Capítulo sessenta e seis: descoberta perigosa.

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O frio leve da manhã batia em meu rosto, enquanto eu olhava pela janela daquele lindo carro.
Vendo as árvores altas, as grandes florestas que haviam em Nova Jersey, e aquele extenso mar azul.
Olhei para o meu lado, e novamente eu estava com aquele homem tão lindo comigo, suas mãos no volante, ele dirigia calmamente enquanto seus olhos estavam voltados para a estrada, com o asfalto molhado da noite anterior, e o céu cinzento.
Olhei para suas tatuagens, discretamente.
Eram tão... lindas e me despertavam tanto interesse em saber mais sobre aquele sádico psicopata.
Ele tinha uma no pescoço, escrita "Killer", uma no braço esquerdo escrita " Caio Harper ", e uma de um lindo lobo de olhos bicolores no braço direito.
Ele era tão belo como um anjo, sua pele branca um pouco corada, fazia com que suas veias ficassem à mostra, e ele também tinha covinhas ao lado das bochechas, oque era visível à cada sorriso perverso dele.
As roupas que ele usava só destacava o quão ele era charmoso e perfeito.
Ele me tortura, me ameaça e faz coisas horríveis eu sei, mas tenho que admitir que a beleza dele é incomparável.
Fiquei alguns minutos um pouco boba o olhando, e logo ele me olhou também.
Virei pra direção contrária tentando disfarçar e senti meu rosto esquentar.
Senti seu olhar sob mim por um tempo, e logo ele voltou a dirigir com mais atenção.
Céus... oque eu estava pensando?
- Tem alguém na sua casa agora?
Ele perguntou, enquanto vi que estávamos cada vez mais próximo d onde eu morava.
Ainda sem olhá-lo, neguei com a cabeça.
- Não, ninguém.
Falei e ele assentiu.
- Perfeito. preciso falar com você, Claire.
Rafael disse e então senti meu corpo estremecer.
Meu Deus, oque seria? Seu tom de voz era tão sério e tão maligno, eu já sabia oque me aguardava, mas, mesmo assim perguntei.
Coloquei minhas mãos entre minhas coxas para esquentá-las, eu estava com muito frio.
E oque eu usava era apenas um vestido vermelho curto rodado, com um perceptível decote nos seios.
- Sobre... S-sobre oque É?
Perguntei, gaguejando já me imaginando sendo preensada na parede por ele, enquanto sou perfurada por seu canivete afiado, sentindo meu sangue escorrer e o desmaio se aproximar.
Ele então não havia dito nada, apenas me olhou nos olhos rapidamente, e estacionou o carro.
Havíamos chegado em minha casa.
Fôra tão rápido...
Respirei fundo, enquanto o via descer do carro.
Logo estaríamos sozinhos, e só Deus sabe à que tipo de tortura serei submetida.
Rafael Blacktide era tão mau e perverso, mas quando andamos em seu carro ele abre a porta pra mim, e segura em minha mão.
O toque dele... tão firme e quente.
Era tudo que eu queria sentir nesse frio tão congelante.
CLAIRE! VOCÊ É LOUCA! ELE É UM ASSASSINO!
minha mente palpitou em alerta, mas eu neguei.
Se ele é um assassino, que ele me mate.
Logo ele abriu a porta, e estendeu sua mão pra mim, me olhando com aqueles perversos olhos azuis.
Coloquei minha mão sob a dele mais uma vez, e senti o calor da pele dele, era tão confortante, tão bom...
Ele fechou a porta do carro, e logo andamos até a frente da minha casa.
De mãos dadas, com meus dedos gelados entrelaçados nos dele.
- Sente frio?
Ele perguntou com sua voz grave e autoritária, me olhando fixamente daquele modo que me deixava trêmula.
Assenti que sim, e soltei da mão dele pra abrir a porta da frente.
Rodei a chave, a abrindo e entrei junto com ele.
E mais uma vez, a casa estava vazia.
Eu estava muito feliz por isso, finalmente, paz.
Subi as escadas até meu quarto, junto com Rafael.
Bom, desde o dia em que o vi pela primeira vez, meus pais haviam saido de casa e não me mandaram nenhuma mensagem.
Com certeza já foram viajar.
Abri a porta do meu quarto e entrei com ele.
- R-Rafael... Vou tomar banho, e me trocar.
Falei, enquanto entrelaçava meus dedos nos outros, um pouco nervosa por estar à sos com ele, ainda mais sabendo que ele queria "Conversar" comigo.
- Quando voltar conversamos então.
Ele disse, com aquela voz tão linda e profunda, enquanto me olhava.
Rafael me olhava nos olhos cada vez que falava comigo, e aquilo me deixava muito envergonhada.
Assenti, e peguei minha toalha rosa clara, quase na cor salmão, e fui até a suíte.
Ele então se sentou em minha cama, de braços cruzados.
Fechei a porta, e liguei o chuveiro.
Lavei meu cabelo e tomei meu banho normalmente, sem demorar muito, assim que terminei, desliguei o chuveiro e ainda nua, fiquei de frente ao espelho e passei um hidratante em meu rosto, um gloss e blush, e penteei meus cabelos molhados.
Me enrolei na toalha, e liguei meu secador, secando cada mecha de meus longos cabelos loiros.
Assim que ele se secou, ficando totalmente em um liso escorrido, desliguei o mesmo e sai da suíte.
Rafael logo me olhou, analisando cada detalhe de meu corpo, e arqueou a sobrancelha.
- Vai se trocar?
Ele perguntou, sem entender.
E logo me toquei, o meu uniforme.. sim, ele estava manchado de sangue, do dia em que fui torturada...
Eu teria que comprar outro.
Então, pra entrar na escola eu precisava colocar uma blusa qualquer.
-Sim. mas meu uniforme, você sabe...
Falei enquanto pensava no que fazer, e o vi se levantar e se aproximar de mim.
- Sei, precisa de dinheiro pra comprar outro?
Ele falou enquanto ficava frente à frente comigo, abaixando a cabeça um pouco pra me olhar.
Mas neguei, não, eu tinha dinheiro, isso nunca me faltaria...
-N-Não é necessário...
Falei, e então me virei pra ir até meu guarda roupa, pegar alguma blusa e ele me puxou pelo cabelo com força, e me preensou na parede de costas pra ele, senti a dor de meus fios serem quase arrancados, e meu rosto encostou na parede.
Senti o corpo de Rafael contra o meu, pude sentir também o calor dele, sua fúria, seu Sádismo.
Ele me preensou na parede e ficou com seu rosto entre meu pescoço e ouvido, senti sua respiração e estremeci.
- Então você pensa que pode me enganar putinha?
Ele disse com sua voz grave e arrepiante em meu ouvido, estremeci ainda mais, enquanto sentia seu toque em meu cabelo e o corpo dele colado á mim, rendida, ali de costas.
Eu não entendia... estava confusa.
Porque enganar?
Meu coração palpitou na hora, e engoli em seco.
- E-Eu não entendo...
Falei e antes que eu pudesse terminar, Rafael pegou minhas duas mãos e as prendeu pra trás brutalmente, as apertando com sua mão grande e forte, e com a outra ele levantou meu pescoço.
Eu estava totalmente imobilizada por aquele assassino louco por sangue e pela dor alheia, e então o ouvi rir, aquela risada demoníaca e grave que me deixava com medo e terror.
- É engraçado ver você se fazer de desentendida. Quem você pensa que eu sou Caralho?
Ele falou alterado enquanto me apertava ainda mais, seu toque foi de confortante à doloroso.
Neguei com cabeça, sem entender absolutamente nada.
Eu estava nervosa...
Ele então me puxou contra ele e falou em meu ouvido.
- Me diga, Claire, com quem você estava ontem a noite antes de sair comigo? Não minta pra mim, loirinha, ou vou te punir da pior forma possível.
Ele disse em tom ameaçador enquanto uma de suas mãos me sufocava e a outra prendia as minhas pra trás.
AH NÃO!!
Ethan...
Será que ele havia descoberto que eu estava com meu amigo ontem à noite? Não pode ser!
Me senti arrepiar e as lágrimas inundaram meus olhos, eu não queria dizer à ele que eu estava com Ethan... com certeza ele não fará coisa boa!
- N-Na praia...
Falei, gaguejando de nervosismo, e ele então apertou ainda mais meu pescoço.
Tentei respirar, agoniada, sem ter oque fazer.
- MAS COM QUEM PORRA???
Gritou ele, alterado, com aquela voz grave expressando sua fúria.
Me vi sem saída, sem ter oque fazer e tão perdida quanto meus pensamentos. Mas bom, ao menos ele ainda não havia visto Ethan, e isso me deixava um pouco menos preocupada, mas mesmo assim, se eu mentisse provavelmente seria muito pior, já que Rafael Blacktide é um perverso psicopata.
E eu já havia pensado no que fazer.
- Me responde cacete!
Ele exclamou ficando ainda mais impaciente e puxando com força meu cabelo pra trás.
Dei um gemido de dor, eu vou dizer a verdade, é melhor do que arriscar mentir!
E me oferecer pra que ele faça oque quiser comigo e não machuque meu doce melhor amigo.

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