E o perdão hein? Será que vem dessa vez? Bom... Depois dos perrengues que enfrentaram, esse último soa lição para principiantes, né?
Mas... não custa conferir o que rolou ;-)
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**Camila**
No outro dia acordei, ele roncava alto na minha orelha, feito um porco capado, atravessado na cama. O braço e a perna em cima de mim.
O quarto fedia a álcool dum jeito que, se riscasse um fósforo ali, certeza que o fogo tomava conta do prédio inteiro.
Saí debaixo com dificuldade, me arrumei e fui tomar café sozinha.
Ele deixou o quarto, passava do meio dia. Berrou por mim no meio da casa. De raiva, não respondi, mas acho que dona Cleusa dedou meu paradeiro pra ele.
— Cê tá aqui, linda?
— Não. Tô em Paris...
Ele se jogou do meu lado, já vindo pra cima. Me esquivei de todo jeito, mas ele é mais forte. Nem cinco segundos e já me tinha debaixo dele.
— Tá bravinha por quê?
— Não quero falar.
— Nem precisa se dar ao trabalho... O Bola já ligou dando esporro.
— Então por que perguntou?
— Pra saber se era o mesmo motivo.
— O quê você acha...?
— Meu anjinho bravo... — e começa a roubar beijinhos — Não fica assim, não... Eu te disse que queria aproveitar a última cervejada.
— Mas podia ter se controlado um pouco mais, né, Cristiano?! Sabe que tem um monte de mulher em cima.
— Eu sei, linda... É por isso que eu precisava de você comigo. Pra me ajudar... Me defender...
— Quase apanhei!
— O quê?
— Quando fui tirar satisfação com a sirigaita que tentou te agarrar, a amiga dela começou a me provocar... Me chamar de corna. Eu respondi à provocação e ela veio pra cima de mim. Sorte a minha que tinha um cara perto e segurou a infeliz. Senão, além de tudo, ainda teria tomado umas bordoadas por sua causa.
— Desculpa, linda... Nem pensei que ia rolar stress... — e se ajeitou do meu lado, o corpo parcialmente em cima de mim.
Eu não disse nada. Ele tinha passado do limite. Aliás, todo mundo naquele lugar tinha perdido completamente a mão.
— Hein, linda... ? Você me desculpa?
— Vou pensar...
— Não faz isso, Mila.
— Deixa eu ficar na minha.
— Só se me desculpar.
— Me dá um tempo.
— Tá bem... — e finalmente para de importunar, ainda mantendo o carinho no cabelo.
— Tô com uma puta dor de cabeça. — comenta, depois de um tempo.
— Nossa... Jura? Por que será, hein?
— Só bebi o que eu levei. Não era pra ter ficado.
— O tanto você que bebeu, Cristiano, nem se fosse whisky cem anos, você se livrava da ressaca.
Ele riu. Depois ficou quieto de novo.
— Boa ideia... Paris... — e solta o comentário, despretencioso.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...