Bom... Só resta conversar ou mandar matar... Sei lá... Tem horas que simplesmente não há o que seja feito. E, pra tudo que não tem solução... Solucionado está :-/
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**Cristiano**
— Bom dia, filho. — se aproximou de mim, esperando que eu me levantasse pra um abraço.
Só me dei o trabalho de estender a mão por educação.
— Você pediu uma reunião urgente. O que houve?
— Não sei. Me diz você...
Ele me encarava, a cara indefinida de sempre, enquanto tirava o casaco do terno e o pendurava na cadeira pra se sentar.
— Se não me disser a razão que o trouxe até aqui...
— Não faz nem ideia, dr. Alberto?
— Tenho algumas hipóteses.
— Por que você fez isso comigo, pai?
Ele respirou fundo. A mão direita em cima da mesa.
— Como soube?
— Não interessa!!!! Tudo que eu te pedi é que não se metesse na minha vida! Eu fui embora do país pra me livrar dessa sua mania insuportável de controlar a minha vida!! Por que de novo isso?! — confesso que tive que engolir uma vontade maior que eu de chorar. O nó fechando a garganta. Era tanto ódio, tanta indignação, que foi difícil não desabar.
Ele me olhava de lado, por cima do óculos. Depois desviou o olhar, levantou as sobrancelhas, mexeu a cabeça algumas vezes. Talvez pensando na melhor forma de me fazer sentir menos idiota.
— Tudo que eu queria era você perto da gente, filho. — começou... — Eu já estou velho. Daqui há pouco, terei que me afastar dos negócios... Posso vender isso aqui. Liquidar tudo. Recursos não faltarão para sua mãe e eu terminarmos a vida com conforto. Nem para você e sua família. — e fez uma pausa no discurso sentimental. — Mas, no fim, não é isso que importa. A única coisa que tem valor para mim é poder desfrutar dos anos que ainda me restam na companhia da sua mãe e na sua companhia, filho. Sua e da sua família.
Se isso é mais uma encenação do dr. Alberto, posso dizer que tirou nota máxima em interpretação de personagem.
— Eu não tinha intenção de me desentender de novo com você, pai. Eu só queria que você jogasse aberto comigo e fosse sincero em qualquer decisão que me envolvesse. Você não podia ter escondido isso de mim.
Ele baixou os olhos pro caderno em cima da mesa.
— Fiz papel de ridículo com o Jeff e os caras do meu trabalho. Porque, no fim, eu não passo de um riquinho idiota, que o pai banca o que for pra ele brincar de ser empresário. Isso é muito ruim, pai. E você acaba comigo agindo desse jeito.
— Desculpa, filho. Reconheço que foi uma medida um tanto unilateral, mas era o único recurso que me restava.
— Quando você acertou isso com o Jeff?
Ele se calou. Mal sinal...
— Hein, pai?! Não me esconde mais essa...
— Enquanto você procurava emprego, em San Diego.
— Não acredito... — enfiei a cabeça nas mãos, os olhos ardendo de raiva. Como eu sou ridículo!
— Eu pedi ao Jair para avaliar quais das empresas que você estava prospectando eram confiáveis. A Automatique é uma boa empresa, Cristiano. Estabelecida.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...