CAPÍTULO 76 - Pré-Festa

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E lá vem os preparativos para outra a balada... Incansáveis esses dois... E merecido também, depois de tanto tempo enclausurados... 

Vamos conferir?

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**Camila**

No sábado próximo ia rolar a ultra-aclamada festa à fantasia da minha "facu".

É a festa mais aguardada do segundo semestre e eu não poderia deixar de prestigiar, principalmente depois do imbróglio com o meu namorado-agora-noivo-ex-sapo-com-potencial estar resolvido.

Aliás, o Kiko tá pra lá de animado também e eu... ai, ai, ai... Eu conto os segundos pra tal da festa chegar.

Com o intuito de entrar no clima, quarta-feira passei a tarde numa loja de locação de fantasias com a Lu, Amanda e a Rafa. Foram incontáveis trajes provados, reprovados e aprovados, até fazermos a escolha final. 

***

— E você vai de quê? — pergunto pro Kiko, durante o jantar.

— Jedi...

— Jedi? Tipo Wobi Wan?

— Exato... E você? Podia ser minha Leia, hein? Que tal? — e me ergue as sobrancelhas, meio debochado, mas falando sério.

— A minha vai ser surpresa. Não vai ser a Leia, mas acho que você vai gostar.

— Eu tenho certeza que vou.

— Falta só o cabeleireiro.

— Quanta produção.

— Queria só por um aplique no cabelo. E quem sabe uma maquiagem.

— Minha mãe tem um que vai em casa. Quer que eu peça pra ela?

— Não precisa... — fiquei sem graça. Esse tipo de despesa eu ainda procurava pagar com o meu dinheiro. Bem... Agora que não tô mais estagiando, com o dinheiro que meu pai deposita na minha conta, mesmo que o Kiko tenha me dado uns três cartões da conta dele, que eu nem sei pra que tanto servem.

É óbvio que o cabeleireiro que atende dona Valentina não é pra minha alçada. E é obvio que eu não vou desistir da minha superprodução. Por isso, preciso me virar com o que eu tenho.

***

No dia seguinte...

— Minha mãe já marcou o cabelo pra você.

— Como?

— Tá tudo certo.

— Como assim, Kiko? Que horas e onde? 

— Às cinco, aqui em casa.

— Eu não posso aceitar.

— É uma cortesia da sua sogrinha.

— Kiko... Não dá... — e parei a frase no meio.

— Continua. Não dá...

— Eu juro que não precisava. Não pra essa festa. Podia guardar pra um... momento mais...

— Linda... — ele vem se aproximando, com seu jeitinho mais manipulador. — Esse momento é importante. Como os outros que vão aparecer... — e lá vai meu noivo e seus argumentos indestrutíveis. — Além disso... é uma chance pra você conhecer o Raul. Minha mãe adora esse cara. Ajudou ele a se estabelecer quando ele chegou em São Paulo, com uma mão na frente outra atrás.

— Jura?

— Hum hum... Ele é talentoso. Só precisava de uma chance. E dona Valentina acolheu o Raul. Ajudou a construir a carreira... Conquistar clientes... Ela adoraria que você curtisse o trabalho dele.

— Hum... Sua mãe é bem... generosa...

— Ela é, linda. E quer te agradar de qualquer jeito. Como faz comigo. Seria um baque pra ela se você recusasse.

— Já me convenceu, gatinho. Pode poupar os esforços pro próximo round — e nós caímos na risada. 

É a cara dele esse apelo emotivo pra conseguir o que quer, apesar de eu não cair mais feito um pato em qualquer ladainha como antes.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora