CAPÍTULO 147 - Promoção inesperada

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E aí, gente? Qual o futuro que espera o Cristiano nessa empresa de San Diego? Isso é o que saberemos logo mais...

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**Cristiano**

"Blá, blá, blá... Você é ótimo, "Chrizz"... Adoramos seu trabalho... Blá, blá, blá..." Tava só vendo onde Jeff chegaria com aquela "rasgação de seda".

Falou por mais uns dez minutos da minha performance nos últimos cinco meses e meio, até que soltou, de leve, o que ele esperava de mim.

A Automatique planejava estruturar as operações no Brasil.

E... Adivinha...?

O Cristiano aqui era o escolhido pra liderar essa empreitada.

A passagem pelas três principais áreas da empresa, ou seja, as duas promoções estranhas que recebi em menos de cinco meses, foi justamente pra me testar e, ao mesmo tempo, me capacitar a tocar essa implementação no Brasil.

Fiquei contente por merecer tamanha confiança deles. Mas meio bolado com o fato de ter que voltar pro meu país.

A proposta financeira era irrecusável. Eu continuaria ganhando em dólares, o triplo do que ganho hoje, além da remuneração variável, que eu teria direito conforme as metas fossem cumpridas.

Jeff gastou uma hora me explicando o plano de expansão no Brasil; porquê o Brasil; qual a expectativa dele em relação a mim; quem ele enviaria, junto comigo, pra fazer a implementação... E, no final, ainda me convidou pra almoçar.

Retornei pra minha mesa, duas e meia da tarde, depois de uma banquete de rei, num misto de empolgação e desconforto.

Como eu ia contar pra minha esposa que recebi uma proposta praticamente irrecusável no trabalho, mas que envolvia o retorno pro nosso país...?

Será que eu deveria aceitar?

Ou insistir em continuar nos Estados Unidos com o futuro incerto, atrás de um emprego que sei lá quando viria? Porque seguir trabalhando na Automatique dos EUA, segundo o próprio Jeff, era muito difícil. Pra não dizer impossível. A real é que os planos dele pra mim, desde o começo, era essa abertura da operação no Brasil. Por isso ele me contratou. Qualquer coisa que fugisse desse plano, geraria uma frustração pra eles bem difícil de contornar.

Em resumo, as portas da Automatique EUA tavam totalmente fechadas pra mim, mas outra muito melhor tinha sido aberta, desde que eu topasse a mudança.

Em resumo, era dúvida demais, anseio demais, conflito demais pra tomar a decisão sozinho.

***

Cheguei em casa seis e meia. A Camila me esperava na animação de sempre. Os olhos dela brilhavam quando me via abrir a porta do ap. Corria pular no meu colo, me encher de beijos, carinhosa, do jeitinho dela. Só não era recebido assim, quando ela tava compenetrada na cozinha, preparando alguma coisa gostosa pra gente jantar.

Logo após comermos, eu comecei a explicar a conversa que rolou com o Jeff e a proposta que recebi da Automatique.

Ela ficou assustada, meio em choque... Depois surpresa. Até que começou a falar.

Desconfiada por natureza e pé no chão, a Mila fez um milhão de perguntas pra esmiuçar essa promoção inesperada.

Precisei praticamente replicar a uma hora e meia de conversa com o Jeff, na reunião da manhã. E mais tudo que falamos durante o almoço. Inclusive os arrotos, que ele interrompia a conversa pra soltar de vez em quando.

Brincadeiras à parte, lógico que eu não tinha todas as respostas que a Camila queria. Por isso, cheguei com uma lista de Papai Noel no dia seguinte e pedi à secretária do Jeff mais uma reunião pra repassar as dúvidas que a minha esposa tinha me ajudado a relacionar.

***

Outra noite de conversa com a Camila. Dessa vez num restaurante que a gente adora. E acho que todas as dúvidas tavam eliminadas.

— E aí...? — tava ansioso pra caramba em saber a opinião dela.

— Sei lá... Diz você... — ela também tava sem saber o que falar.

— Topa voltar?

— Qualquer coisa com você, gatinho. Até nômade no meio do deserto, eu viro, se for pra ficar com você.

Inevitável me derreter por ela, quando a Mila surge com essas declarações típicas. Qualquer desafio da vida é fichinha quando se tem uma mulher como ela do lado. Sempre. Em qualquer situação. Pro que der e vier.

E era justo esse o meu maior receio em voltar pro Brasil. Meu pai quase destruiu minha vida com ela uma vez.

Apesar da mudança de comportamento dele, desde que avisei que tava saindo fora do país com a minha esposa, dr. Alberto não dá pra fechar o olho e confiar cegamente.

Realmente é bem difícil resolver as tretas que tenho com o meu velho.

E eu precisava pensar com cuidado o que faria em relação a ele...

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E aí, meus amores? Será que o Kiko vai topar essa promoção? Mesmo que envolva o retorno pro Brasil. Digam-me o que acham... E não esqueçam de deixar seu voto, se tiverem curtindo. *-* Obrigada!! 

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora