CÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!!
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Uma garota com tendências suicidas
cruza o caminho de um
Assassino em série.
Oque pode dar errado?
TUDO.
Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade,
e entendeu o motiv...
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O frio batia leve no meu rosto, trazido pela chuva que caía do céu cinzento, criando poças que pareciam espelhos de um mundo distorcido. Enquanto as gotas escorriam, uma onda de pensamentos invadiu minha cabeça, fazendo-me refletir sobre tudo que já vivi. Perdi meus pais muito cedo. Eles eram os únicos que sempre estiveram ao meu lado, mesmo quando o resto do mundo me rejeitava. Nunca se importaram com meu diagnóstico de psicopatia; ao contrário, me davam amor e apoio, como se isso pudesse me salvar. Lembro das noites em que me abraçavam, tentando me confortar enquanto eu tentava entender a escuridão dentro de mim. Eles sempre insistiam que eu não era um monstro, apenas uma criança incompreendida. Depois que se foram, um vazio profundo tomou conta de mim. A escuridão que já existia se espalhou como fogo em palha seca. O que antes era apenas uma sombra agora se transformou em uma tempestade que engolia tudo ao meu redor. E foi nesse abismo que aqueles filhos da puta da minha antiga escola decidiram atacar. Para eles, eu era só um alvo fácil, alguém que já carregava dor o suficiente. Eles tiraram a única coisa que eu ainda tinha depois daquela tragédia: o controle. Um controle que eu tinha lutado para manter em meio ao caos. Lembro daquela tarde fatídica, quando eles se reuniram, rindo e zombando de mim, como se eu fosse a piada da vez. Quando começaram a me torturar, me sequestrando e me arrastando para um centro comunitário velho e abandonado, distante de tudo e de todos. E então, O controle sobre meus transtornos mentais desapareceu, como fumaça no vento. E tudo isso por meros 800 dólares. Uma quantia ridícula que parecia tão distante e, ao mesmo tempo, tão devastadora. Naquele momento, percebi que não era só o dinheiro que eles queriam, era o meu sofrimento, a certeza de que eu era nada em um mundo indiferente. Minha sanidade desmoronou, deixando um rastro de destruição por onde eu passei. O vazio virou meu companheiro constante, e eu não sabia como me livrar dele. Enquanto a chuva continuava caindo, cada gota era um lembrete do que eu tinha perdido e do que ainda estava por vir. A água se misturava com minhas lágrimas, e no meio daquela tempestade, eu percebi que não havia saída. A escuridão havia tomado conta de mim, e eu estava preso a ela, como se fosse parte de mim. Não havia esperanças de redenção, só um ciclo interminável de dor e desespero. Me trancaram naquele lugar velho e abandonado, e começaram com aquelas sessões de torturas tão ediondas, terríveis, usando agulhas dolorosas para costurar minha pele, alicates para cortar as minhas unhas desde a raiz... Caralho.
Fora o tempo em que fiquei naquele centro comunitário velho, secando de sede e fome. Sendo abusado e maltratado por longas semanas, que pareciam até anos. Um sofrimento que não parecia ter fim. E ainda, quando pensei que as coisas melhorariam depois de ser encontrado pela polícia, resgatado, e mandado para um outro hospício... Mas não, eu tive que ligar pra minha vó e foder com tudo. Óbvio que ela me mandou para a casa daquele desgraçado do meu tio, já que ela não tinha condições de cuidar de mim, e ali, foi meu primeiro assassinato. Eu não iria sofrer novamente, Então naquela noite, ou eu, ou aquele estuprador desgraçado do meu tio, morreria. E é claro, claro que foi ele. A justiça tarde, mas nunca falha. O fim dele veio de forma lenta e dolorosa. De acordo como ele merecia. E honestamente? Ainda foi pouco. Eu deveria ter arrancado os olhos daquele inútil com uma faca e os comido bem na frente dele. Uh, e ainda assim, seria pouco. Mas oque importa é que ele recebeu o troco. Nunca esquecerei daquela cena perfeita, de quando o matei, de seus olhos vidrados em medo e horror para sempre, e seus urros de dor enquanto eu o perfurava com minha tesoura, dando fim a sua vida para sempre. Dando fim ao que eu passei pra sempre. Enterrando todo o abuso que sofri junto dele. Dei um sorriso sádico e perverso, enquanto a água da chuva passeava pelo meu rosto, ao reprisar aquela cena em minha mente. A mais satisfatória que eu tive em toda a minha vida. Continuei andando pela estrada fria e molhada, olhando a lua e a água que caia do céu escuro, enquanto lembrava de todo o meu passado. Naquele dia, matei meu "Tio" como se ele fosse um porco, realmente era. Porquê, a partir do momento onde um filho da puta machuca uma criança... Ele se torna qualquer coisa. Menos humano. Enfim, me deliciei ao ver aquela grande quantidade de sangue derramada enquanto ele agonizava. Depois, ri como um louco olhando seu cadáver, a risada que eu dei naquele dia era natural, era como se eu visse algo engraçado ali. E realmente era. Imagine, poder ter o prazer de matar quem te fez tanto mal. Porra. É um tesão imenso, claro. Mas eu ainda não estava satisfeito com o sangue que derramei naquela noite, e ansiando por mais, cortei meus dois pulsos com voracidade no calor do momento, usando a mesma tesoura de meu primeiro assassinato. Eu poderia ter morrido ali devido a tantos cortes, mas logo fui visto por outras pessoas ali próximas da fazenda e elas acionaram outro hospício. Só que, aquele hospício em questão, não era igual ao primeiro. Ao lembrar daquele lugar, me senti ficar puto e meus olhos queimarem como um fogo que nunca se apaga, era como se minha vingança nunca fosse concretizada. Por mais que já tivesse sido. Sim, eu me vinguei há muito tempo. Mas a sede de matar nunca deixa meu corpo. Agora, eu sou uma maldita máquina de matar. E a única coisa humana que tenho, são as memórias do passado. Pessoas que perdi, coisas que passei. E mesmo se eu desejasse... Eu sabia que nunca voltaria a ser normal, a ter uma vida comum. O que era normalidade, afinal? Comecei esse caminho sombrio, e agora era hora de seguir em frente. Sou um assassino em série, movido não só por dinheiro, mas por um prazer que me consome. A polícia está atrás de mim, e sei que um dia vão me pegar. Mas enquanto isso não acontece, vou aproveitar cada momento. Sorrindo de canto, me vi no meio do centro da cidade, cercado por uma escuridão que refletia minha própria alma. Era o lugar perfeito para mim; sempre havia alguém perdido por ali, algum drogado vagando ou uma prostituta procurando um cliente. Quanto mais vulneráveis, melhor. Cada rosto que passava era uma nova oportunidade, uma nova presa. Olhei para os lados da rua, me certificando de que ninguém estava por perto. Acalmei a respiração, absorvendo a cena. As ruas de Nova jersey estavam desertas, e a noite estava envolta em um silêncio quase palpável. Era tarde, e só havia uma sorveteria chamada CreamDonuts aberta, sua luz amarelada se destacando na escuridão. Ali, eu estava completamente anônimo. Minha tatuagem no pescoço estava exposta, mas, somente puxei meu sobretudo pra cima, e pronto, Ninguém notaria as marcas que eu carregava. A ideia de que ninguém suspeitaria de mim era um conforto, uma ilusão que me permitia continuar na minha vida suja e cheia de sangue alheio. Passei em frente à sorveteria rapidamente, mas com um olhar furtivo. Havia só duas pessoas lá dentro, e isso me deixou com uma onda de euforia. Mas, enquanto observava, percebi que talvez fosse hora de esfriar a cabeça. O impulso de agir estava forte, mas uma pausa poderia ser o que eu precisava. Um sorvete. Algo simples que poderia me distrair por um momento, tirar a mente desse turbilhão de pensamentos e desejos. Não sou fã de doces, mas, de certa forma, era um ritual. A ideia de entrar na sorveteria, escolher um sabor e me misturar à normalidade por um instante era um jeito de me manter no controle. Respirei fundo e entrei na sorveteria. O cheiro doce do açúcar e do creme invadiu minhas narinas, e as cores vibrantes dos sorvetes em exibição quase me fizeram esquecer do que realmente queria. A atendente, uma jovem com um sorriso despreocupado, me cumprimentou, sem saber da escuridão que habitava meu ser. - Boa noite! Seja bem vindo a CreamDonuts, oque você gostaria? perguntou, pronta para servir. A normalidade do momento era quase engraçada. O contraste entre meu interior conturbado e essa cena trivial era chocante. - Uh... um sorvete de chocolate, por favor. respondi, tentando soar casual. Enquanto ela preparava meu pedido, e olhei pela janela extensa de vidro, observando a rua fria e vazia. A verdade é que esse sorvete era só uma pausa temporária. Assim que eu terminasse, voltaria ao que realmente me atraía, ao que realmente me definia. A noite ainda era jovem, e eu estava sedento por ação.