CAPÍTULO 117 - Mais insistências...

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O sobrenome dele não é Nunes. É insistência. Mas, vamos ver até quando né?! ;-)

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**Camila**

Na segunda-feira, quando eu tava a caminho de São Paulo com o Chico, ele me liga.

Papinho-pra-boi-dormir abrindo a conversa e logo já veio pra cima com outra tentativa de aproximação.

— Posso passar na sua casa depois da aula?

— Não.

— E por quê? — nervosinho de tudo.

— A Lica faz aniversário. A gente vai no Milkway.

— Em plena segunda-feira?! — tipo pai querendo tomar conta da vida.

— E daí?!

Não respondeu.

— E amanhã? — insistente esse homem? Imagina...

— Outro aniversário.

— Ah, é?! Onde? Que horas? Com quem?

— Muita pergunta...

— Esse é o pior jeito de você me matar, linda. Aos poucos... Arrancando cada pedacinho por vez...

— Para de drama, Cristiano!

— É sério, Mila... Tô morrendo de ciúmes dessas escapadas. Pensa que eu não sei que você caiu na gandaia no sábado...?

— E o meu tempo, hein?! Você disse que respeitaria!

— Muito difícil pra mim... — a voz perdeu força. Depois, o silêncio...

Morri junto com ele...

— É aniversário da Elisa, Kiko, uma amiga da Nanda, num barzinho.

— Qual?

— Não vou dizer!

— Não precisa. Eu descubro.

Bufei de raiva.

— Pelo menos tenho algum tempo com elas, antes de você surgir.

— Não esteja tão certa...

— Eu não quero que você vá, Kiko. É sério isso.

— E por que não?

— Você sabe.

— Não! Eu não sei!

— Um milhão de motivos...

— Sem problemas. Pode listar.

— Um milhão?! — assustei!

— Tenho todo tempo do mundo pra você.

— Deixa pra lá. — e tento escapar.

— Não deixo, não! Pode começar.

— Por que você faz isso?

— Pra entender o que te aborrece e resolver.

Permaneci calada. Tinha que dizer a verdade. Mas, como, Meu Deus?

— Fala, linda... Se não falar, vou entender que não tem nada e mandar o Chico te levar direto pra casa.

— Ficou louco?!!

— Sempre maluco. Só por você...

Eu ri e, óbvio, permaneci uma múmia, ainda pensando em mil formas.

Hein?

— Eu não quero falar disso. — outra tentativa de sair pela tangente.

— Mas precisa.

— Não! Eu não preciso.

— É isso ou eu te sequestro e prendo em casa.

— Não sabe que eu traumatizei de sequestros?

— Sei. Mas não tenho outro recurso disponível.

Não fiz mais réplica, nem tréplica.

— Fala, Camila! — exigente.

— Depois a gente conversa... — apelo.

Ele bufou e finalmente parou de insistir.

— Tá bem... Boa viagem aí...

— Obrigada.

— Mas você não escapa. Sabe disso, né?

Suspirei... Meu saco virtual já tava na lua com tanta insistência.

Mas como sair dessa encruzilhada se nem eu sabia o que fazer...?

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora