CAPÍTULO 51 - Perdendo a mão...

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E vejam só a que ponto chega o desespero de um ser... 

Mais um perrengue pro super-Bola desenrolar. Será que ele consegue dessa vez...? A parte boa é que o Bola é engraçado até pra narrar tragédia. Dá só uma olhada nisso...

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**Bola**

— Caralho, brother!! Que que cê tá fazendo aqui nessa merda???!!! — a situação definitivamente tinha saído do controle mesmo.

O Kiko me devolveu um sorriso forçado, mas não respondeu nada.

— Eu vim aqui te buscar, cara. Vamo sair daqui agora, vai...

Ele seguiu sem dizer uma palavra.

— Vem pra cá comigo, brother.

— Foi mal, Bola, mas não dá, não.

— Vem, ponto-e-vírgula. Não se faz de difícil, não... Vamo cair fora dessa merda...

Ele riu de novo, balançando a cabeça esquisito. E continuou quieto.

— Vamo, Kiko. — e apelei. Difícil eu chamar esse cara pelo "nome".

Mas ele não reagia.E eu já quase borrando as calças de ver meu brother naquele estado.

Depois de segundos, do nada, ele começou a falar...

— Eu estraguei tudo, cara. Tudo... Tudo que podia ter feito de merda, eu fiz.

— Mas dá pra consertar.

— Impossível, velho. Eu caguei em tudo.

garantindo que dá.

Ele riu esquisito outra vez, sem dizer nada.

Eu precisava pensar em alguma coisa...

— Eu falei com ela hoje.

Finalmente consegui fazer com que ele olhasse pra mim.

— Ela bem, cara. Dentro do possível... Nem sentindo falta do estágio, que já tava uma merda mesmo.

(Por sorte, o anjinho uma vez comentou comigo que tava passando uns perrengues no trabalho. E eu tirei essa da cartola pra tentar convencer o ponto-e-vírgula, mesmo que fosse uma mentira deslavada.)

— Mas ela não quer saber mais, Bola. Ela não vai voltar pra mim, cara. sabe disso...

— Brother... Me escuta. Tenho certeza que ela vai.

Ele riu de novo, não acreditando numa palavra.

— Sou capaz de apostar um dedo meu que ela volta. — e apelei, fazendo ele rir outra vez, mas daquele jeito viajandão...

bem... Dois dedos, então...

Ainda o silêncio.

bom, vai!!! Eu aposto meu pau que ela volta pra você!

E finalmente arranquei uma risada de verdade dele. Mas, o que eu precisava que ele fizesse, ainda não tava rolando.

Cara... Te considero como um irmão... sabe disso. Mas, dessa vez... não vou poder te ajudar. — e o ponto-e-vírgula, de repente, me veio com essa "porrada na boca do estômago".

— Brother... Numa boa, essa menina é louca por você. Se você fizer qualquer merda, você acaba com a vida dos dois... me entendendo???!

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora