CAPÍTULO 116 - Sexto-sentido em homem?! Era só o que me faltava...

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Cristiano com a testa pesada? O que será que ele sabe, hein?!

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**Camila**

Dia seguinte, domingo, acordo com o telefone berrando.

Depois de deixar tocar até cair pela terceira vez, resolvi atender. Afinal, se era quem eu pensava que era, não desistiria nem na centésima tentativa.

— Oi? — essa sou eu "louca" de vontade de conversar...

— Dormindo até agora, linda? A balada varou a noite, é? — esse Cristiano, tomando conta da minha vida até quando tá a mais de cem quilômetros de distância, é irritante pra dizer mínimo!

— Ligou por que, Kiko? — a voz de quem passou a noite entre bebidas e berros pra tentar concorrer com o barulho ensurdecedor da Cubalibre.

— Quero saber se você vem hoje pra programar com o Chico.

— Não... Amanhã. 

— Que horas?

— Depois do almoço tipo duas ou três.

— E a aula? — ele não tava nada contente. Pelo meu retorno na segunda-feira pra São Paulo, pela voz rouca denunciando minhas peripécias noturnas, ou pelas duas razões.

— Dá tempo.

— Beleza. Ele vai tar aí... — era a deixa pra desligar. Mas ele não me daria esse gosto. — E você? Tá bem?

— Tô... Dentro do possível. Você? — não queria perguntar, mas não conseguia não ser educada.

— Nem tanto. Semana do inferno...

Expirei o ar com força. Pra nós dois... 

— Tô com saudades... —se declarando, murcho de tudo.

Eu também. Infelizmente...

— E vê se não apronta nada por aí. Acordei com a testa pesada hoje...

Apesar de você merecer, eu não consegui, seu desgraçado!!!

— Hein, Camila?! Não tem nada pra me dizer...?

— Larga de bobagem, Cristiano! Se você fizesse por merecer, era pra tar aqui do meu lado, debaixo da coberta comigo... Ou até dentro de mim, na melhor situação.

— Nem me fala, linda. Sonho com isso a cada segundo...

— Só nos sonhos mesmo.

— Deixa eu correr pro banheiro antes que acabe com o lençol. Ando dando trabalho pra dona Cleusa ultimamente...

— Besteirento!

— Acha que é mentira?

— Não! Mas não precisa me dizer essas coisas.

Só ouvia as risadas escrachadas do outro lado da linha.

— Tchau, Cristiano! — e berro pra ele escutar.

— Até amanhã, meu anjinho bravo.

Desliguei o telefone na cara dele.

Esse homem me tira do sério num grau que eu fico fora de mim...

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora