Eu falei de problemas...? Pois é... E dessa vez... Olha só o que aguarda esse pobre menino rico... ;-)
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**Cristiano**
Por conta das festas de fim de ano, cancelei minha reunião de Janeiro em San Diego.
Era uma quarta-feira quente do inferno, terceira semana do ano. O sol ardido prenunciava a tempestade, prestes a devastar São Paulo a qualquer momento.
Três e vinte da tarde, Greg, o diretor de operações internacionais da Automatique, ligou pra Léia, a minha secretária. Ela me passou a ligação.
Papo vai, papo vem e ele finalmente chegou no que interessava.
Greg tinha encontrado uma pista do possível sócio oculto da Automatique no Brasil. Um nome desconhecido que ele ditou pra mim com certa dificuldade na pronúncia. Anotei o que entendi. Mas não fazia a menor ideia de quem era.
O Brasil é grande demais... Talvez esse cara fosse algum empresário do agrobusiness...? Nada impossível.
Ou um brasileiro que fez carreira internacional e voltou pra cá com o bolso cheio, em busca de novos negócios? Outra hipótese nada descartável, afinal, isso aqui não deixa de ser "o" país da oportunidade.
Chamei Luciano, que trabalhava comigo, e pedi que investigasse quem era o tal Aloísio Abrantes Fonseca.
Três horas depois, volta Luciano à minha sala. A cara meio transfigurada, uma mão no bolso, carregando o que parecia um pequeno pedaço de papel na outra.
— E aí?
— Não sei se você vai gostar disso, Cris...
Ih... Tô vendo tudo... Ou Luciano arrumou emprego em outro lugar. Ou descobriu alguma tramóia no dinheiro que sustenta a nossa operação.
— Antes tarde que nunca, Luciano. Manda aí...
Ele colocou o papel em cima da mesa, voltado pra mim, incomodado de ter sido o "desvendador" do tal segredo que parecia guardado a sete chaves.
Confesso que não me surpreendi. Nada... Na real, eu já sentia no ar essa possibilidade.
— Passei por uns cinco nomes até chegar no "núcleo". — ele seguia se explicando.
Mas eu não ressoava.
— Desculpa, cara... Acho que você não sabia, né?
— Não... — e o letreiro "trouxa do século" piscava no meio da minha testa. — Mas já suspeitava.
— Precisa de mais alguma coisa?
— Não... Valeu.
Ele saiu da sala, me deixando sozinho com o papel e o nome "Alberto Aguiar Nunes" rabiscado num garrancho tremido.
Levei meia-hora, uma talvez, pra voltar a respirar normal. A chuva, ao fundo, batia forte contra a vidraça, mas eu ignorava.
Deixei o escritório era oito e vinte da noite. As ruas vazias, pós cataclismo climático, davam um ar de surrealismo a São Paulo. O que me fez sentir em em casa... Já que nada definia melhor meu estado de espírito que outro pesadelo surrealista em que eu tava mergulhado.
Cheguei em casa arrasado. Derrotado. A Camila percebeu. Perguntou o que eu tinha. Nem coragem de contar a "novidade" eu consegui criar.
Jantamos, tomei banho, depois me deitei enroscado nela torcendo pro mundo acabar num choque contra um meteoro, enquanto a gente dormia, pra não ter que encarar o dia seguinte.
***
Liguei pra Luci, secretária dele, oito e meia da manhã, pedindo que me abrisse um horário na agenda. Ela deve ter ligado pra ele, que geralmente não dá as caras no escritório antes das dez, porque tinha umas oito ligações dele no meu celular. Não atendi nenhuma.
Luci me retornou avisando que ele me esperava às dez e meia, depois do remanejamento de alguns compromissos que ela fez "com muito custo". Agradeci pelo esforço, encerrei a ligação com ela e foi a vez de avisar a minha secretária que passaria a manhã fora.
Ele chegou na sala dele, eu já tava lá.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
Storie d'amoreEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...