E os momentos finais do livro com o período de recuperação do Cristiano...
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**Camila**
Do hospital, dois dias depois, fomos direto pra casa dos meus sogros.
Pra minha absoluta contrariedade, minha sogra nos convenceu, do jeito ultra-persuasivo-impositivo dela, a irmos morar lá, já que ela resolveu de forma praticamente unilateral reformar nosso ap.
Eu tremia feito vara verde só de pensar em dividir o mesmo teto que meu sogro. Mas ele tava um doce comigo e com o meu marido, num esforço sem precedentes pra se reaproximar da gente e voltar a conviver minimamente bem.
Mesmo depois do papo reto entre eu e dr. Alberto, confesso que eu ainda me esquivava o quanto podia dele, feito rato do gato. E quando encontrava, a interação era mínima.
Minha sogra, que de boba não tem nada, lógico que percebeu e, pra quebrar de vez qualquer resistência contra o marido dela que ainda persistia da minha parte, assim que o Kiko avisou da cirurgia, Dona Valentina imediatamente ressurgiu com ideia-imposição de reformar o ap. e a solução mais que conveniente de habitarmos o mesmo teto que eles, durante a reforma e a recuperação do meu marido.
Derrotados pela invencível dona Valentina, lá fomos nós e as nossas tralhas, ocupar uma parte do infinito espaço ocioso daquela casa megalomaníaca do todo poderoso casal Nunes.
Além do meu sogro, outra coisa que me preocupou de cara, foi a escada absurdamente alta que interligava os quartos à ala social da casa, já que o Kiko passaria um bom tempo entre a cama, cadeira de rodas e as muletas, até se livrar delas de uma vez. Mas... Preciso dizer que a mansão indecentemente mégalo dos Nunes tem elevador? Acho que não, né?
***
Mesmo com toda a estrutura e conforto à disposição, teríamos um período duro pela frente. O Cristiano havia me preparado pra isso. Eu sabia exatamente o que devia fazer, como, por quanto tempo... Mas, como regra, toda teoria tem um abismo da prática.
Ele ficou bem deprimido nos primeiros dias, por passar dia e noite praticamente imóvel, se sentindo um inútil... Além da dor que foi muito aguda no começo.
Eu tentava fazer de tudo por ele. Pra que ele se sentisse menos pior. Ficava o tempo inteiro perto, conversando, tomando providências. Ou só junto mesmo, quieta, fazendo carinho, trocando beijos. A única excessão eram as horas, à noite, que eu ia pra aula.
Vez ou outra, eu chorava pelos cantos, achando que não ia aguentar mais vê-lo sofrer daquela forma. Mas sempre sozinha. Não queria que ele me visse fraquejar. Ele não merecia.
***
Contra todas as previsões catastróficas, no fim, foi até bom o tanto que a convivência diária me aproximou ainda mais da dona Valentina e, surpreendentemente, do dr. Alberto também.
A única parte chata era lidar com a pressão por netos. Todos os dias o assunto vinha à tona. Eles me esperavam voltar da faculdade pra que eu não comesse sozinha. A mesa improvisada no andar de cima, pra que o Kiko não precisasse descer, e lá era servido o jantar. Eu, obviamente, era o assunto principal da refeição, sendo azucrinada até não poder mais.
Até que tentei me esquivar no começo, argumentado que ainda tínhamos o casamento... O religioso, diga-se de passagem, já que no civil estávamos casados há mais de ano... Além de querer curtir um pouco a vida a dois, é lógico.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...