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Acordei devagar com uma melodia estridente embaixo do meu travesseiro.
A vibração podia ser sentida, e eu já sabia que era meu celular.
Me espreguicei um pouco pra esticar o corpo, e o peguei.
5:30 da manhã, o relógio alertava.
Droga... tenho que voltar pra escola.
O diretor assinou meu boletim, autorizando minha volta pra fazer uma prova final na escola, e nela, minha presença era importantíssima.
Se eu quisesse passar de ano é claro.
E obviamente, eu quero.
Luto ansiosamente pelo fim desse inferno que é o ensino médio, para não ter mais que sofrer bullying, nem ser drogada ilegalmente naquele lixo de escola.
Eu estava cansada e com muito sono, mas, tenho que me levantar.
Me virei para o lado e Rafael não estava na cama.
Será que ele está na suíte?
Me levantei devagar, esfregando meus olhos e fui até a porta da mesma.
Estava entreaberta, então apenas a empurrei sem muito esforço.
Mas não vi nada...
Bem, talvez ele tenha saído ou algo assim.
Enquanto isso, preciso me arrumar.
Aproveitando que eu já estava na suíte, tomei um banho rápido sem lavar o cabelo, já que eu tinha feito isso ontem.
Lavei o rosto e fiz uma rápida skin care, usando uma máscara de chá de menta e creme hidratante.
Depois passei uma maquiagem leve, um pouco de corretivo para olheiras, um blush pra realçar minhas bochechas coradas, rímel e gloss de morango.
Penteei meu cabelo e o sequei com o secador, e ele ficou em seu lindo escorrido natural.
Ótimo...
Só preciso colocar meu uniforme, e já estarei pronta.
Sai da suíte depois de vestir meu roupão, e olhei meu quarto inteiro.
Rafael não estava lá desde que acordei..
Bom, assim que eu me trocar procuro por ele.
Entrei no closet, e peguei um sutiã e uma calcinha rosa claro, e as coloquei.
Depois, vesti meu uniforme escolar e também uma legging preta colada, e all star branco.
Essa roupa...
Lembro que estava com uma parecida quando ele me sequestrou da primeira vez.
Inclusive, tive que comprar uma legging nova já que ele havia rasgado a minha pra me cortar...
Peguei minha mochila que estava no chão, e coloquei meu celular lá.
E desci as escadas procurando por Rafael.
Enquanto descia, ouvi um som vindo da sala, e então o vi lá.
Estava sentado no sofá, mexendo em seu celular.
Ele... era tão... céus, tão perfeito.
E Rafael só percebeu que eu havia acordado quando me aproximei mais dele e o cumprimentei com um sorriso doce e alegre.
- Bom dia!
Rafael então guardou seu celular e se atentou em mim, me olhando por inteira.
- Bom dia, docinho. Dormiu bem?
Perguntou ele, agora me olhando nos olhos.
Rafael havia trocado de roupa e colocado a social de ontem a noite.
Seu cabelo preto e macio estava penteado pra trás.
A camisa estava dobrada até os cotovelos, deixando à mostra suas tatuagens.
Enquanto eu o olhava, senti minhas bochechas esquentarem e era como se eu perdesse o chão.
- S-Sim! Dormi perfeitamente bem...
Falei, envergonhada com o olhar dele sob mim.
E então, meus olhos se arregalaram enquanto eu me distraia em meus pensamentos.
Me lembrei de ontem à noite, quando não o vi na cama...
E então quando ele voltou, disse que estava excitado e teve que saciar seus desejos por mim.
Fiquei ainda mais vermelha ao lembrar disso, mas ele interrompeu meus pensamentos, arqueou uma sobrancelha enquanto tentava entender o porquê de eu estar tão quieta...
- No que você tanto pensa, meu bem? Vem cá.
Disse ele, me puxando para perto, fazendo com que eu me sentasse em seu colo.
-O-ontem... oque você disse... era v-verdade?
Perguntei, atropelando algumas palavras e gaguejando de vergonha, tentando não imaginar Rafael se tocando.
Aquilo me dava arrepios...
Ele então deu uma risada sarcástica com aquela voz grave e rouca, e minhas pernas bambearam.
- Mais do que verdade, Claire. Você me excita pra caralho.
Ao mesmo tempo, senti sua respiração pesada em meu pescoço, e suas mãos grandes e quentes levantando meu uniforme.
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Entre Amor E Mortes
HorrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...