(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...

CAPÍTULO 96 - Operação resgate

Meu amores. Este capítulo e os próximos três são extras. Não faziam parte da história original. E eles só ficarão por aqui, se vocês curtirem. 

Por isso, leiam com carinho e me digam se vocês gostaram ou não. 

Obg mais uma vez... Bjs mil!

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**Cristiano**

Era onze da noite e bateu o desespero. Ligava pro celular da Mila, direto na caixa. Algo me dizia que alguma merda deu...

Mais ou menos meia-noite, meu celular tocou. Um número que eu não conhecia. Nunca atendo, mas, com minha mulher desaparecida, não podia me dar ao luxo.

Econômico nas palavras, nem precisei de nada mais pra entender o que tava rolando. Trinta milhões de reais. Esse era o número. Notas não sequenciais. Paga e espera eles entregarem minha esposa. Sem garantias...

Fiquei desesperado. Não dava pra saber se iam cumprir a promessa e devolvê-la inteira, com vida. Mas era confiar ou correr o risco de ficar sem a minha mulher.

Fechei o celular e chorei feito um desgraçado. Precisava acionar meu pai, mas foi foda me controlar pra poder ligar pra ele.

Assim que consegui, falei o essencial pra desligar logo e chorar de novo.

Caralho! Como eu fui burro!

Não podia ter feito a vontade da Mila. Não em relação à segurança. Tinha que ter insistido e colocado o Joel na cola dela.

Meu pai, por precaução, já tem um esquema montado pra essa situação. Contatos na polícia, investigadores, equipe de segurança e negociadores treinados. Nunca na vida precisou disparar o "alarme". Nem comigo, nem com a minha mãe. E justo com a Camila... Nada preparada pra encarar a situação. E, por isso, óbvio, o elo mais fraco.

Noite a dentro sem dormir, fiquei em casa, no meio daquele circo, esperando o telefone chamar pra combinar o local e o horário onde entregar a grana.

Jair, o puxa-saco oficial do meu pai, foi pra lá também. Além da minha mãe e todos os seguranças lá de casa. Isso, fora a equipe acionada pra lidar com o sequestro propriamente, que somava uns doze caras.

Eles ficaram a noite revirando imagens das câmeras de segurança, perto da Escola dela. Mas nada...

A Camila passou pela câmera da saída da escola, a bolsa de lado, abraçada nos cadernos, do jeitinho dela. Mas, depois, sumiu. Evaporou. A câmera mais próxima era a de um prédio residencial, em frente ao estacionamento onde ela para o carro. Ela foi pega no trajeto entre a Escola e o estacionamento. Parece que sabiam bem o que tavam fazendo. E não deixaram brecha alguma.

Conforme o tempo passava e eu conseguia aos poucos por a cabeça no lugar, comecei a pensar se não tinha ninguém envolvido nisso.

Nada me levava a crer num suspeito que fosse próximo da gente. Afinal, a Mila tem uma rotina previsível. Vai todo dia pra escola e volta no mesmo horário. Os caras fizeram contato, pediram dinheiro alto... Sei lá... Parecia um sequestro clássico.

Mas alguma coisa me dizia que não era só isso...

Aproveitando que tava todo mundo lá, chamei o Joel de canto junto com o Cardoso e pedi pra dar uma olhada na Samara. Discreto. Sem ninguém precisar saber.

Ela tava muito louca quando foi atrás de mim, no restaurante, dois dias atrás. Eu sei que daí a planejar o sequestro da minha mulher, tem um abismo. Mas, pelo benefício da dúvida, não custava eliminar essa hipótese. Mesmo que remota.