CAPÍTULO 144 - Nova vida

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E foram, hein...?! Quem diria que iam ter coragem. Mas tiveram... E vamos descobrir como tá essa nova vida, num novo país...

Até que enfim uns momentos de paz pro casal... ;-)

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**Cristiano**

Sábado, já dentro do avião rumo a San Diego, nossa casa pelos próximos seis meses...

— Feliz?

— Muito...

Eu não conseguia largar da mão dela.

— Achei seus pais até tranquilos hoje... — ela tinha razão.

— Eu também. — foi bem estranho, na real. Principalmente dr. Alberto. Sem nenhum resquício do apelo emocional dos últimos dias. Ou se conformou, ou sabia de algo que não devia. Sei lá... Dele, pra variar, nunca dá pra deduzir nada...

***

E lá estávamos, diante do prédio, no nosso novo lar.

Como a mudança foi às pressas, nem deu tempo de marcar uma viagem de reconhecimento antes, pra visitar o lugar onde iríamos morar, a empresa onde eu vou trabalhar, tão menos a universidade em que a Camila vai estudar...

Pra se ter ideia, minhas entrevistas foram por email e, nas duas últimas fases, por teleconferência.

Chegamos no domingo pela manhã, em San Diego. 

A Camila já tinha aula na segunda-feira. Mas eu só começaria na Automatique, semana seguinte. Eram sete dias livres que eu podia dar uma força pra minha esposa, ajeitar as tralhas no ap., fazer um reconhecimento da área...

Pra nossa grata surpresa, o flat era gabarito. Espaçoso até demais. Tinha dois quartos com banheiro, uma sala confortável, cozinha americana, vista pro mar. Além de serviço diário de limpeza, camareira, concierge, academia, piscina, entre outras mordomias.

Confesso que nem precisava de tanto. Mas, quem falou que dona Valentina ia deixar o filhinho querido e a nora "preferida" dela viverem em qualquer lugar?

Minha mãe custou a concordar com a realidade. Mas assim que se deu por vencida e finalmente aceitou que a decisão era irreversível, ela começou a se meter em todo e qualquer detalhe da nossa viagem. 

Com a ajuda da assistente pessoal dela, a Mirian, escolheu o bairro onde a gente iria morar, pra ficar relativamente perto do meu trabalho e da escola da Mila, o ap., meu carro, o carro da minha esposa, nosso plano de saúde e ainda fez questão de contratar uma cozinheira uma vez por semana pra preparar comida caseira pra gente. Não queria nós dois nos entupindo de porcaria em fastfoods por aí...

Lá na vida deles, quem bota o dinheiro em casa é meu pai. Mas quem toma conta da bufunfa é a minha mãe. Então... Se dr. Alberto teve alguma objeção na interferência da dona Valentina na nossa mudança, entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Porque ela fez questão de bancar todos os up grades que jamais caberiam no meu orçamento. Isso fora que recheou a conta bancaria que tenho nos EUA, pra não faltar nada pra gente.

Descobri essa grana generosa na conta já era tarde demais. Cheguei a ligar pra ela, questionei, relutei, quase comecei uma discussão. Mas, a milhares de quilômetros de distância, não valia a pena aborrecer minha mãe ainda mais. Ela não fez por mal. Muito pelo contrário. Só pensou na gente, mais que qualquer outra coisa na vida dela... Então, pra que stressar?

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora