mas não tem nada que eu possa fazer. Desde que me vinguei dos infelizes que me machucaram eu senti prazer nisso e continuei, eu sou um serial killer, policial way. Não há como mudar isso.
Ele então me abraçou, eu não tinha muita reação à abraços, mas o abracei de volta.
Ele tentou tudo pra me ajudar, inclusive, ainda tenta. Mesmo que seja declarado como meu cúmplice um dia e sofra as consequências de defender um assassino.
Mas ele nunca deixou de tentar me ajudar.
- e-eu entendo meu filho, te machucaram muito e você não teve o devido acompanhamento médico com relação à isso e esse ódio e dor te mudaram, mas se cuide por favor. É tudo que eu te peço...
Disse ele e eu assenti, nos soltando daquele abraço que parecia de um pai à seu filho.
- Eu farei isso. Uh, e... você sabe que se descobrirem que você tentou me ajudar pode ser condenado como cúmplice, né?
Falei, o olhando e ele sorriu gentilmente.
- Eu sei meu filho, eu sei. Porém por agora eu acho que o máximo que vai me acontecer é eu perder o emprego...
Ele falou em um tom triste, way se arriscava em suas missões policiais com criminosos e assassinos pra manter a população de nova York segura, e oque ele ganhava arriscando sua vida? ele apenas se mantinha todo o mês com um curto dinheiro, um salário mínimo eu digo.
Ele precisava desse trabalho, mas corria perigo me defendendo.
E eu, bom, com uma live de tortura eu ganhava muito mais que dez policiais juntos.
Talvez eu possa ajudá-lo.
Levei uma mão até o bolso de meu sobretudo, aonde havia algumas muitas notas presas com um elástico, e estiquei para ele.
- Isso é pra caso você perca o emprego, não é muito, mas acho que você vai conseguir comprar algo.
Ele então arregalou os olhos, sem tocar no dinheiro, e ficou confuso.
- O-oque? Meu filho... isso da para o ano inteiro! E-Eu não posso aceitar....
Ele disse e eu então coloquei o dinheiro em suas mãos.
-Pegue, é meu presente de agradecimento. Por você ter tentado salvar o que tinha restado da minha sanidade.
Ele então negou várias vezes, sem acreditar no que estava acontecendo, mas no fim, aceitou.
- Agora você precisa ir, meu filho. Como meu colega aqui foi morto... vão desconfiar a demora e mandar reforços.
Ele disse, preocupado comigo.
Way É um bom homem.
Mas ele tem razão, preciso correr daqui.
Mas, antes que eu pudesse dizer algo, Claire se dirigiu à way.
- O-Oh... eu... não sabia. me perdoe, pensei que ele fosse atirar...
Disse ela, se desculpando.
Mesmo depois de cometer um assassinato, sua doçura e gentileza permaneciam.
Junto com sua ingenuidade.
Way então assentiu um pouco triste.
- Tudo bem, ele iria atirar de qualquer forma.
Disse ele, enquanto olhava para os pedaços de seu colega no chão.
- Sinto muito.
Falei, e ele apenas assentiu.
Fiquei feliz em vê-lo, era como se o meu antigo eu, o Rafael ingênuo e adolescente me cumprimentasse entre a parede do passado e do futuro.
Não que eu sinta saudade do meu antigo eu é claro.
Me sinto bem com o psicopata que eu sou.
Antes eu era um otário indefeso....
- Vá meu filho, você e sua namorada tem que sair daqui, se cuidem. E muito obrigado pelo dinheiro, eu agradecerei eternamente.
Disse ele, e eu então me despedi.
- Até, policial waywood.
Falei, dando um sorriso de canto, enquanto colocava minha máscara de pássaro.
Sobre os corpos, não vou me preocupar com eles, pois eu estava de luvas e não tem digitais.
E Claire vai levar o meu machado.
Entoa não há com oque me preocupar.
- Vamos.
Falei, olhando pra ela por trás da máscara, e ela me seguiu.
Saímos do centro comunitário deixando meu velho amigo ali, junto com os corpos das pessoas que eu e minha garota assassinamos.
Tenho que voltar ao hotel com ela, para pela manhã retornarmos à nova Jersey.
E assim, despistar a polícia e o presidente.

  Ilustração BÔNUS ❤❤❤







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