CAPÍTULO 21 - Crise de inferioridade

1.9K 250 34
                                    

Esse Kiko tá se sentindo por baixo mesmo... Mas a Mila não vai deixá-lo se levar por qualquer complexo. Vejam só como ela contornou a situação.

Não deixem de me contar o que estão achando do livro, hein...? 

E venham fazer parte do grupo no Facebook... facebook.com/groups/vivieoslivros/

Espero por vocês lá... Bjs ;-)

..........................................................

**Camila**

Na quinta-feira, dia do meu rodízio, meu namorado me pegou na Escola.

No caminho, um carrão, que mais parecia uma nave espacial, deu uma fechada absurda na gente.

— Merda de carro!!! — o Kiko descontou a raiva em cima do pobre fusca, socando a direção com toda a força. Acho que nunca o tinha visto surtar daquele jeito...

— Por que você bravo...?! A culpa não é do seu carro, não. É desse idiota que acha que a rua é dele, só porque dirige esse carrão.

Ele não conseguiu não rir.

— Tem razão, linda.

— E dê graças a Deus que você tem o fusca-bala. Pensa que podia tar andado de ônibus.

— Eu sei... Me excedi. Desculpa.

— Que carro era aquele?

Lamborguini.

— Nunca vi. É legal?

— Muito...

Ficamos em silêncio.

— Se um cara com um carro desse chegasse em você, você balançava? — e, do além, ele me surgiu com essa pergunta bizarra.

— Como assim???!

— Você daria bola?

— Ficou louco, Kiko?! De onde você tirou isso?!

— Pode falar a verdade pra mim, linda. Não vou ficar bravo.

— Assim você me ofendendo, Cristiano!

— Jura que não ia dar nem uma balançadinha?

— Não vou responder! Me recuso! — cruzei o braço, amarrei um beiço tenebroso e virei a cara pro lado.

— Não fica brava, linda... — alisando a lateral do meu rosto.

— Já !

— Você prefere seu durão aqui, é?

— Não te troco por nada, gatinho... Você sabe disso. Fico chateada quando insinua uma coisa dessas.

— Desculpa, linda. Falei merda. — e entrelaçou os dedos aos meus, pra me dar um beijo fofo na mão.

— Além disso, caras que tem esses carros geralmente são uns babacas. — e virei o rosto pra ele de novo.

— De onde você tirou essa teoria?! — parecia assustado.

— Não sei também... — e nós dois rimos.

Puro preconceito meu mesmo. Eu nunca conheci alguém que tivesse um carro como esse tal de Lamborguini. O máximo que cheguei perto foi de um Audi bacana do amigo do meu pai que, aliás, é um tiozão gente-boa, nem um pouco babaca.

Mas, brincadeiras à parte, essa reação do Kiko me deixou preocupada. Ele parece com a auto-estima abalada.

Será que é por causa de estudar com aqueles playboyzinhos da JK? Ou alguém anda humilhando meu gatinho?

Ai que dó... Será que é isso e ele não quer me contar?

Pensar sobre essa hipótese me tira o sono como nada mais...

***

À noite, a gente conversava na cama antes de dormir, sobre nossa vida, os planos futuros...

— Se tudo der errado, a gente abre uma barraca de coco na praia e vive de amor e água... Que tal? — e eu finalmente consegui arrancar um sorriso delicioso dele.

— Você largaria tudo pra morar na praia comigo? — parecia surpreso.

— Qual a dúvida?!

— E a gente ia dormir onde?

— Numa cabana.

— Uma cabana na praia?

— Exato... Você topa?

— Só se eu pudesse ter você assim, o dia inteiro... Fazendo amor comigo... Desse jeito aqui... — e correu os olhos famintos pelo meu corpo nu em pelo.

— Tarado!!! — e virei um tapa nele.

Queria ficar séria, mas não consegui.

— Acho que uma praia deserta... talvez esteja fora do nosso orçamento, por enquanto... — e já devolvi nossa conversa aqui pra Terra.

Era pra servir de motivação e não pra gente ficar sonhando acordado, viajando em planos inalcançáveis.

Hum... Será?

— Mesmo que não seja deserta, como num sonho, ainda assim você topava?

— Com você...? Até o inferno, Camila... — devolveu, muito sério.

— Posso entender isso como elogio?

Ele riu outra vez sem me dar resposta alguma. Acho que nem precisava, né?

E nos amamos feito doidos antes de cairmos no sono.



(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora