CAPÍTULO 73 - Noivado

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E agora... só pra oficializar o pedido... E vamos combinar que esse Cris Nunes caprichou no ensejo...

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**Camila**

Dois dias depois...

— Oi, linda. — e surge na sala com a mão pra trás.

— Oi. — eu levanto do sofá pra dar um selinho, mas não me aguento de curiosidade. — O quê você tem aí, seu danado?!

— Achei que não fosse perguntar.

E, quando dou por mim, ele tá ajoelhado à minha frente segurando minha mão.

— Que isso, Cristiano?! — meus olhos pulavam da face. 

— Aceita se casar comigo, Camila?

Vê-lo daquele jeito, diante de mim, confesso que me causou calafrios. Era algo tão formal. Sério. O pedido é sério demais. A decisão mais importante da minha vida...

Senti minhas bochechas queimarem. 

— Você vai ser minha, linda. Assim como eu sou seu... De hoje em diante. Pra sempre. Tá preparada?

— Acho que não... — tentei descontrair, fazendo com que o Kiko expirasse um sorriso, mas no fundo tinha medo do tamanho da responsabilidade que tava nas mãos. Pela nossa vida...

Estremeci inteira. Nem piscava os olhos assustados que o encaravam...

Ele se levantou do chão e me abraçou forte.

— Não fica com medo, não, Mila. Eu tô aqui com você... E sempre vou tar... Pro que você precisar... — e sussurrou essas coisas lindas, com os lábios colados ao meu ouvido. — Topa mergulhar comigo...?

— ...Nesse precipício escuro? — e completo a ideia, sorrindo feito boba em meio as lágrimas. 

— Nesse precipício escuro. — e me abraça ainda mais firme, com uma vontade absurda.

— Eu topo. — e finalmente a coragem emerge do meu âmago.

Ele tomou meu rosto dentro das mãos, encostou sua testa contra a minha e me olhou intensamente, enquanto esfregava os polegares na minha bochecha, como um gesto de carinho pra conter as lágrimas que teimavam escorrer, inoportunas. 

— Amo você, Camila. — e disse enquanto seus lábios tocavam os meus de forma mágica.

— Amo você também, Cristiano. Pelo resto da minha vida. — trocamos um beijo que transbordava um limite incalculável de desejo e amor.

Depois que nos desvencilhamos, ele deslizou a aliança no meu dedo e beijou minha mão de forma delicada. Dessa vez, era uma aliança de casamento mesmo. Tradicional, de ouro, toda cravejada em brilhantes. Perfeita.

— E essa... A minha. — me passou o anel pra eu colocar em seu anular direito. — Agora sim... — e me contempla com um sorriso perfeito, ajeitando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, antes de me abraçar forte outra vez.

É difícil ainda, acreditar que isso tudo é pra mim, como num sonho... Dessas histórias que só se vê em filmes...

— E você decidiu quando vai ser...? — tava cheio de dedos, mas não disfarçava a ansiedade.

— Hum... E se a gente ficar no meio termo?

— Depois da minha formatura? — e me dá outro sorriso de fazer as pernas tremerem.

— Ano que vem? — eu devolvo, com um olhar desconfiado.

— No começo?

— Até o meio do ano. Isso se houver data disponível na igreja.

— Por mim, tá ótimo. Mas nem se preocupa com esses perrengues, que esse "departamento" é da dona Valentina.

— Como assim?!

— Linda... A hora que a gente contar pra minha mãe, a mulher vai virar São Paulo do avesso pra fazer esse casório acontecer.

— Hum... — e já fiquei desconfortável. — Mas... não vai ser em São José?

— Vai ser onde você quiser, meu amor... Só esteja preparada pra enfrentar os desejos de uma sogra ansiosa, mãe de filho único...

— ...E cheia da grana... — eu mesma era capaz de completar o raciocínio.

— E sem problemas no orçamento, com certeza. — e solta uma risada gostosa.

— Assim você tá me assustando...

— Eu sei. Mas, conhecendo dona Valentina como eu conheço, já tô te dando a letra agora que essa mulher não vai te dar paz.

— Ai, Kiko, nem me fala isso. Além de tudo, tem minha mãe também. Você acha que ela não vai querer participar? E dar os palpites? 

— Bom... Vamo ter que segurar essa onda juntos.

— Não quero nem ver...

— Linda... Numa boa... Se essa parada de casamento começar a encher o saco, eu mando todo mundo pro inferno, sequestro você e a gente se casa em Las Vegas.

— Meu Deus... Quantas "ótimas" alternativas eu tenho, não...? — e zombo com a minha própria cara, arrancando uma risada deliciosa dele.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora