CAPÍTULO 50 - Cheiro de m... no ar

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Apesar da situação angustiante... impossível não se divertir com as tiradas do Bola... O melhor-amigo-da-onça do casal vinte.

Confiram agora o que o gordinho mais bacana do wattpad aprontou... 

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**Bola**

(Registrado no 28º Cartório Civil do Jardim Paulista, Juliano Maciel de Albuquerque por um infortúnio do destino... Dando uma "palinha" por aqui...)

Estava eu de preguiça debaixo da coberta, acordando beeeeem devagar, naquela sexta-feira ensolarada que prometia muito... quando escuto a inconveniente vibração do meu celular sobre o criado-mudo.

Não acredito que algum "filha-da-mãe" tem a ousadia de discar meu número a essa hora da "madrugada"...

— Alô?

(— Juliano?)

— Sempre às ordens... Quem incomoda?

(— Tio Alberto, pai do Cristiano.)

— Oi, tio... Como vai?? — que fora...

(— Bem... Obrigado. Estou te ligando para perguntar se você sabe do Cristiano?)

— Como?

(— Ele não apareceu aqui no escritório hoje. Liguei para a casa dele, Dona Cleusa disse que, quando chegou, não o encontrou por lá. A cama também não foi desarrumada. Os carros estão na garagem. Você esteve com ele ontem, Juliano?)

Caralho!!

— Hum... Bem... Sim... A gente se viu na faculdade. — e tive que mentir pra não deixar tio Alberto ainda mais encanado, mas o ponto-e-vírgula não tinha aparecido por lá também.

Certeza que alguma merda deu. E não precisa nem ser grande gênio pra deduzir...

(— Entendo. Se souber dele, me dê uma ligada, sim...? Este número é o meu pessoal.)

— Pode deixar, tio.

Enquanto eu enrolava o pai do Kiko, já tinha pulado da cama, vestido a roupa, calçado o tênis, passado desodorante e tava com a chave do carro na mão pra voar pra garagem, atrás daquele moleque.

Dessa vez, algo me dizia que "a poeira tava grossa" de verdade...

No caminho, liguei três vezes pro celular do ponto-e-vírgula.

Nada... Tocava, tocava até cair na caixa.

Deixei os recados mais escrotos que podiam sair da boca de um ser-humano, bancando o valentão, mas, na real, eu tava num cagaço como nunca tive dele ter feito alguma merda sem retorno.

A segunda pessoa que me ocorreu foi a Luiza, já que o anjinho não atendia as minhas ligações desde que deu o pé na bunda do ponto-e-vírgula.

— Luiza?

(— Sim.)

— Bola falando...

(— Oi, Bola.)

— Sabe do anjinho...?

Ela demorou um pouco pra responder...

(— A Camis aqui em casa.)

— Posso falar com ela?

(— Não, Bola! Ela sem condições. — a Luiza me podou, cochichando.)

— Sabe se aconteceu alguma coisa entre os dois? Digo... Ela e o Kiko? — e já temia pela resposta.

(— Tirando que ele a fez ser demitida do estágio ontem???!! — e a mulher gritou no meu ouvido, enlouquecida. — Fora a humilhação????!!! — outro grito mais estridente.)

Quase joguei o aparelho pela janela do carro essa hora.

(— Não... Nada de mais... — e a Lu encerrou seu surto da forma mais cínica que podia.)

Caralho!!! Eu avisei a ponto-e-vírgula que isso ia dar merda...

— Que merda, Lu... — nem sabia o que dizer...

(— Merda, Bola???!!! Merda é o que esse seu amigo sem-noção fazendo com a Camila. Isso sim é merda!!!!)

A mulher tava fora do corpo já. Ainda bem que a conversa era por telefone.

— Lu... Me escuta. Vou tentar resolver isso...

(— Que resolver, Bola??!! Como resolver???!! Isso não tem mais jeito, não... Saiu totalmente do controle.)

— Lu... Calma. Eu vou pensar em algo. Talvez precise de você. Mas agora, tenta manter a calma pra ajudar a sua amiga aí, enquanto eu vou tentar ajudar o meu do lado de cá.

(— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — o volume do "amplificador" já mais controlado.)

— Não sei ainda. Mas ele sumido desde ontem...

(— Ai, Meu Deus, Bola! Ele ficou um tempão aqui na porta do prédio ontem à noite, tentando falar com a Camis.)

— Caralho! E ela falou com ele...?

(— Não...)

— E que horas ele saiu daí???!

(— Não faço ideia. Só sei que fomos deitar, passava da meia-noite e ele ainda tava aqui.)

Travei segundos até conseguir dizer qualquer coisa...

— Eu indo até a casa dele. Se não achar ele... Sei lá. Vou ter que pensar em alguma coisa.

(—Me mantenha informada, por favor.)

— Pode deixar... Valeu!

(— Beijo)

— Outro.

E o "rebosteio" só fedia mais e mais...

Cheguei na casa do Kiko e um dos integrantes do exercito de funcionários que ele tinha trabalhando naquele mausoléu veio abrir a porta pra mim.

— E o Kiko, seu Aldo???!

— Não apareceu aqui, não. todo mundo atrás dele.

Outro aperto no estômago daquele moleque desgraçado ter feito alguma cagada.

Respirei fundo...

Concentrei...

Serão na porta da casa da amiga... Cama arrumada... Carros na garagem... Logo me veio à "cachola" onde eu poderia começar a minha busca.

Pedi pro seu Aldo me acompanhar até o acesso à área técnica do ap., onde fica o sistema do ar condicionado central, as bombas de água e a central de aquecedores.

É um lugar bizarro. O acesso é feito por uma escadinha escura que dá na tal da área técnica e também, numa parte do telhado da cobertura do ponto-e-vírgula.

Uma vez que ele brigou com o Tio Alberto, se escondeu ali por horas, mas nunca contou pra ninguém onde tava.

Eu consegui arrancar daquele viado só meses depois, no meio de uma bebedeira, na balada.

Subi uma parte da escada e desviei pra outra menor ainda, que ia pro telhado.

Tava me cagando de medo de entalar naquela birosca, mas não tinha outro jeito.

Quando abri a portinha do telhado, com dificuldade pelo vento que fazia lá no trigésimo andar do prédio...

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora