CAPÍTULO 135 - Ainda dá tempo de se redimir?

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E o perdão hein? Será que vem dessa vez? Bom... Depois dos perrengues que enfrentaram, esse último soa lição para principiantes, né?

Mas... não custa conferir o que rolou ;-)

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**Camila**

No outro dia acordei, ele roncava alto na minha orelha, feito um porco capado, atravessado na cama. O braço e a perna em cima de mim.

O quarto fedia a álcool dum jeito que, se riscasse um fósforo ali, certeza que o fogo tomava conta do prédio inteiro.

Saí debaixo com dificuldade, me arrumei e fui tomar café sozinha.

Ele deixou o quarto, passava do meio dia. Berrou por mim no meio da casa. De raiva, não respondi, mas acho que dona Cleusa dedou meu paradeiro pra ele.

— Cê tá aqui, linda?

— Não. Tô em Paris...

Ele se jogou do meu lado, já vindo pra cima. Me esquivei de todo jeito, mas ele é mais forte. Nem cinco segundos e já me tinha debaixo dele.

— Tá bravinha por quê?

— Não quero falar.

— Nem precisa se dar ao trabalho... O Bola já ligou dando esporro.

— Então por que perguntou?

— Pra saber se era o mesmo motivo.

— O quê você acha...?

— Meu anjinho bravo... — e começa a roubar beijinhos — Não fica assim, não... Eu te disse que queria aproveitar a última cervejada.

— Mas podia ter se controlado um pouco mais, né, Cristiano?! Sabe que tem um monte de mulher em cima.

— Eu sei, linda... É por isso que eu precisava de você comigo. Pra me ajudar... Me defender...

— Quase apanhei!

— O quê?

— Quando fui tirar satisfação com a sirigaita que tentou te agarrar, a amiga dela começou a me provocar... Me chamar de corna. Eu respondi à provocação e ela veio pra cima de mim. Sorte a minha que tinha um cara perto e segurou a infeliz. Senão, além de tudo, ainda teria tomado umas bordoadas por sua causa.

— Desculpa, linda... Nem pensei que ia rolar stress... — e se ajeitou do meu lado, o corpo parcialmente em cima de mim.

Eu não disse nada. Ele tinha passado do limite. Aliás, todo mundo naquele lugar tinha perdido completamente a mão.

— Hein, linda... ? Você me desculpa?

— Vou pensar...

— Não faz isso, Mila.

— Deixa eu ficar na minha.

— Só se me desculpar.

— Me dá um tempo.

— Tá bem... — e finalmente para de importunar, ainda mantendo o carinho no cabelo.

— Tô com uma puta dor de cabeça. — comenta, depois de um tempo.

— Nossa... Jura? Por que será, hein?

— Só bebi o que eu levei. Não era pra ter ficado.

— O tanto você que bebeu, Cristiano, nem se fosse whisky cem anos, você se livrava da ressaca.

Ele riu. Depois ficou quieto de novo.

— Boa ideia... Paris... — e solta o comentário, despretencioso.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora