Eu já estava em casa há um tempo, e Claire estava dormindo na minha cama, depois do estado de choque em que ficou.
E eu estava, na sala, puto comigo mesmo enquanto bebia uma taça de vinho, pra tentar me acalmar e colocar minha situação em ordem.
Eu tinha assassinado aquela garota na enfermaria da escola de Claire, aquilo fora um assassinato à sangue frio, oque me fez lembrar da minha vingança com os filhos da puta que me torturaram anos atrás...
Matei um por um das formas mais cruéis que imaginei, um eletrocutado, outro com seus membros sendo arrancados até a morte, e o último dei um tiro no crânio e joguei em um rio, com as mãos e pés amarrados.
A vingança é mais doce do que o próprio vinho que vem em meus lábios, ela preenche a alma, eleva o ego e dá prazer.
Ao menos eu me senti assim.
Aquela garota que fazia bullying com Claire... atirei nela umas sete vezes, ainda bem que coloquei minhas luvas de látex, pois, sem minhas digitais eles podem considerar que foi suicídio.
Depois daquilo, Claire desmaiou ao ver um assassinato tão de perto, vendo o sangue sujar as paredes, e eu a peguei no colo, e sai da escola o mais rápido e despercebido que pude.
Pelo menos, no que vi, ninguém me notou.
Consegui chegar com ela em meus braços até o opala, dirigi pela estrada e estamos aqui agora.
Me sentei no sofá, e me virei pra parede de vidro da sala, que abria vista para o mar e a floresta, observei lá fora durante um tempo, enquanto bebia meu vinho.
E logo me lembrei, que aquela puta havia chingado e caçoado de Claire, e então eu a beijei...
Beijei aquela loirinha, enquanto a tocava e sentia o calor daquele corpo perfeito, e também o gosto daqueles lábios doces e lindos, que eu ansiava provar.
Ela não lutou contra, e até fechou os olhos pra se imergir ainda mais naquele beijo gostoso.
Era tão prazeroso, que sequer ligamos pra garota que estava lá, e eu aproveitava o quanto minha vítima era perfeita.
Aquilo me deixava louco, eu sentia que minha mente iria explodir quando pensava naquele beijo excitante e quente.
Parecia que nem havia ninguém ali.
Mas se o beijo foi daquela maneira, já posso imaginar como essa safada deve ser entre quatro paredes.
Pensar naquilo me deixava ainda mais excitado, era como se eu estivesse cometendo um pecado enorme.
Eu sabia que estava, mas com Claire...
É luxúria, possessão, sedução e prazer.
Aquilo me fez suspirar fundo, enquanto dava o último gole no vinho.
Eu estava tão interessado nela que se quer minha mente me deixava pensar no assassinato que cometi, em plena manhã, na luz do dia, em um colégio.
Porra. Eu posso ver que vou me foder logo por conta da polícia.
Ainda mais que agora meu caso foi aberto, vão começar a me procurar...
Espero que a polícia de Nova Jersey não se una com a de Nova York.
Certo, mas fora isso, preciso ver como Claire está.
Coloquei a taça em cima da mesa pequena da sala, e me levantei, subindo as escadas e entrando em meu quarto.
A olhei dali, enquanto ela dormia como um anjo no meio daquelas cobertas pesadas e macias.
Afastei algumas delas para o lado, e me sentei no canto da cama, ao lado de Claire.
Levei uma mão até seus lindos cabelos loiros e longos, os acariciando.
- Claire. Acorde.
Falei, a olhando, e ela abriu os olhos devagar, estava trêmula, e sua pele fria como puro gelo.
- Rafael... onde e-estou?
Perguntou, engolindo em seco, parecendo um pouco tonta.
- Estamos na minha casa, Relaxa...
Falei e acariciei o rosto dela, e passei os dedos em seus lábios, aquela boca era minha maior perdição, aquela garota inteira era meu maior pecado.
Eu nunca havia me sentido tão excitado com um beijo, e até evitava pensar naquilo. Pois pensar no beijo de Claire, me faz pensar também em outras coisas, então respirei fundo e coloquei minha sanidade no lugar, eu acho.
- V-você... me beijou mesmo? Ou eu estava delirando?
Perguntou ela, com aqueles lindos olhos angelicais um pouco confusos, olhando os meus olhos azuis, que carregavam a perversão e malignidade.
Aquela pergunta dela... sequer se lembrava direito do beijo, aquelas enfermeiras devem ter aplicado tantas substâncias...
Que escola trata os alunos assim? Eles devem ser doentes.
Comecei a pensar na garota diante de mim, tão frágil e rendida às minhas mãos, ela me disse tudo sobre seu passado e presente, me lembro de como ela chorou ao contar sobre sua vida triste e vazia...
Caralho, Rafael, não faz uma porra dessa...
Sim, eu pensei em contar pra ela sobre mim também, sei que ela pode tentar me denunciar e tudo, mas se caso isso acontecer, dou um fim nessa safadinha num estalar de dedos.
Respirei fundo, e me decidi.
É arriscado, mas como disse, posso matá-la de uma forma rápida e sem deixar pistas se caso ela me enganar.
A olhei nos olhos, e respondi sua pergunta.
- É, Eu te beijei. Não foi ilusão nenhuma.
Falei sem expressão, enquanto dava um sorriso seco.
Pude ver as bochechas de Claire ganharem um tom avermelhado, e corarem como uma pequena cereja, e ela fechou os olhos, evitando me olhar dessa vez.
Aparentemente estava envergonhada.
- Porquê a pergunta? Gostou, é?
Perguntei sarcásticamente, enquanto a olhava de ponta a ponta.
Ela levou suas mãos ao rosto, evitando contato visual mais uma vez.
- N-Não quero dizer nada sobre... sobre isso...
Claire disse um pouco nervosa e trêmula, e eu tirei suas mãos de seu rosto, puxei seus cabelos devagar, a fazendo olhar pra mim atentamente.
- Você não tem que querer nada, Claire. Quantas vezes tenho que dizer que você é a minha putinha? Vou ter que matar mais alguém pra você entender?
Falei em tom ameaçador, olhando com malícia para seus olhos agora assustados e para cada vez que ela mordia os lábios em sinal de nervosismo.
Claire então negou várias vezes.
-Na-Não!! Eu entendi... sou sua! faço oque você me mandar fazer....
Ela disse, nervosa e suando frio, olhando em meus olhos.
Quando ela dizia que pertencia à mim, me dando o poder de que eu poderia fazer oque eu quisesse, aquilo me deixava num extremo Ápice de excitação.
Assenti e acariciei seu pescoço, pude senti-la arrepiar.
- Uh. Isso... Então, seja uma putinha particular obediente e me diga, oque sentiu quando te beijei?
Perguntei querendo ouvir oque ela tinha à dizer em relação à isso, já que pra mim aquele beijo foi uma sensação de puro tesão e calor intenso.
Claire então engoliu em seco, respirando fundo e se preparando pra dizer oque sentiu naquele momento, e olhou pra mim.
- E-Eu... senti que estava me afogando na melhor sensação que eu poderia sentir... era como se eu dependesse daquilo pra ficar viva, s-se... eu pudesse, ficava até o fim da minha vida ali...
A ouvi, e ela falou mais clara que o sol só meio- dia.
Porra, então ela gostou...
Essa garota... eu ainda vou foder ela, vou fazer ela sentir algo ainda melhor.
Enquanto minha mente estava carregada de perversão e excitação, eu apenas Assenti, e decidi mudar de assunto antes que meu sangue descesse pra outro lugar, de tanto pensar no dia em que vou amarrá-la toda, e observar cada reação, cada espasmo e grito, no momento em que finalmente vou domar essa Vadiazinha.
Respirei fundo e dei um sorriso, olhando para seus olhos.
- Uhm... então gostou?
Falei e sorri de canto, ela então assentiu, dando a confirmação do que falei.
Ver aquelas bochechas vermelhas me deixava louco, aquela garota era tão intensa...
Mas decidi mudar de assunto logo, e ir ao que interessa.
- Então, Claire. Você me disse tudo sobre você, e perguntou sobre mim. Não é?
Falei, e ela assentiu.
- Sim.
Continuei.
- Cheguei a conclusão de que vou te falar um pouco sobre minha vida, mas pra isso, tive a ideia de viajarmos pra um lugar, não é longe e você está de suspensão.
Sim, eu pensei em levá-la até nova York, para mostrar todos os lugares onde eu passei e falar da minha vida.
Sei que é arriscado já que lá a polícia está me procurando de todo jeito, sem contar o fato de que vou voltar pra cá ainda mais psicótico do que antes, já que vou relembrar tudo de ruim que me aconteceu, mas Claire tem que saber sobre mim, quem sabe assim ela não me desafie mais.
É uma boa, só preciso tomar cuidado com a polícia.
Ela então me olhou sem entender.
- Bom... tudo bem, eu quero te conhecer melhor... Mas onde vamos?
Claire perguntou em dúvida.
A olhei nos olhos, e a respondi.
-Vamos pra Nova York.
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Entre Amor E Mortes
HorrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...