capítulo cento e cinquenta e seis: porque você me ama assim?

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Eu estava no quarto dele, em sua cama confortável e quente

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Eu estava no quarto dele, em sua cama confortável e quente.
O ar condicionado deixava o clima frio, mas não insuportável.
A porta do terraço estava entre aberta, e um feixe de luz fraca e leve do sol frio deixava tudo ainda melhor.
Porém, eu mal conseguia me virar, só conseguia me deitar de bruços, por conta daquela punição...
Dolorosa assim como as outras, Rafael foi até a cortina da sala e arrancou brutalmente a corda da mesma, e veio até mim, abaixando minha legging até os joelhos, deixando minha calcinha à mostra, e meu corpo vulnerável em uma posição inclinada e submissa.
Ele me segurou com força contra o sofá, e começou a espancar minha bunda com a corda dura e firme.
O ardor forte atingia minha pele impiedosamente, e eu pude sentir a mesma esquentar como fogo enquanto ele continuava.
Lágrimas caíram de meus olhos e eu só podia chorar, já que ele era forte o suficiente pra me mobilizar quando quisesse.
Ele continuou e logo o ardor era insuportável, comecei a gritar enquanto era castigada, e ele empurrou meu rosto contra o sofá, abafando meus gritos enquanto continuava.
Tudo isso porque...
Eu o desobedeci e não queria que ele soubesse.
Mas esconder dele que eu não me comportei como ele mandou, só piorou as coisas.
Então, sofrendo com aquela dor, tive que falar.
Disse à ele que espanquei Laurie e lizzie, por amor à ele.
E então, ele parou de me torturar, e me ouviu enquanto eu começava à me explicar.
De quando fui empurrada escada abaixo, das coisas horríveis que tive que ouvir da boca suja delas.
A humilhação que passei enquanto me afogavam em um vaso sanitário nojento...
E ele então me entendeu.
Ele disse que se eu não tivesse mentido, não teria sido punida tão severamente.
Logo eu me arrependi de ter escondido tudo aquilo dele.
Rafael então me acariciou, minha pele estava quente como o sol, ardendo e vermelha, tanto é que com o mínimo e rápido toque, uma dor infernal me atingiu e pedi que ele parasse de me tocar ali.
Ele então assentiu e me pegou no colo devagar, sempre me surpreendi com a facilidade que ele tinha ao me carregar, eu me sentia uma boneca vulnerável e indefesa em seus braços firmes e fortes.
Rafael me levou até seu quarto confortável e escuro, e me colocou em sua cama fofa e quente.
Ele então me deitou de bruços, e pegou uma pomada.
Depois, começou a passar a mesma onde ele me machucou.
Gritei de dor ao sentir seu toque novamente, mas Rafael disse que isso era necessário para que eu me recuperasse.
Então, tive que chorar de dor em silêncio.
Ele foi mais gentil, e passava levemente a pomada em toda minhas nádegas, e acariciava as mesmas devagar, para que a pomada pastosa se espalhasse.
Ele me massageava com tanta ternura, sequer parecia que havia me espancado fortemente há alguns minutos atrás e aquilo me trazia um misto de ódio e amor.
Ele.. me machuca, mas também cuida de mim, será que... isso é amor mesmo?
Droga Claire!!! Não pense isso!! Ele já disse que te ama!
Veja todas as coisas que ele já fez por você, ele demonstra e muito...
Olhe só o lindo buquê de rosas vermelhas que ele te deu hoje, é claro que ele te ama.
Ele te ama...
Meu coração me dizia enquanto palpitava cada vez mais.
Sim! Ele me ama! Certo?
Eu... espero Que sim...
Enquanto eu estava perdida nos meus pensamentos, Rafael notou que eu vestia a camiseta de Ethan.
Mas bem... eu já não poderia mais esconder nada dele.
Eu só podia pedir incessantemente para os céus que Ethan não sofresse de novo.
Então expliquei a verdade, falei que eu não poderia entrar pra aula cheirando a vaso sanitário usado, e que Ethan me emprestou sua camiseta pra que eu tomasse um banho rápido no vestiário, eu estava tremendo como se fosse desmaiar, esperando que Rafael não fizesse nada contra a vida de Ethan...
Mas então, algo me assustou...
Ele... apenas assentiu e me disse que entendia, que eu realmente não poderia ficar daquela maneira.
Naquele momento, eu estava esperando por mais ameaças e suas mãos grandes envolvendo meu pescoço o enforcando até meu ar ir embora, mas ele não fez aquilo...
Ele se levantou, e foi até a sala.
Pensei que ele fosse pegar a corda novamente, o medo tomava conta de mim e eu me sentia cada vez mais frágil e indefesa.
Mas... ele voltou com uma caixinha não muito grande, e me entregou.
Nela estava uma logomarca de padaria, e pude sentir um cheiro doce vindo dela.
A abri, eram donuts.
Rafael então me disse pra comer e descansar até que o almoço fique pronto, ele fez carinho em meus cabelos e me deu um beijo rápido, ligou o ar condicionado, e disse que eu poderia assistir TV em seu quarto até pegar no sono.
Apenas assenti, fazendo oque ele mandou e peguei um donut com uma cobertura rosa e pedacinhos de morangos em cima enquanto ele saia e fechava a porta
Dei uma leve mordida, e logo a acidez leve e o gosto doce do morango me deixaram feliz.
Eu amo doces... mas minha madrasta e meu pai sempre me privavam de come-lôs
Já que eu deveria ser perfeita...
Mas não quero lembrar deles, não mais.
Eles mereceram o fim que tiveram...
E foi meu Blacktide que me salvou.
Ele cuida de mim... me dá carinho e diz que sou a garota mais bela que ele já viu em toda sua vida.
Que só se sente atraído por mim, e que tudo o que fiz nenhuma outra fez...
Sei que ele me machuca, mas seu toque me conforta quando não está me torturando e eu gosto de me sentir protegida por ele, meu coração bate forte quando ele sorri maliciosamente pra mim, e sinto tudo em minha volta ficando mais colorido e brilhante.
Eu o amo tanto! Eu não queria! Não é certo! Mas não posso evitar....
Rafael Blacktide...
Eu sou apenas sua.
Sempre serei sua...
Pensei, enquanto minhas bochechas esquentavam e eu pensava nele enquanto devorava meu donut.
Não liguei a TV, já que eu estava com muito sono e provavelmente logo dormiria, comi apenas mais um donut e logo eu estava satisfeita.
Me preparei pra me deitar em uma posição confortável, e naquela cama quente e macia, com o frio do ar condicionado e o escuro quase total do quarto, adormeci pensando...

Porque seu amor dói tanto ?

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