CAPÍTULO 81 - Revoada de peruas à vista!

1.8K 240 23
                                    

Mas sempre tem que ter alguém pra estragar a festa, né...? Impressionante...

Não a nossa, é claro! Que continuamos nas comemorações das 20.000 visualizações...

E vamos que vamos... ;-)

..........................................................

**Cristiano**

Quando o Manguá e suas "Manguazetes" chegam em mim e no Bola, só espio de canto de olho e lá está o meu anjinho, que trocava uma ideia com o Cabeça, do outro lado da varanda, portando seu beicinho mais emburrado, os braços cruzados e o pé batendo no chão.

A Mila odeia essas peruas que vivem sobrevoando a área e com razão. Além da merda que deu lá bar do Guilherme, eu tinha jurado pra ela que o churras era só dos brothers.

 Confesso que até tive minha fase de dar atenção pra esse tipo de mulher, quando ainda tava na guerra. Presa fácil, sempre disponível...

Era um troca justa no final do dia. Eu provia o que elas queriam — status, conforto, a conta paga nas baladas, presentinhos interessantes... E elas me davam o que eu precisava. Uma companhia agradável, elogios, sorrisos gentis, um rostinho bonito pra exibir pros amigos e umas pernas bem receptivas quando eu precisasse me aliviar. Coisa que qualquer moleque na minha situação faria.

Mas agora é tudo diferente. Eu tô casado com a mulher da minha vida e preciso demonstrar isso de todas as formas, pois nada é capaz de me deixar mais feliz, mais satisfeito que aquele rostinho de anjo, só meu, rindo solto, sem medo nem censura, que eu tenho comigo pelo resto dos dias.

— Débora, esse aqui é o Juliano.

— Oi, Ju!! — a tal da perua, que parecia ser a líder da revoada, cumprimenta o Bola.

— E esse é o Cristiano...

— Nunes??!!! 

Ai, caralho! A hora que escuto a garota gritar meu nome, já tava até vendo a surra de rolo de macarrão que me esperava em casa. 

— Não acredito que finalmente eu tô conhecendo o Cris Nunes! — e fez questão de reforçar a importância do momento. 

— E aquela é a Camila. A senhora "Cris Nunes". — o Bola assume o momento "apresentações", apontando pro meu anjinho, também já bem ligado do que aquele olhar mortífero da Mila queria dizer.

Tive que segurar a risada quando vi o sorriso amarelo que a garota armou, junto com a cara de cachorro em dia de mudança do Manguá, que ainda não tava por dentro do meu casório.

— Ah!!! Não sabia que você era casado. — a garota ainda tenta consertar e sai arrastando seu sapato, que mais parecia uma perna de pau de tão alto, o mais depressa que conseguia até a Mila pra cumprimenta-la, fazendo as outras duas o mesmo logo atrás.


..........................................................

**Camila**

— Oi, Camila!!! — a loira oxigenada se aproxima de mim como se me conhecesse a anos. — Eu sou a Débora. Essa aqui é a Carmen e a Mara.

— Prazer. — e troco "adoráveis" beijinhos com cada uma, sem querer dar brecha pro assunto se esticar.

Quando elas se afastam, eu caminho em direção ao meu marido, pisando firme.

Nem sei porque sentia tanta raiva. Mas fato é, eu sentia...


..........................................................

**Cristiano**

Assim que a Mila chegou perto, já foi se enroscando no meu corpo de mansinho. Daquele jeito dela... Feito uma gatinha manhosa... Portando seu biquinho mais lindo de quando ficava contrariada.

Eu a apertei forte. Depois dividi uns pedaços da carne com ela. Minha cerveja... Mas a cara brava não ia embora.

Assim que o Bola saiu pra trocar uma ideia com o Manguá e as "Manguazetes"...

— Que esse beicinho, linda...?

Ela riu, a cabeça ainda recostada em mim, mas não respondeu.

— Hein?! Fala pra mim...

— Nada.

— Até quando você vai achar que me engana com essas sabonetadas*? — e consigo arrancar um sorriso lindo do meu anjinho injuriado. — Hein, Mila? Pode dizer...

— Eu tenho ciúmes de você, gatinho. Não suporto ver essas peruas te sobrevoando.

Eu queria parecer sério e compartilhar daquele momento de angústia da minha esposa, mas não consegui evitar o sorriso rasgado enquanto ela me confessava sua insegurança.

A mulher mais linda, mais perfeita, unicamente minha, pela qual eu sou capaz de matar ou morrer, me dizendo com aquele beicinho de criança contrariada que sente ciúmes de mim...?

Eu deveria atravessar São Paulo de joelho, pra agradecer essa benção em forma de anjo que a vida reservou pra mim. 

O Bola outra vez matava a pau que a Camila tá pra mim, tanto quanto eu tô pra ela. E que não tinha razão nenhuma, eu entrar na paranóia de me achar insuficiente pra ela. 

— Eu sei... É que é diferente a gente dentro de quatro paredes e aqui, com essas horrorosas cercando você.

— Fica tranqüila que eu sou o primeiro a defender nosso casamento.

— Mas isso não impede dessas pervas assediarem você...

— Eu não vou deixar, Camila. — e seguro firme a cabeça dela pra tê-la olhando pra mim. — Pode dormir sossegada que seu gatinho aqui tem dona e não quer saber de outra coisa além dela.

Ela sorriu desviando os olhos, tímida.

Esse jeito meigo da Camila é o que me derruba no chão, de quatro por ela...

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora