CAPÍTULO 13 - Botando o nariz pra fora de casa...

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Vejam só que bonitinho o passeio dos dois num dia lindo de Parque...

Mas... Algo não parece totalmente tranquilo por ali... E quem vai salvar esses dois, hein? O melhor amigo da onça... O super-Bola-brother! Tinha que sobrar pra ele, né?! 

Tomara que estejam curtindo!! E espero ver vocês no grupo do face facebook.com/groups/vivieoslivros ...

Bjs mil! Vivi

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**Cristiano**

No fim de semana a Mila ficou comigo em São Paulo.

Passamos a maior parte do tempo dentro do ap. dela sem nos desgrudarmos, com exceção do sábado, que fomos dar um rolê no Parque do Ibirapuera. Fazia um dia perfeito pra passar um tempo ao ar livre.

Pegamos um táxi por insistência dela, já que é difícil estacionar perto do Parque e, com o meu problema na perna, meu anjo não queria que eu caminhasse uma distância longa.

Confesso que fiquei encanado, quando ela me pediu pra irmos até lá. Mas não tinha como negar, afinal, era diversão gratuita.

A Mila estendeu um pano na grama debaixo de uma árvore e fizemos um lanche com as comidinhas que ela preparou e carregou na mochila.

Depois, me deitei no colo dela e quase peguei no sono com o cafuné gostoso que ela me fazia sem se cansar.

Realmente, o programa tava espetacular. Aliás, é impressionante como qualquer coisa com a Camila fica incrível, por mais simples e banal que seja.

Num certo momento, percebi ela tensa...

— Que foi, meu amor?

— Oi?

— Que essa carinha de preocupação?

— Já me conhecendo demais mesmo, né...? Nem consigo disfarçar... — e me lançou um sorriso apreensivo.

Eu levantei a cabeça do colo dela e a abracei.

— Pode ter certeza que sim... Acho que já te conheço mais que qualquer outra pessoa na vida.

Ela expirou o ar com força.

— Agora... Me diz qual o motivo desse beicinho lindo aqui... — e esfreguei o dedo na boca dela.

— Aqueles dois homens... Ali perto da árvore... Não tiram o olho da gente.

— Onde?

Ela mexeu a cabeça discretamente, o que me fez gelar.

Eles não deviam tar ali mesmo. Não daquele jeito...

Fiquei segundos sem saber o que fazer.

— Mas não tem nada, linda. cheio de gente em volta.

— A gente sem carro, Kiko! E se eles resolvem seguir a gente...?

— Tem razão. — e comecei a pensar... Até que me veio o óbvio. — Vou ligar pro Bola.

— Será que ele perto?

— Não sei. Se não tiver, eu tento o Cabeça, o Baiacu...

Passei a mão no telefone...

(— Faaala ponto-e-vírgula... Em que posso ser útil pro nosso Romeo?)

— Vai se foder, ô gordo-de-merda-do-caralho!

(— Uma ótima tarde pra você também... — se nasceu outro que nem esse cara, nasceu morto.)

Tá na área?

(— Certamente...)

— Em casa?

(— Não. Na casa dos meus velhos. Por quê?)

com a Mila aqui no Ibirapuera. No parque...

(— O quê????!!!)

— A gente aqui no fundo, do lado da República do Líbano, onde a galera fica espalhada na grama, e tem dois caras encarando a gente. Não tamo confortável...

(— E o que você quer que eu faça, brother?! Me pendure num cipó e vá até aí, salvar o "casal-vinte*"?!!)

Eu me dobrei de rir, antes de conseguir falar qualquer coisa.

— Só preciso que você dê um pulo aqui. Dá pra ser?

(— Beleza. Em vinte eu chego aí. E vê se fica com o telefone na mão! Não com saco pra brincar de caça-ao-tesouro.)

— Valeu.

Mais ou menos meia hora depois, o Bola e o Cabeça apareceram.

— Quem são os caras, ponto-e-vírgula?

Eu apontei pra ele.

O Bola só esfregou a mão na cara, não conseguindo não rir.

— Beleza... Vocês querem ir agora?

— Lógico que sim! — a Mila deu um grito, nervosa de tudo, e começou a recolher as coisas de cima do pano, socando de qualquer jeito dentro da mochila.

— Eu preciso ir no banheiro antes.

— Ah, Kiko! Pelo amor de Deus! A gente no meio de um perrengue* desse e você querendo ir no banheiro???! Vai em casa... — e meu anjo me deu uma puta bronca.

— É rápido, linda. O Bola e o Cabeça ficam aqui, te fazendo companhia.

— Que isso, Cristiano???!!! Ficou maluco...? E se eles saem atrás de você?

bem. Cabeça, vem comigo.

— Vai lá, Cabeça... E não esquece de balançar bastante pro ponto-e-vírgula, que o banheiro daqui não tem papel.

— Bola!!!! Eu não acredito que você ainda consegue fazer piada de mal gosto, no meio dessa situação!!! — a Mila deu um chilique com ele, fazendo a gente cair na risada, o que a deixou ainda mais puta da vida.

Eu voei com o Cabeça até o banheiro, antes que a Camila tivesse um treco. Não queria que ela sofresse de jeito nenhum por uma besteira dessas. Mas eu não podia evitar. Pelo menos não dessa vez, que o estrago já tava feito.

Quando voltei, lá estava meu anjinho feito um soldado, do lado do Bola, de mochila nas costas, braços cruzados, batendo o pé na grama e o beicinho mais lindo do mundo armado pra mim.

— Demorou muito! — e, claro, levei outra bronca, como era de se prever.

— Não precisa se preocupar, linda. — e a abracei forte.

— Eles foram atrás de você!!! Você não viu???

— Foram nada, meu anjo. Não precisa se preocupar...

A Mila tremia de nervoso e tava quase chorando. Eu a mantive comigo por um tempo, até que ela se acalmasse. Fiquei aborrecido de verdade quando me dei conta que aquilo mexeu com ela.

Vamo embora que já deu por hoje. — e fui abraçado nela até o carro do Bola. — Carro novo? — perguntei, ao me deparar com aquela Parati que nunca vi na vida.

— Não. É do meu irmão. — e me lançou o típico olhar fulminante. Mais "Bola" impossível...

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Palavras e expressões

"Casal-Vinte"- é uma expressão que se tornou popular a partir do seriado americano "Casal 20" que fez grande sucesso nos anos 80. A série conta a história de vida do casal apaixonado e perfeito, Jonathan Hart e Jennifer Hart. A expressão "Casal 20" passou a ser usada para caracterizar os casais apaixonados, em que ambos mereciam a "nota 10", por esse motivo, chamados de "casal 20".

Perrengue - expressão que significa apuros.




(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora