(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...

CAPÍTULO 54 - Acerto de contas

E essa reconciliação, hein?  Sai ou não sai?

Só lendo mesmo pra descobrir...  ;-)

..........................................................

**Cristiano**

Quando entrei na sala, lá estava meu anjo entre os meus amigos, me encarando com os olhos esbugalhados.

Só de ver aquela carinha, eu já senti uma paz...

Mas o semblante de tristeza dela me arremetia a pior sensação. Do tanto que eu a tinha feito sofrer.

Mesmo diante daquela situação horrível, pelo menos havia um pequeno motivo pra comemorar. Só dela não ter reagido com hostilidade quando me viu já era um grande começo, mas eu ainda tava inseguro de me aproximar.

— Anjinho, com licença. — e o Bola, tomando providência, ajudou a Mila a se levantar do sofá.

Ela tava arredia. Parecia com medo de chegar perto de mim. Além de evitar, a todo custo, olhar na minha direção.

— Agora, acho que vocês precisam conversar... Vamo, "putada"! Cai fora todo mundo pra não embaçar... — e o Bola começou a tocar os caras da sala.

— Se importa de ir comigo até ali...? — eu me aproximei dela e propus, apontando a área externa do ap. do Bola.

Ela balançou a cabeça, o que me abriu o caminho pra segurar na mão dela e levá-la até lá.

Eu a encostei no balcão da churrasqueira do lado da piscina e me posicionei na frente dela. Nossos corpos quase que se encostavam.

— Sinto sua falta, meu anjo. — e foi a primeira coisa que me ocorreu.

O que mais me perturbava...

Dei um beijo na lateral do rosto dela e senti a Mila estremecer. Não sabia ainda se a reação era boa ou ruim.

— Obrigado pela chance... de me deixar vir aqui... explicar... — eu comecei a falar, mas não consegui controlar o choro.

Fiquei puto comigo, mas era o que eu sentia...

E ela, pro meu espanto, começou a chorar junto comigo.

A Mila trazia um chumaço de papel na mão, o que me dava a certeza de que não era a primeira vez que chorava.

— Por quê isso, Kiko...? Pra que fazer isso comigo...?? — em meio aos suspiros.

Ela tava muito abalada.

Nós dois estávamos...

— Linda da minha vida, eu podia passar o dia aqui te dando mil razões, mas nada justificaria... — eu falava com a alma, enquanto alisava o rosto dela.

— Eu não merecia isso... Nunca dei motivos pra merecer uma coisa horrível dessas.

— Não, meu anjo. Você nunca deu. O problema todo tá em mim. Sempre teve...

E respirei um pouco pra conseguir continuar.

— Eu nunca tinha sentido por alguém, um milésimo do que eu sinto por você, Camila. Desde o primeiro segundo que te vi.

O choro dela só aumentava, mas eu precisava falar... Precisava desabafar.

— E não podia arriscar viver assombrado por essa dúvida, mesmo que ridícula. Eu precisava ter certeza que você estaria comigo, como eu com você... De coração...