E vejam só a que ponto chega o desespero de um ser...
Mais um perrengue pro super-Bola desenrolar. Será que ele consegue dessa vez...? A parte boa é que o Bola é engraçado até pra narrar tragédia. Dá só uma olhada nisso...
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**Bola**
— Caralho, brother!! Que que cê tá fazendo aqui nessa merda???!!! — a situação definitivamente tinha saído do controle mesmo.
O Kiko me devolveu um sorriso forçado, mas não respondeu nada.
— Eu vim aqui te buscar, cara. Vamo sair daqui agora, vai...
Ele seguiu sem dizer uma palavra.
— Vem pra cá comigo, brother.
— Foi mal, Bola, mas não dá, não.
— Vem, ponto-e-vírgula. Não se faz de difícil, não... Vamo cair fora dessa merda...
Ele riu de novo, balançando a cabeça esquisito. E continuou quieto.
— Vamo, Kiko. — e apelei. Difícil eu chamar esse cara pelo "nome".
Mas ele não reagia.E eu já quase borrando as calças de ver meu brother naquele estado.
Depois de segundos, do nada, ele começou a falar...
— Eu estraguei tudo, cara. Tudo... Tudo que podia ter feito de merda, eu fiz.
— Mas dá pra consertar.
— Impossível, velho. Eu caguei em tudo.
— Tô garantindo que dá.
Ele riu esquisito outra vez, sem dizer nada.
Eu precisava pensar em alguma coisa...
— Eu falei com ela hoje.
Finalmente consegui fazer com que ele olhasse pra mim.
— Ela tá bem, cara. Dentro do possível... Nem tá sentindo falta do estágio, que já tava uma merda mesmo.
(Por sorte, o anjinho uma vez comentou comigo que tava passando uns perrengues no trabalho. E eu tirei essa da cartola pra tentar convencer o ponto-e-vírgula, mesmo que fosse uma mentira deslavada.)
— Mas ela não quer saber mais, Bola. Ela não vai voltar pra mim, cara. Cê sabe disso...
— Brother... Me escuta. Tenho certeza que ela vai.
Ele riu de novo, não acreditando numa palavra.
— Sou capaz de apostar um dedo meu que ela volta. — e apelei, fazendo ele rir outra vez, mas daquele jeito viajandão...
— Tá bem... Dois dedos, então...
Ainda o silêncio.
— Tá bom, vai!!! Eu aposto meu pau que ela volta pra você!
E finalmente arranquei uma risada de verdade dele. Mas, o que eu precisava que ele fizesse, ainda não tava rolando.
— Cara... Te considero como um irmão... Cê sabe disso. Mas, dessa vez... não vou poder te ajudar. — e o ponto-e-vírgula, de repente, me veio com essa "porrada na boca do estômago".
— Brother... Numa boa, essa menina é louca por você. Se você fizer qualquer merda, você acaba com a vida dos dois... Tá me entendendo???!
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...