capítulo cinco: Psicopatia.

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Eu dirigia meu opala preto em altavelocidade, no asfalto puro e escuro da estrada

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Eu dirigia meu opala preto em alta
velocidade, no asfalto puro e escuro da estrada.
O barulho do motor estava quase ficando perceptível, e as árvores ao redor e a neblina passavam rápido como um flash.
Fazendo uma brisa fria e leve bater em meus cabelos, que por sorte estavam pra trás, ou estariam bagunçados por conta do vento.
Ainda andando, depois de um tempo decidi diminuir a velocidade, e andar devagar pra não fazer nenhuma besteira, como bater em alguém ou atropelar.
Então diminui bruscamente a velocidade, andando normalmente pela estrada, prestes a chegar na cidade, terminando de sair da estrada no meio da floresta.
Respirei fundo enquanto dirigia, e olhei pelo retrovisor.
Algo ali se fez estranho...
Uma pequena e quase imperceptível movimentação dos arbustos.
Diminui mais ainda a velocidade, curioso e estranhando aquilo, e dei a ré.
Não cheguei muito perto de onde tinha ouvido o barulho, então eu estacionei o carro na beira da estrada, bem antes de onde eu ouvi o barulho, me abaixei e peguei uma pistola que eu guardava em baixo do banco do motorista e sai, fechando a porta.
Andei devagar, como um predador que caça sua presa, olhando tudo com atenção e cuidado.
Já que eu não sabia oque me esperava.
Então sai da estrada e adentrei a floresta, observando cada canto daquele imenso montoado de árvores, sem deixar nada escapar despercebido.
Segui andando, pisando na terra e nas pequenas plantas devagar, mas parei quando escutei um grito agudo e fino.
Algo como a voz de uma criança apavorada...
Que cacete.
Andei rápido até onde eu acreditava ter ouvido aquele grito, e me escondi atrás de uma árvore grande, empunhando a pistola na mão direita.
- CALA A BOCA!! OU EU VOU TE MATAR! TIRA A ROUPA!
um homem velho, desdentado e de aparência lamentável e nojenta estava sobre o corpo de uma pequena menininha que aparentava aos meus olhos ter entre seis ou sete anos.
De cabelos castanhos claros e um vestido rosa de mangas longas.
E naquele momento exato em que descobri a origem do barulho no matagal e o grito fino e infantil,
senti minhas veias ferverem de desprezo ao ver aquela cena.
A garotinha chorava e se debatia, claramente com medo e perdida, enquanto o homem sorria de maneira horrenda, com aquele céu da boca sem dentes, e tentava estuprá-la.
Mas isso não vai acontecer.
Não mesmo.
Então, antes que aquele filho da puta do Caralho pudesse fazer algo com a inocente criança, coloquei meu dedo indicador no gatilho da arma e ligeiramente sai de trás da árvore, dando um tiro de raspão em sua perna, fazendo o velho imundo gritar de dor e se afastar da criança.
- AH!! QUE MERDA É ESSA???
Exclamou o velho, segurando em sua perna no local onde estava ferido e o sangue corria descontroladamente.
A menina sem saber direito oque fazer e com poucas forças, tentou correr até a estrada.
Mas eu não deixaria é claro, uma criança andar sozinha por aí.
Então eu a segurei pelo braço, levemente, para que ela não se assustasse e a olhei.
- Fica atrás de mim, eu não vou te fazer mal.
A garotinha, ainda com muito medo, ficou atrás de mim, que era sua única opção de defesa agora, com os seus olhos cheios de lágrimas, trêmula e assustada.
O velho detestável então olhou pra mim ainda no chão e sangrando, enquanto eu o encarava com um olhar carregado de perversão e desprezo, segurando a arma.
Ele tentava inutilmente, ficar de pé, sem sucesso e acabando caído no chão, com a cara na terra e sangrando como um porco.
- Titio?
A voz aguda e fina da garotinha disse, trêmula, enquanto ela dava leves puxões em meu suéter.
Eu então abaixei meu olhar sobre ela, que começou a chorar.
