Entre Amor E Mortes

Capítulo cinquenta e cinco: no opala á meia noite.

Se passaram alguns minutos, e eu estava atrás dela, andando por aquela casa grande e bonita.
Não que a minha mão fosse, mas meus pensamentos sobre Claire ser uma patricinha mimada estavam quase confirmados.
Na sala havia um lustre grande de cristal, o sofá estava em uma cor que entrava em perfeita harmonia com o restante do Comodo.
Havia ali também um armário grande todo em vidro, com várias taças também em cristal, e à frente uma escada grande.
- Bom... subindo aqui é o meu quarto.
Ela disse, enquanto subia as escadas em minha frente.
A olhei, Aquela vadia tinha um corpo perfeito.
Não vejo a hora de cortá-la inteira, e fazer seu sangue correr mais ainda, muito mais do que fiz hoje.
Pude perceber que à cada passo que ela dava, deixava um rastro de areia.
- Mora sozinha?
Perguntei, esperando ela me responder enquanto abria a porta de seu quarto.
Ela então, negou.
- N-Não...
Quando o abriu, ela entrou rapidamente.
Estava apressada pois sabia que se passasse de cinco minutos, estaria fodida na minha mão.
Entrei junto com ela em seu quarto, era grande e cheio de detalhes, também havia ali um outro lustre de cristais, e uma sofisticada penteadeira branca gelo.
Agora eu tinha cem por cento de certeza, aquela garota era uma puta burguesinha.
Isso me deixava irritado.
Se ela tem pais, dinheiro, boa aparência, aliás, perfeita aparência. Porquê deseja tanto sentir o gosto da morte? O súbito suicídio?
Eu queria mais que tudo naquele momento a resposta para aquela pergunta, quero saber tudo sobre minha vítima mais misteriosa antes de matá-la.
- E-Eu vou... tomar banho. Em dois minutos estarei pronta.
Ela me olhou e disse com uma voz triste e meio preocupada.
Assenti, e a olhei com um olhar perverso.
- Dois minutos.
Falei e me encostei na parede ao lado de sua cama grande e aparentemente muito confortável. 
Ela então apenas assentiu e se virou pra entrar na suíte em seu quarto, fechando a porta.
Depois de alguns segundos ali entediado pra porra, olhei pra cabeceira e vi a lingerie e o vestido que eu havia dado.
Sorri de canto, imaginando o quão perfeito ficará aquela lingerie nela.
Depois de pouco tempo ela logo saiu do banheiro, apenas com uma toalha.
Ela passou por mim e pegou as roupas que estavam ali, e eu me atentei à olhar em um certo lugar que a toalha cobria, em uma das coxas, havia uma mancha de sangue fresco, que aumentava cada vez mais.
- Se cortou?
Falei intrigado, levando uma mão até onde o sangue estava, por baixo da toalha.
Mas logo Claire tirou minha mão dali, rapidamente.
- N-Não importa...
Ela disse e se virou de costas, indo até a suíte.
Mas antes que ela pudesse dar mais um passo a puxei pelo braço, a aproximando de mim e olhei em seus olhos.
- FIZ UMA PERGUNTA PORRA! VOCÊ FEZ ISSO?
Eu disse alto e alterado, a olhando profundamente nos olhos, e ela apenas assentiu, mas quanto mais eu a olhava via o quanto aquela garota era intensa.
Vi seus olhos se encherem de lágrimas, correndo como um rio. 
Eu queria saber tudo sobre sua vida, e quando ela esbanjava ainda mais mistério eu ficava cada vez mais louco.
- Porquê se cortou?
Perguntei, a aproximando cada vez mais de mim, e não desviando o olhar daqueles olhos escuros como a noite.
Ela então abaixou a cabeça, e falou com a voz um pouco falhada.
- Posso me trocar? Meus minutos estão passando...
Ela disse enquanto voltava a me olhar, seu desconforto era claro, mas eu estava pouco me fodendo.
Só queria saber o porquê daquela garota ser tão vazia e sombria.
Mas, lembrei que ainda tínhamos uma longa noite pela frente, e a deixei se trocar.
- Vai, só resta mais três minutos.
Ela então assentiu e entrou na suíte mais uma vez, depois de ter pego suas roupas na cabeceira da cama, e fechou a porta.
Coloquei a mão nos bolsos, esperando ela sair.
E logo ouvi um barulho de celular.
Peguei o meu, nenhuma notificação.
Logo olhei em cima da penteadeira e vi, era o celular dela.

Uma nova mensagem de Ethan.

Ethan? Quem porra é esse cara?
Me inclinei pra ver mais de perto a mensagem, mas logo ela saiu da suíte.
Me afastei e voltei pra onde eu estava,
Sem que ela desconfiasse que eu vi algo.
- V-Você... pode dar o laço?
Ela disse, se aproximando um pouco.
Assenti, e a puxei pra perto, de costas.
E então dei um laço em seu vestido vermelho.
- Obrigada...
Ela falou, e logo saiu de perto de mim.
Pegando sua sapatilha preta, a calçando.
Claire havia passado um gloss que realçava ainda mais o vermelho vivo de seus lábios, seus cabelos estavam penteados, ainda um pouco molhados, e ela pegou uma bolsa pequena de ombro, toda preta e bem básica.
- Podemos ir... se quiser.
Ela disse, se aproximando.
A olhei por uns instantes, e logo peguei em sua mão.
Ela me olhou rapidamente, um pouco assustada, mais ainda quando entrelacei seus dedos nos meus.
- Então vamos agora.
Por mais medo que ela sentia, Claire apenas assentindo, sentindo a sensação da minha mão na dela, e descemos as escadas, indo pra fora da casa.
E então, soltei minha mão da sua.
- Tranque a casa.
Falei a olhando, e ela assentiu fazendo o que eu havia dito.
E então veio até mim, me seguindo até meu carro.
Abri a porta pra ela, que entrou, sua expressão era de medo e tristeza, ela não sabia oque aconteceria a ela naquela noite em que estaria comigo, a única coisa que sabia é que não era coisa boa.
Mas hoje, a punição de Claire será leve em comparação com as outras que virão.
Sorri de canto, um sorriso sádico e perverso, enquanto entrava no carro.
Liguei o mesmo, e acelerei pela estrada fria e mórbida, ansiando chegar em casa com ela.