CAPÍTULO 105 - Me dá um tempo!

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E vamos ver como esses dois se saem de hoje em diante... Será que o relacionamento deles ainda tem salvação? Digam-me o que pensam após ler os capítulos de hoje. E não fiquem bravas por eles serem mais curtos que o normal. Logo logo, eu posto mais... Prometo!

Obrigada mais uma vez! ;-) 

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**Cristiano**

Na frente do prédio dela, mais que previsto, ela não me autorizou subir.

O porteiro era novo ou folguista. Não me conhecia. Mas esse não seria mais um problema, além de todos os outros. Soltei uma grana na mão dele e avancei pra próxima etapa.

Diante da porta do ap., descarreguei minha raiva na campainha. Toquei uns cinco minutos até convencê-la que não cheguei ali pra desistir.

Ela abriu, a cara derretida de quem não parou de chorar um minuto desde que entrou no carro com o Chico.

— Linda... Para de fazer isso com a gente. Por favor... — e enfiei ela debaixo do braço, mesmo que ela não pudesse nem com o meu cheiro.

— Me dá uma tempo, Kiko!

— Volta pra mim.

— Eu preciso de um tempo.

— Promete que volta?

— Deixa eu ficar na minha. Pelo menos um pouco. É sério... — e suplicou, dessa vez, olhando nos meus olhos.

— Tudo bem... — e a liberei, recolhendo os braços. — Posso te levar pra casa, pelo menos? — eu sei que pareço retardado. Mas isso não é incapacidade. É desespero. — Você fica lá, sozinha, no quarto. Eu durmo no outro. A gente nem se cruza, se você não quiser.

— Eu vou ficar aqui. — tava decidida, o que me destruía ainda mais.

— Então, posso pedir pra você ficar com isso? — e mostrei a aliança pra ela.

— Depois desse tempo, eu volto a usar.

— Promete?

Ela relutou.

— Promete, Mila?

— Prometo.

— Então fica com você.

— Não agora... — e se recusou a pegar o anel.

É lógico que eu forçava a barra. Mas não ia perder ela de novo. Mesmo que o que aconteceu seja imperdoável.

Era foda ver meu casamento desmoronar, sem eu poder fazer nada. Além de ter que carregar sozinho uma culpa que não é minha.

Eu não tenho coragem de explicar pra Mila quem é o meu pai de verdade. Ainda menos, de contar o que ele pôs na mesa; as ameaças veladas contra a gente que dr. Alberto enumerou de forma elegante e clara o suficiente, caso eu seguisse com o plano de entregar a Samara pra polícia.

Eu sei que fui um covarde da pior espécie. Nem dá pra contestar isso, depois de tudo... Mas, tendo o pai que eu tenho e conhecendo a ausência de limites dele pra conseguir o que quer, era eu atender a exigência dele ou nunca mais conseguir encostar a cabeça no travesseiro e ter um sono tranquilo, sabendo que ele poderia fazer algo realmente sério contra a minha esposa. Ou separar a gente. Ou, sei lá... Do dr. Alberto pode-se esperar de tudo...

***

— Vai embora, por favor. — ela reforça o pedido numa estranha calma que me fez estremecer.

— Eu vou, linda. Mas promete que não vai fazer nenhuma merda?

— Mais do que já tá feito?

— Tem razão... — e expirei o ar, num sorriso morto. — Fica bem, meu anjinho. E volta pra mim... Logo... Por favor. — larguei um beijo na cabeça dela. — Amo você, Camila. — ao contrário dela, não segurei a onda.

Saí do apartamento chorando feito um condenado.

E assim passei o resto da tarde e noite, jogado na cama com a cara enterrada no colchão e a cabeça debaixo do travesseiro.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora