Quero só ver esse Cristiano manter a palavra e peitar dr. Alberto de verdade. Será mesmo...? Hum... só lendo pra descobrir... :-)
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**Cristiano**
Quinta-feira, um dia após eu dividir meu plano com ele, dr. Alberto me chama na Performer, fim da tarde. O jantar com a minha mãe seria logo mais, à noite.
— Tarde demais, pai... Já desencadeei o processo. A gente vai em março.
— Sua mãe não vai concordar tão fácil.
— Ela não precisa concordar. Ela só precisa ser informada. Daqui há pouco eu falo com ela.
***
À noite, sem novidades, o jantar foi uma desgraça familiar. Minha mãe chorava, estrebuchava, dramatizava. Mas, ao contrário do meu pai, nunca levantou a hipótese da minha esposa ter influência na decisão. Pelo contrário. Eu sei que se dependesse só da Mila, a gente ficaria aqui. Mas eu não podia. Não com o pai que eu tenho. E deixei isso bem claro pra minha mãe. De uma forma sutil, pra não colocar ela contra o dr. Alberto. Mas deixei...
***
Segunda-feira, depois de passar cinco dias com a minha mãe chorando na minha orelha todos os dias, dr. Alberto me chama na Performer pra outra conversa.
— Desculpe, filho.
Escutei direito?
— Eu agi mal em envolver você na história com a Samara. Você devia ter ido em frente e dito a verdade sobre o que aconteceu.
— Sabe que não é por causa do sequestro que eu tô saindo fora... — e fiz uma pausa. — Nunca vai ter fim, pai. Se eu não assumir a minha vida de vez, em qualquer situação que nossas opiniões divergirem, você sempre vai jogar pesado e fazer prevalecer a sua vontade.
Ele inspirou o ar lentamente. Ato involuntário que sempre lança mão pra poder pensar.
— O que aconteceu à Samara foi inédito pra mim, filho. Eu sou o segundo pai dela, assim como você pode contar com o Arthur como seu segundo pai.
Não consegui evitar o riso debochado. Ainda bem que já ando pelas próprias pernas... Imagina se tivesse que depender do tio Arthur pra viver?
— Confesso que o que fiz pela Samara, em parte, foi desespero. Era a vida dela em jogo, em um momento crucial. Se não agisse ali, na hora, o estrago talvez fosse irreversível...
— E, pra isso, você optou por destruir a minha vida, dr. Alberto!? Foi essa a escolha que fez...?!
— Não conscientemente... — e calou-se por segundos. — Meu verdadeiro erro foi subestimar a sua esposa. Talvez porque eu não a conheça direito. Ou por ela me parecer uma pessoa tranquila.
— Fácil de manipular, né? — e completei seu raciocínio. — O problema é que ela não é, dr. Alberto. — devia controlar a voz, mas tava foda. — Com a Camila só existe relação à base de confiança. É isso que você não entende. E sabe por quê? Porque você acha que tudo tá à venda. Tudo tem seu preço... Tá aí a prova real que nem tudo se compra nessa vida, pai. Nem tudo...
— Eu sei... — e se limitou a dizer isso.
— Eu não vou ter outra chance com ela... Se eu ficar aqui, a chance de você estragar minha vida outra vez é enorme. Você sabe disso. E ela não vai voltar de novo. Ponha uma coisa na cabeça, pai. Eu não vou perder a Camila por nada. Eu só existo, se ela existir. Do contrário, esquece que você teve um filho um dia.... — pesei a mão. Mas o recado tinha que ser claro... — Preciso ir agora.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...