Pobre criança inocente...
- Eu estou com medo.
Ela disse, chorando cada vez mais.
Respirei fundo e me abaixei na altura dela, ainda com o velho sob meu campo de visão.
- Não precisa ter medo pequena, eu não vou te fazer mal, tá?
Falei, tentando parecer o mais gentil possível, pra que ela se sentisse segura comigo, e realmente estava.
Eu poderia ser o próprio diabo andando pela terra, me sujando de sangue dia após dia, com muitos e muitos assassinatos sobre meus ombros...
Mas machucar uma criança... um ser inocente e puro, a personificação de um anjo, tão doce e sem pecado algum...
Isso jamais.
Dei um meio sorriso e ela assentiu, se aproximando e indo pra trás de mim.
E o velho ainda grunhia de dor enquanto seu sangue escorria cada vez mais, o ferimento era feio... mas eu não quero esse filho da puta ferido, quero ele morto.
Mas não posso deixar o corpo aqui largado na floresta, vai chamar atenção pra caralho.
Preciso desová-lo muito bem.
De maneira rápida e discreta...
- Pequena, você vê aquela pedra grande ali? Perto daquela árvore?
Falei pra menina, e ela assentiu, ainda com medo.
- Vá pra trás dela, se abaixe e tampe os ouvidos.
A pequenina assentiu, ainda com lágrimas escorrendo de seus olhos, e me obedeceu indo pra trás da pedra.
E eu logo fui até aquele ser inútil, e fiquei de pé em sua frente.
- Então você queria machucar uma criança...
Falei com minha voz grave, carregada de desprezo e nojo daquele ser tão imundo e podre.
Um puro desperdício de oxigênio.
Matar esse desgraçado vai ser um favor que faço pra sociedade, com certeza.
mas estão inesperadamente, o velho olhou pra mim e riu, de maneira descarada e cheia de zombaria, e exclamou entre grunhidos de dor.
- É Claro que eu queria! Ela estava sozinha na estrada! Estava pedindo!
Disse ele enquanto soltava suspiros de dor.
Dei uma risada grave.
- E você, você vai morrer... porque tentou machucar uma criança, mas você estava pedindo... Não é?
Falei, dando um sorriso demoníaco de canto, empunhando a arma.
enquanto vi a expressão do velho nojento se transformar em medo.
- NÃO! PORFAVOR!
implorou ele, mudando totalmente.
- Ah, então agora você me implora? Não acha que ela também implorou?
Perguntei, com sarcasmo.
Ele se debateu, pedindo pela minha misericórdia.
- EU TE PEÇO!
Dei risada da situação dele, mais uma vez.
- Pede é? me dê um motivo, apenas um, pelo qual eu deveria te deixar viver...
Eu falei alto, enquanto olhava nos olhos do velho.
Ele então estremeceu, engoliu em seco e abriu sua boca Imunda pra tentar dizer algo...
- a-ah... eu...
Ele disse gaguejando, enquanto eu sentia o cheiro do seu medo, e também o quanto ele fedia como um porco.
Mas no fim, não disse nada. Só gaguejou e gemeu de dor.
Então eu me aproximei dele, e ri de sua situação, o olhando.
- Isso mesmo, não há nenhum. Olha pra você... Um velho imundo que machuca seres inocentes... Um porco como você é um desperdício de oxigênio,  mas eu vou resolver isso.
Então empunhei a arma, pronto pra usá-la e coloquei meu dedo no gatilho, apontando a arma pra ele.
- N-NÃO!!!
o velho gritou uma última vez pela minha inexistente piedade, mas era tarde demais.
Forçando o gatilho, disparei impiedosamente em sua cabeça cinco vezes, fazendo seus miolos e seu sangue respingarem na grama e nas árvores, removendo de vez aquele doente da face da terra, livrando a sociedade daquele homem podre e maldito.
Resumindo, eu meti bala sem dó.
Foram cinco tiros no total, todos na cabeça.
Pra ter a certeza absoluta de que aquele velho nunca mais iria levantar.
Respirei fundo após derramar sangue mais uma vez,  mas parando pra pensar, eu protegi a pequena, e ainda descontei toda a vontade que eu tinha de matar...
Combo.
Guardei a arma no bolso, e me virei pra olhá-la, me abaixando novamente.
Ela ainda estava com suas pequenas mãos tapando os ouvidos...
Levei minhas mãos até as dela, e devagar fiz com que ela me olhasse nos olhos.
- Está tudo bem agora, já passou, ok?
Eu falei, tentando tranquilizá-la.
Mas antes que eu terminasse oque iria dizer, a menininha correu até mim e me abraçou forte enquanto chorava.
Demorei um tempo pra pensar no que fazer, desde que me entendo por gente, minhas reações ao receber qualquer ato carinhoso são congeladas.
Eu não conseguia demonstrar afeto nem mesmo pela minha falecida mãe e meu falecido pai.
Mas mesmo assim, eu devolvi o abraço à ela, de um jeito um pouco frio, eu posso dizer. Já que nasci assim.
E então depois de tranquilizá-la a soltei, fiquei de pé e dei a ela um sorriso leve.
- Fique aqui, eu já volto.
Falei vendo a garotinha soluçar e assentir em meio á lágrimas de alívio, e fui até o corpo morto e ensanguentado do velhote, o peguei pelos pés, e arrastei seu corpo para trás da floresta, onde há daqui alguns passos, o mar azul e coberto de neblina.
Sem demorar muito para que a criança não ficasse sozinha, joguei o corpo do mesmo no mar, e o vi se perder no meio da água funda e fria.
Perfeito, logo logo ele não passará de ossos.
Ainda mais sabendo que os mares de nova jersey são cercados de animais marinhos carnívoros e famintos.
Fora os profundos e indesvendáveis sumidouros.
Mas bem, independentemente, esse filho da puta já está fodido mesmo.
Fui até a beira, e lavei minhas mãos sujas de sangue, indo até a criança logo em seguida.
Ela estava agora, sentada em uma pequena Rocha.
- Voltei.
Falei, enquanto observava o sangue daquele inútil nas plantas.
E então sem ter nenhuma ideia melhor pra camuflar meu assassinato, peguei algumas folhas e galhos, e joguei-os em cima do sangue, para escondê-los, se bem que, ninguém entra nessas matas fechadas, mas é bom previnir qualquer dor de cabeça.
- Titio... Eu me perdi da minha mamãe... O senhor pode me levar até ela?
Perguntou ela, enquanto fixava em mim seus infantis e inocentes olhos, agora se sentindo mais segura e livre do perigo e medo que antes passara.
Dei um meio sorriso.
- Claro que posso, você sabe onde ela está?
Perguntei, enquanto pegava a chave do carro em meu bolso.
A garotinha assentiu.
- Eu e minha mamãe e meu papai estávamos passeando no parque, aí eu segui um coelho e vim parar aqui!
Ela falou.
E eu Assenti.
- Tudo bem, vou te levar até o parque, lá procuramos sua mamãe. Certo?
Falei e ela sorriu.
- Sim! Muito obrigada tio!
Ela disse de maneira carinhosa.
E eu não soube muito bem como agir, como sempre.
- De nada. Agora vamos no meu carro, tudo bem? Será mais rápido.
Falei e a pequena concordou.
A coloquei no banco de trás, passando o cinto de segurança para que ela não se machucasse caso acontecesse algo, e entrei, me sentando no banco do motorista.
- Vamos achar sua mãe e seu pai, mas lembre-se... Nunca mais ande sozinha por ai, tudo bem? É muito perigoso... Tem muitos homens maus nesse mundo.
Falei, enquanto ligava o carro e acelerava.
Correndo pela estrada, em direção ao parque central de nova Jersey.
- Sim.
Ela disse assentindo, e me olhando de trás com um sorriso doce e gentil, começando a brincar com o tecido de seu vestido e a balançar os pés, enquanto íamos ao parque mais próximo procurar os pais dela.

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