CAPÍTULO 142 - Comunicando sobre a mudança

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Quero só ver esse Cristiano manter a palavra e peitar dr. Alberto de verdade. Será mesmo...? Hum... só lendo pra descobrir... :-)

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**Cristiano**

Quinta-feira, um dia após eu dividir meu plano com ele, dr. Alberto me chama na Performer, fim da tarde. O jantar com a minha mãe seria logo mais, à noite.

— Tarde demais, pai... Já desencadeei o processo. A gente vai em março.

— Sua mãe não vai concordar tão fácil.

— Ela não precisa concordar. Ela só precisa ser informada. Daqui há pouco eu falo com ela.

***

À noite, sem novidades, o jantar foi uma desgraça familiar. Minha mãe chorava, estrebuchava, dramatizava. Mas, ao contrário do meu pai, nunca levantou a hipótese da minha esposa ter influência na decisão. Pelo contrário. Eu sei que se dependesse só da Mila, a gente ficaria aqui. Mas eu não podia. Não com o pai que eu tenho. E deixei isso bem claro pra minha mãe. De uma forma sutil, pra não colocar ela contra o dr. Alberto. Mas deixei...

***

Segunda-feira, depois de passar cinco dias com a minha mãe chorando na minha orelha todos os dias, dr. Alberto me chama na Performer pra outra conversa.

— Desculpe, filho.

Escutei direito?

— Eu agi mal em envolver você na história com a Samara. Você devia ter ido em frente e dito a verdade sobre o que aconteceu.

— Sabe que não é por causa do sequestro que eu tô saindo fora... — e fiz uma pausa. — Nunca vai ter fim, pai. Se eu não assumir a minha vida de vez, em qualquer situação que nossas opiniões divergirem, você sempre vai jogar pesado e fazer prevalecer a sua vontade. 

Ele inspirou o ar lentamente. Ato involuntário que sempre lança mão pra poder pensar.

— O que aconteceu à Samara foi inédito pra mim, filho. Eu sou o segundo pai dela, assim como você pode contar com o Arthur como seu segundo pai.

Não consegui evitar o riso debochado. Ainda bem que já ando pelas próprias pernas... Imagina se tivesse que depender do tio Arthur pra viver?

— Confesso que o que fiz pela Samara, em parte, foi desespero. Era a vida dela em jogo, em um momento crucial. Se não agisse ali, na hora, o estrago talvez fosse irreversível...

— E, pra isso, você optou por destruir a minha vida, dr. Alberto!? Foi essa a escolha que fez...?!

— Não conscientemente... — e calou-se por segundos. — Meu verdadeiro erro foi subestimar a sua esposa. Talvez porque eu não a conheça direito. Ou por ela me parecer uma pessoa tranquila.

— Fácil de manipular, né? — e completei seu raciocínio. — O problema é que ela não é, dr. Alberto. — devia controlar a voz, mas tava foda. — Com a Camila só existe relação à base de confiança. É isso que você não entende. E sabe por quê? Porque você acha que tudo tá à venda. Tudo tem seu preço... Tá aí a prova real que nem tudo se compra nessa vida, pai. Nem tudo...

— Eu sei... — e se limitou a dizer isso.

— Eu não vou ter outra chance com ela... Se eu ficar aqui, a chance de você estragar minha vida outra vez é enorme. Você sabe disso. E ela não vai voltar de novo. Ponha uma coisa na cabeça, pai. Eu não vou perder a Camila por nada. Eu só existo, se ela existir. Do contrário, esquece que você teve um filho um dia.... — pesei a mão. Mas o recado tinha que ser claro... — Preciso ir agora.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora