Hoje pra mim, era apenas mais um dia comum.
Em que eu ficaria sem fazer nada na parte da manhã e tarde, e só sairia à noite para trazer mais uma vítima à minha sala, pois eu tinha uma live de tortura pra fazer de madrugada.
E então, por enquanto eu estava deitado na cama de casal grande do meu quarto, olhando para o mar de cima do terraço grande que havia no mesmo, pelas portas de vidro totalmente transparentes.
O clima lá fora era nublado e frio, totalmente cinzento e com o sol mais fraco que nos dias anteriores.
Esse era o tipo de clima que me agradava, com certeza.
Levei as mãos até o meu cabelo, e as passei sobre o mesmo, suspirando fundo, sentindo o tédio vir.
E então peguei meu celular pra ver se tinha algo, alguma mensagem.
Havia uma mensagem da Acerá.
Ela perguntou se eu estava bem, e se precisava de algo.
Eu então falei que estava bem e que não precisava de nada, e desliguei o celular novamente.
E então decidi levantar da cama e fazer alguma coisa, talvez sair pra ver a movimentação na cidade, qualquer porra que aparecer.
Só preciso me distrair e me segurar pra não matar alguém na Luz do dia, ou eu vou estar fodido.
Então sim, é isso mesmo que farei.
Me levantei da cama e comecei a me trocar.
Tirei meu short preto e minha camiseta branca, e coloquei uma calça social preta, um suéter preto também, sapatos sociais pretos, e uma corrente de prata no pescoço.
Minhas muitas tatuagens estavam cobertas pelas mangas longas do suéter, apenas uma ficava mais visível que era a do pescoço, mas como o mesmo tinha gola alta, metade da tatuagem ficava à mostra, apenas.
E então fui para a suíte dar um jeito em meu cabelo, o molhando e penteando pra trás, e depois passando um perfume, logo saindo dali da suite e por fim, do quarto.
passando pelo corredor do andar de cima.
Abri a porta de madeira, do quarto ao lado.
De paredes vermelhas, aquele era o melhor lugar da casa.
A minha sala de tortura.
Uh, sim...
Era ali onde eu jogava com a vida das minhas vítimas ao vivo, recebendo milhões por noite, enquanto pessoas doentes assim como eu assistem de camarote...
Esse lugar pra mim, sem sombra de dúvidas, era o meu favorito da casa.
O quarto era bem extenso, de paredes vermelhas e luzes led vermelhas
Na parede, havia alguns ganchos que seguravam ferramentas para tortura, alicates, facas, tesouras... e mais.
Fora um pequeno cofre no fundo do quarto onde eu guardava armas de pequeno a grande porte.
E de móveis, havia apenas uma cadeira grande com algemas para os braços e pernas, uma câmara fria e uma maca de ferro, no fundo do quarto.
Também tinha meu setup é claro.
iluminado por luzes led vermelhas também, que eu usava pra transmitir minhas lives de tortura na deep web.
Ah, esse computador... Eu tenho ele há tantos anos...
Desde que eu era um garotinho...
Eu passava horas e horas jogando, e hoje em dia uso pra transmitir todos os assassinatos que eu faço ao vivo.
Quem diria, uh?
Entrei no quarto e dessa vez, não senti o cheiro de sangue e carne podre invadir minhas narinas, pois o quarto havia sido higienizado da última vez em que me diverti.
Então, eu sentia apenas o cheiro suave do desinfetante de lavanda.
Isso é bom, mas, não vai durar muito tempo.
Ainda hoje à noite, o cheiro de sangue vai reinar por aqui.
Eu dei um sorriso cheio de excitação enquanto pensava nisso, ansioso pra noite cair.
Mas, segui com oque eu tinha que fazer.
Fui até a câmara fria e a abri.
Na parte de cima, aonde mais gelava, ele estava lá.
Sua pele antes rosada e cheia de sardas, agora fria e sem cor, seus olhos verdes já não brilhavam mais.
Sequer abriam, devido à ele estar morto.
E seu cabelo ruivo liso, já não tinha a mesma cor viva e alaranjada de antes.
Seus olhos estavam inchados e seus lábios, colados para sempre, agora brancos e secos.
Ali, estava Caio Harper.
Eu não me culpava por guardar o corpo do meu amigo em um congelador depois de muitos meses.
Eu não aceitei a morte dele e que se foda, é aqui que ele vai ficar.
mas é simples, é só cuidar para que seu corpo não apodreça e pronto.
É isso que eu faço.
Quando ele foi morto, três dias após a sua morte o cheiro da decomposição já estava começando a aparecer, então agi rápido.
consegui essa casa aqui o mais rápido possível e um carro pra levar o corpo dele sem que Acerá desconfiasse.
Quando chegamos, eu o coloquei na maca e abri seu estômago, tirei todos os órgãos de Caio, para que ele durasse por muito tempo e substituí por óleos essenciais, pra conservá-lo.
Ele foi alguém memorável, de certo modo, e eu não quis enterrá-lo.
Naquele momento olhei para seu rosto, frio e mórbido, totalmente sem vida para checar se não havia nenhum sinal de decomposição e se o método de conservação de cadáver que fiz estava funcionando.
Ótimo, nada. Tudo em seu perfeito lugar.
Então fechei as portas da câmara fria, e desci as escadas, com as mãos nos bolso.
A excitação matinal estava me tomando desde a hora em que acordei, me fazendo pensar em coisas que até o diabo duvida, e pra saciar isso... eu teria que derramar sangue de novo.
Mas eu não queria matar ninguém agora de manhã, chamaria muita atenção e eu ia me foder.
Acho que não citei isso, citei? Tenho satiríase também além da psicopatia diágnosticada, e isso é um problema do caralho, já que todos os dias eu acordo com tesão, e os puteiros estão fechados, só abrem à noite, me obrigando a bater 5 ou 6 por dia.
A única saída além disso seria matar novamente, mas como já dito, não vou matar ninguém agora. Preciso me controlar, talvez sair um pouco ajude.
Então decidido a sair logo de casa, apenas peguei minha carteira, coloquei no bolso e fui até minha garagem.
Já disse que minha situação financeira melhorou pra Caralho depois que comecei a fazer lives de tortura?
Funciona do seguinte modo, coloco um filho da puta qualquer amarrado pra todos verem e, lógico que escondendo meu rosto, pergunto aos meus sádicos espectadores oque querem que eu faça.
Eles então, falam oque querem e o preço que pagariam pra me ver fazendo tal coisa.
E eu claro, aceito.
Eles depositam na minha conta e eu fico mais rico à cada live.
Isso me fez ter um dos melhores carros que eu poderia ter.
Cuido dele mais do que da minha vida, o meu opala 1976 preto.
Peguei a chave do meu bolso, abri a porta do mesmo e entrei.
Respirei fundo, me controlando e tentando acalmar minha excitação incontrolável, e girei a chave do carro.
Fechei o portão da garagem com o controle, e acelerei forte.
Os aros prateados nas rodas pretas brilhantes do meu opala, esmagava cada broto de plantas pequenas no chão, até que rapidamente sai dali, da trilha de floresta que dava pra minha casa.
Andando em asfalto puro.
O vento frio do dia cinza e nublado batia em meu rosto, e meus olhos azuis estavam bem atentos na estrada.
Enquanto eu acelerava cada vez mais na estrada, distraído com o trânsito, meu celular vibra.
O pego com uma mão enquanto a outra cuida do volante, é uma mensagem de Acerá.
A abro, entrando no Whatsapp.Acerá: Rafael? Você está mesmo bem?
Visualizei a mensagem, sem respondê-la, pouco me fodendo se ela se chatearia ou não, coloquei meu celular no banco do lado e foquei em apenas correr em alta velocidade, seja lá pra onde for. Eu só queria me distrair pra não fazer merda, já que se eu fizer, as consequências serão minhas.
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Entre Amor E Mortes
TerrorCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Uma garota com tendências suicidas cruza o caminho de um Assassino em série. Oque pode dar errado? TUDO. Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade, e entendeu o motiv...