Capítulo noventa e cinco: Identidade Falsa.

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Eu estava com ele, que já havia tirado aquela máscara de pássaro assustadora e sombria, naquele lindo opala preto que brilhava na luz da lua, meus olhos escuros como a noite se atentaram a olhar pela janela enquanto eu pensava no que antes acontecera

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Eu estava com ele, que já havia tirado aquela máscara de pássaro assustadora e sombria, naquele lindo opala preto que brilhava na luz da lua, meus olhos escuros como a noite se atentaram a olhar pela janela enquanto eu pensava no que antes acontecera...
Será que foi certo? Não ligar pra morte dos meus pais daquele jeito?
Eu... Estou me tornando alguém como ele? Alguém ruim que não pensa na dor dos outros?
Eu olhava para as árvores altas e extensas, enquanto me condenava por dentro, eu sentia vontade de chorar enquanto pensava naquela terrível cena da rosie caída no chão, agonizando em seu próprio sangue, enquanto Rafael estava de pé, com aquela máscara medonha, segurando uma arma...
Mas não, eu não conseguia chorar...
Eu pensava nas palavras de Rafael sobre meus pais, e minha mente mudava num piscar de olhos.
Bom, ele... ele está certo!
Meus pais me maltratavam tanto, para eles eu era como lixo!
Eu só servia para ser exposta como uma bonequinha de porcelana em suas reuniões de alta classe com lindos vestidos, mas o coração partido e os olhos inchados.
Meus pais só me queriam para seus benefícios, nada mais.
Nunca se preocuparam com o bullying que eu sofri, as tentativas de suicídio falhas que eu realizei, com o meu emocional, eles não se preocupavam com nada disso!
- No que está pensando, gatinha?
Sua voz grave e arrepiante soou rouca, mas curiosa, olhando de relance pra mim, mas com sua atenção voltada à estrada.
Respirei fundo e o Olhei com um sorriso sincero, de alívio e gratidão.
Ele havia me livrado daquela dor...
Eu nunca mais sofreria nas mãos dos meus pais!
- No quanto você me livrou, Obrigada, Rafael Blacktide...
Falei, o olhando rapidamente e voltando à olhar para a janela.
Ele era tão lindo, aqueles olhos, aquele sorriso...
E havia acabado de me salvar das garras dos meus pais que tanto me usavam.
Ele então sorriu de canto, quase soando de maneira perversa , mas desta vez não me olhou.
- Que bom que você finalmente entendeu o quanto eu estava certo, Claire. Agradeço a compreensão.
Disse ele soando talvez um pouco sarcástico, dando uma leve risada.
Sua voz... me deixava de pernas bambas.
Céus... que droga!! Eu não posso!!
Não posso...
Não posso estar apaixonada por ele!
Briguei comigo mesma no interior de minha mente, mas ele era tão perfeito...
Merda... talvez eu esteja apaixonada por um serial killer.
Sei que ele me tortura e me machuca, mas ele me conforta e me protege quando não está fazendo essas coisas ruins comigo...
Sem contar que o beijo dele, é tão... bom E delirante.
- Bem vinda à Nova York.
Disse ele, e logo uma luz surgiu em nossa frente.
Eram as luzes dos prédios altos e lindos, passamos pela entrada e logo estavamos naquela cidade maravilhosa.
As pessoas andavam pra lá e pra cá, era uma cidade muito movimentada e cheia de vida.
As luzes da cidade eram tão extravagantes que até a lua era pouco percebida ali.
Músicas tocavam em toda parte, bares lotados e a energia alegre das pessoas podiam ser sentidas.
-Aqui é tão lindo.
Falei, minha boca formava um "O" bem grande enquanto eu admirava toda a beleza daquele lugar.
Rafael então, por sua vez, me parecia um pouco pensativo e apenas assentiu com a cabeça e continuou dirigindo.
- Oque foi?
Perguntei à ele, o olhando.
Céus, não tinha como negar a perfeição desse homem, tão lindo e charmoso, Rafael Blacktide era o sonho de qualquer uma...
Ele então me olhou rapidamente, já que estava dirigindo, e negou com a cabeça.
- Logo você vai saber, Claire. De tudo.
Disse ele, sendo ainda mais misterioso.
Eu queria saber tudo sobre ele, e  apenas sei que estou aqui pra isso.
E isso me deixa ainda mais ansiosa e curiosa, mas também, um pouco apreensiva.
Já que nunca devo confiar totalmente em um serial killer.
Apenas Assenti, e ele continuou dirigindo por aquela cidade linda e enorme.
Eu admirava toda aquelas luzes chamativas e lindas, ao mesmo tempo que olhava para o homem perfeito e angelical ao meu lado.
Tudo me Parecia um sonho.
Depois de andarmos um pouco por onde parecia o centro principal da cidade, ele parou em um edifício alto e iluminado, que parecia ter muito mais de 20 andares.
Era lindo e charmoso...
- Vem, vamos descer.
Apenas Assenti, e ele tirou seu sobretudo e desceu primeiro, abrindo a porta pra mim e pegando minhas coisas do carro.
Desci também, e ele trancou o mesmo, e logo andamos até a porta enorme e receptiva daquele prédio enorme e luxuoso.
- Quer que eu leve?
Perguntei, e ele negou com a cabeça.
A porta se abriu sozinha, era moderna  e toda de vidro, dando visão para uma linda e luxuosa sala de estar gigante com um sofá grande e preto, e uma TV enorme também.
Havia um lustre todo de cristais iluminando o lugar, e uma moça estava atrás de um balcão grande feito de pedras polidas e brilhantes, com um vaso de rosas vermelhas em cima e alguns papéis.
- Olá boa noite! Bem vindos ao hotel New York Knight, o segundo melhor hotel cinco estrelas da cidade!
Disse ela, em tom de animação, sendo receptiva e eu dei um sorriso devolvendo a simpatia.
Logo me dei conta... um hotel cinco estrelas? Eu não estava desacostumada a ter tais luxos claro, já que meus pais em nossas viagens sempre se hospedavam nesses hotéis, mas eu só tinha uma curiosidade...
Onde Rafael trabalha? De onde ele tira tanto dinheiro?
Franzi a testa, pensando um pouco naquilo, mas provavelmente, ele irá me dizer...
- Vou querer um quarto, porfavor.
Disse ele, com aquela voz sádica que me arrepiava inteira.
A moça então assentiu e anotou algo em um computador grande.
- Certo, O senhor tem alguma preferência de tons, vista, piscina e data de saida?
Ele então assentiu.
- Se possível preto, com vista e piscina, a data de saida não quero marcar por agora.
Ele falou, e a moça então assentiu.
- Certo, temos um quarto que atende todas às suas exigências, a diária incluindo café da manhã, lanche e jantar está à dois mil para casal.
Minhas bochechas coraram e minhas pernas ficaram bambas, casal...
Bom... Não seria tão ruim.
Sorri de canto e logo ele me olhou, notando o meu nervosismo e vergonha.
- Certo, perfeito. Será dinheiro.
Rafael então pegou sua carteira, e tirou várias notas de cem de seu bolso, e entregou à moça.
Ela então as pegou e devolveu o troco.
- Ok, em seu nome mesmo?
Ele assentiu.
Céus... Não!
Rafael Blacktide era um assassino procurado ! Ele não pode fazer isso!
Passar o nome dele seria suicídio!
Peguei em sua mão, e olhei em seus olhos.
- R-Rafael...
Ele então me olhou, e se encostou em meu ouvido.
- Shhh... relaxa.
E então ele aassentiu e tirou de sua carteira uma identidade.
Olhei de relance, tinha seu rosto ali, mas o nome parecia ser outro!
A moça então assentiu e anotou algo no computador novamente.
Ela pegou uma chave e entregou à Rafael.
-Aqui está, aproveitem à estadia!

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