Capítulo cento e vinte e um: Assassina

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Eu estava no elevador, subindo para o nosso quarto no hotel, com ele

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Eu estava no elevador, subindo para o nosso quarto no hotel, com ele.
Já havíamos nos limpado do sangue e colocamos a roupa anterior, que usávamos pra ir jantar.
Que no caso, sequer fomos.
Encontramos a pequena gatinha machucada na rua, e aquele tal de Josh...
Não tivemos tempo.
Eu estava um pouco quieta, trêmula, era como se naquele momento em que matei aquele policial, minha sanidade abaixasse para zero.
Eu estava fora de mim, sentia um sentimento que eu nunca havia sentido.
Eu me sentia... poderosa, forte.
Mas oh, eu lembro que senti algo parecido... quando espanquei arielle.
Mas agora, aquela vadia já está  morta.
Meu Blacktide havia a matado para me deixar livre da dor que ela me causava dia após dia, ele me salvou.
E então, eu matei aquele policial que supostamente, atiraria nele. Pra salvá-lo.
Pois bem, quando empunhei o machado afiado de Rafael e bati contra a pele do policial, o sangue respingou como fogos de artifício, minhas pupilas sem brilho diminuíram e eu contemplava aquilo, parecia que eu estava vendo a coisa mais bela de toda a minha vida.
Rafael estava certo com relação ao prazer que sente ao matar, pois eu senti na pele agora.
sei como ele se sente.
Sorri de canto, me lembrando do som doce e maravilhoso dos ossos do homem quebrando, senti um arrepio no meu corpo, um tipo de adrenalina, e dei uma leve risadinha.
Aquilo... era tão... brilhante!
Eu amei aquilo!
- Oque houve com você, Uhm?
Ouvi a voz grave e maligna do meu psicopata me tirar do meu primeiro transe psicótico, e então o olhei.
- Nada, Eu estou ótima! Aliás... nunca estive melhor.
Falei com um tom animado e doce, mas com um sentimento maligno por dentro.
Era como se... toda a perversão e crueldade do mundo estivesse sob minhas costas.
E então senti mãos quentes tocarem meu rosto levemente, o toque dele...
era tudo que eu mais amava, mas aquela sensação...
De matar, de ver o sangue doce e quente sendo respingado... era perfeita!
Os membros se separando do corpo... sendo quebrados e esquartejados.
Naquele momento era como se eu fosse uma raposa faminta em busca da minha presa!
Me senti forte, indestrutível, parecia que eu estava com o mundo abaixo dos meus pés.
Ri novamente, pensando em como aquilo foi perfeito.
Era como se eu pudesse finalmente aliviar meu sofrimento, o bullying que eu sofri durante anos...
As vezes em que Adam e Rosie me espancavam...
Mas enquanto eu pensava naquilo, senti novamente as mãos grandes e quentes do meu blacktide mas dessa vez ele me puxou contra ele, de costas.
E então, ele se aproximou de meu ouvido e pescoço, oque me fez arrepiar.
- Adoro admirar a pessoa que você está se tornando, gatinha.
Disse ele, levando um dedo até meus lábios.
Eu.... ele ficou orgulhoso de mim...
Sorri docemente enquanto ouvia ele dizer aquilo, e entrelacei meus dedos nos dele.
- E-Eu fico feliz que você está satisfeito!
Falei, me encostando em seu corpo quente e confortante.
Senti sua respiração ainda mais próxima, descendo até meu pescoço e então ele beijou o mesmo.
Me arrepiei e minhas pernas ficaram bambas, senti minhas bochechas corarem.
- Você me defendeu, foi rápida pra caralho, não acha que merece uma recompensa? Afinal, a minha garota foi incrível...
Disse ele, e eu me senti corar ainda mais, e ficava cada vez mais trêmula quando ele levava sua mão até meu rosto, apertando minhas bochechas e beijando meu pescoço.
Recompensa....
Oque ele queria dizer?
Bom... seja lá oque for, minha recompensa já é saber que fui útil à ele!
Inclusive... eu estava tão fora de mim, completamente insana, que se Rafael não mostrasse que conhecia o outro polical, o tal de waywood, eu teria o matado também.
Mas ele havia ajudado Rafael, pelo que entendi da conversa deles.
- O-Oh... obrigada... Só de ter sido útil pra você... já é tudo pra mim!
Falei com a voz um pouco rouca de tanta vergonha, o toque dele... ainda era como se fosse a primeira vez.
Então, antes que eu ou ele pudéssemos falar, o elevador parou, era nosso andar.
O mais alto do hotel.
Descemos, e ele segurou minha mão.
- Vem.
Disse ele, enquanto seus dedos grandes cobriam minha mão totalmente enquanto andávamos, ele era tão alto e lindo... parecia um anjo...
Ou o próprio satã.
e então, enquanto andávamos, senti meu corpo todo estremecer e era como se eu tivesse levado um choque.
Olhei pra mim mesma, havia um pouco de sangue seco embaixo das minhas unhas, e eu sabia, claro que sabia...
Eu era uma assassina.
Sei que foi pra defender o amor da minha vida! Mas... aquilo era errado!
O policial que matei, e se ele tinha uma família? Uma esposa que aguarda que ele volte pra casa? Uma filha?
E mesmo que não tivesse, ele ainda era um ser humano...
E-Eu... sou um monstro?
Sim, eu sou!
Droga... droga! Você só faz merda, Claire!
Senti meus olhos encherem de lágrimas, enquanto Rafael abria a porta do nosso quarto, e entrávamos no mesmo.
Eu era uma assassina! Uma maluca!
Eu matei...
Comecei a chorar enquanto sentia meu mundo cair, enquanto pensava ainda mais naquilo.
E o pior, foi que eu gostei daquela sensação, gostei de tirar uma vida!
Minhas lágrimas caíram como um rio, e eu fiquei parada ao canto da parede, e Rafael fechou a porta.
Ele percebeu que soltei sua mão, e parou pra me olhar.
- Porquê está chorando?
Ele perguntou, se aproximando de mim de braços cruzados, até me deixar contra a parede.
O olhei, eu não conseguia parar de chorar, eu parecia uma criança.
- E-Eu sou um monstro!! S-sou uma assassina !!! Aquele policial... ele tinha uma v-vida! E eu a arranquei dele!!
Gritei em desespero, sentindo a dor da culpa após uma overdose de prazer desconhecido.
Rafael então arqueou uma sobrancelha, sem expressão alguma e olhou em meus olhos.
- Caralho, garota.
Disse ele em tom estressado.
- Você não fez nada demais, ele ia me matar. Era eu ou ele. Você apenas tomou uma decisão.
Ele falou, enquanto me olhava nos olhos.
Mas... ainda assim eu continuo sendo uma assassina.
- Você provou que me ama, sacrificou alguém pra que eu vivesse, porque a culpa?
Ele disse, seus olhos azuis penetravam os meus de maneira que eu realmente acreditasse no que ele dizia.
Porém... bom... era verdade!
Eu o amo, então o salvei!
Certo, certo! Seria pior se meu Blacktide estivesse morto.
Então... eu não errei, certo?
Eu apenas o defendi, okay!
Bom... ao menos, o homem que tanto amo está bem, e está comigo agora.
- Você não errou, gatinha... Você escolheu me salvar, porque me ama.... não ama??
Disse ele, se aproximando de mim, me prensando na parede, sua respiração quente e ofegante estava em meu pescoço, sua voz grave e sarcástica, tão firme e cruel, estava bem próxima de meu ouvido, e minhas pernas bambeavam...
Assenti várias vezes, eu o amava! O amava mais do que tudo! Ele era como um Deus pra mim!
- S-Sim! Mais do que qualquer coisa!
Falei, e então ouvi sua risada grave e sarcástica.
- Isso... Você é minha.
Disse ele, enquanto levava uma mão até minha nuca, me fazendo olhá-lo nos olhos, enquanto me segurava com força.
Assenti várias vezes, eu sou e sempre serei dele!
Viva.... ou até mesmo morta.

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