CAPÍTULO 63 - Exército de funcionários...

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E eis ele, Mila... O SEU Kiko... Com todo upgrade a que tem direito... 

Veja só onde você foi amarrar seu burrinho, anjinho... ;-)

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**Camila**

Quando o Kiko abriu a porta do ap., lá estavam quatro funcionários nos esperando com o seu melhor sorriso.

— Don'Ana, essa é a Camila.

— Oi, senhorita Camila. Muito prazer.

— Don'Ana é quem cozinha pra mim e cuida das roupas. na família há dezessete anos.

— Uau!... Muito prazer, Don'Ana. Então a senhora cuida desse aqui já faz tempo?

— Desde criancinha, senhorita.

— Pode me chamar de Camila se quiser.

— Desde pequenino, Camila.

— Faço ideia da trabalheira.

E ela me lançou um olhar terno.

— Então foi essa gracinha que te tirou de casa, seu Cris?

— Essa mesma, Don'Ana. E diz que não era um bom motivo? — ele deu uma piscadela pra senhora.

— Com certeza. Mas agora o senhor de volta, ?

— Eu e meu anjinho aqui, Don'Ana. — e avançou pra me dar um beijo na têmpora.

— Parece um anjinho mesmo...

E Don'Ana recebeu um sorriso orgulhoso do meu namorado.

— Essa é a Dona Cleusa que cuida da casa. — e me apresentou a outra mulher, um pouco mais nova que Don'Ana.

— Muito prazer, Dona Cleusa.

— Muito, Camila. Que graça sua noiva, Seu Cris.

— Também acho, Dona Cleusa. — ele concordou, sem corrigi-la por ter me chamado de "noiva".

Ai, ai, ai... Tô vendo tudo...

— Esse é o seu Aldo que faz a manutenção da casa.

— Prazer, seu Aldo.

— Prazer, dona.

— E esse é o Chico, nosso motorista. — outro momento que o estômago comprimia... Nosso, de quem???

— Oi, Chico.

— Tudo bem, senhorita?

— Vamos deixar o senhorita de lado, Chico. — eu brinquei com ele, mas de verdade, tava quase vomitando de desespero ao entrar em contato a valer com o verdadeiro Kiko.

— Vem comigo, linda. Quero te apresentar a casa. — e me puxou pela mão, feito criança convocando o amigo pra conhecer seu melhor brinquedinho.

Quando a gente deixava a sala...

— Seu Cristiano, desculpe o atraso. Estávamos em reunião com a vigilância do prédio.

Assim que olhei pra trás, dois "armários" engravatados vinham em nossa direção — exatamente os mesmos que encaravam a gente no dia do piquenique no Parque Ibirapuera.

— Nada, Joel. Queria só que vocês conhecessem apropriadamente a Camila... Linda, esses são Joel e Cardoso, responsáveis pela nossa segurança.

O maior deles se aproximou com um sorriso simpático e a mão estendida pra mim.

— Muito prazer, senhorita. Eu sou o Joel.

— E eu, o Cardoso.

Assim que apertei a mão deles, direcionei meu olhar fuzilante pro meu namorado, que sorria todo malandro pra mim.

— Vem, Mila. — e o Kiko saiu me puxando corredor a dentro.

— São eles... — eu disse, parando de andar.

— O quê?

— Eles... que tavam no parque aquele dia.

— São, linda. Desculpa por isso também... Mas eu não...

E nem esperei o dissimulado terminar, pra meter um tapão com raiva no braço dele.

— Ai, Camila!!! Caramba! Que dor...

— Isso é pra você aprender a não me fazer de boba mais! — ameacei, com o dedo dentro do olho dele.

— Você sabe que não vou. Já te prometi isso...

— Tem ideia do meu estado de nervos aquele dia???!

— Eu sei, Mila. Me desculpa outra vez...

— Eu passei três dias com gastrite depois daquele episódio, Cristiano! Três dias!

— Desculpa, linda. Não queria te fazer mal... — e me deu um abraço gostoso.

Ele tava irreconhecível de tão resiliente.

Apesar de toda a raiva, eu precisava me controlar, pois é certo que o Kiko não revidaria. Eu podia bater nele mais cem vezes, atirar coisas, xingar horrores, que ele só ia me fazer aquela cara de cachorro sem dono, pedir perdão pela enésima vez e vir se enroscar em mim.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora