CAPÍTULO 64 - Explorando o ap. - Ala privativa

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E o tour pelo mundo do Kiko continua... Que será que a Mila tá achando, hein?

Só lendo pra descobrir... ;-)

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**Camila**

Ele segurou minha mão pra seguirmos com o passeio, não antes de beijá-la com carinho.

Logo, começou a abrir, uma a uma, as portas que davam praquele corredor largo e aconchegante, forrado por um carpete macio e cheio de quadros lindos na parede.

— Aqui... O escritório... E onde fica uma parte da bagunça. — ele explicou, assim que empurrou a primeira porta, a nossa esquerda.

Quando pisei dentro, me deparei com um escritório lindo, cheio de estantes de livro, armários planejados e uma bancada extensa com computador, laptop, impressora, scanner e tudo o mais que se julgasse necessário pra alguém estudar ou trabalhar. Tinha também vários quadros com fotos pregados na parede que, apesar de eu não conhecer mais meu gatinho como achava que conhecia, tenho certeza que não foi ele que os colocou lá.

— Esse aqui... um quarto. — e o Kiko se referiu à próxima porta à direita que acessava uma suite, em principio pra visitas, decorada de forma muito aconchegante com duas camas de solteiro e um banheiro todo equipado como se estivesse esperando por alguém.

— Esse, outro quarto... — e abriu a porta seguinte, que dava acesso a outra suite, também muito bem montada, com uma cama de casal e um banheiro ainda maior e mais bonito que o anterior.

— E essa? — eu, curiosa, perguntei, apontando a porta de vidro na outra parede.

— Ela dá na varanda. — e quando o Kiko deslizou a porta pelo trilho, Meu Deus! Lá estava uma varanda linda e enorme que contornava o apartamento inteiro por fora, decorada com várias mesas, cadeiras, espreguiçadeiras, mesinhas de apoio... Tipo coisa de hotel de luxo de cidade grande.

Voltando ao corredor interno, outras duas portas que, sem surpresas, davam acesso a outros dois quartos lindamente projetados.

E, por último, ao final do corredor, aquele que eu infelizmente já conhecia.

— Esse aqui... o meu... Nosso... quarto. — ups! Mais um nó contraindo o estômago...

Esse Kiko cheio de indiretas e eu aqui, só fingindo que não tô entendendo...

Quando atravessamos a porta, sinceramente... Acho que foi o maior quarto que já entrei na minha vida.

A cama enorme ficava bem no meio e, ainda assim, parecia um nada dentro do espaço. Num canto havia um conjunto de sofás super moderno, além de um móvel projetado entre os sofás e a cama, em que estava acoplada a central multimídia com uma TV gigantesca, caixas de som, video game e tudo o mais que qualquer ser do sexo masculino pudesse almejar ter na vida.

— Esse é o banheiro. — e me levou pra ver o lugar que mais parecia um salão de tão gigante. Tinha pia dupla, banheira, um banco grande, louças pretas, piso de granito escuro, paredes de granito claro... Uau! Acho que nem em revista de decoração eu tinha visto algo similar.

Ao lado do banheiro, o closet, que me fez perder a referência do que seria um guarda-roupas padrão. Era tão grande e com tantas portas que me fazia sentir um nada ali dentro.

— Você usa todos os armários? — e não consegui disfarçar o deslumbre.

— Claro que não! — o Kiko devolveu, rindo. — Se usasse, como é que eu ia conseguir trazer a minha mulher pra cá?

Não havia como controlar as bochechas ruborizadas quando ele disse aquilo. De todas as indiretas, essa foi a pior, sem sombra de dúvida.

— E você usa metade? — perguntei, sem graça.

— Por quê? com medo de não sobrar espaço?

— Kiko... só querendo entender o que faz uma pessoa com essa quantidade de armários.

— Já disse... Não são só pra mim.

— Sei... Gostei disso aqui... — já mudando de assunto, diante de uma ilha no meio do closet, com a superfície de vidro e, logo abaixo, uma gaveta quadriculada com cada compartimento ocupado por uma gravata enrolada.

Eu tava sem reação naquele lugar. Abaixei os olhos, fingindo que admirava as gravatas organizadas na "vitrine", mas, na real, eu processava o que tava me acontecendo... Acontecendo com a gente.

O Kiko se aproximou de mim e me acolheu debaixo dos braços.

Talvez tenha percebido minha cara-de-tacho e queria me dar algum conforto. Sei lá... O fato é que ele sempre consegue.

E ali eu fiquei, confortável, segura, enroscada nele. Tomando um ar... Sem me mexer.

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**Cristiano**

Logo eu me liguei que a Camila tava desconfortável e fui abraçá-la pra que ela sentisse que eu tava ali, com ela, independente de qualquer coisa.

Eu sabia que era muita informação pra absorver de uma vez... Toda essa mudança que a gente passando.

Eu sou outra pessoa pra ela agora. Não na essência, nem no que eu sinto. Mas o meu entorno, não tem como negar que é foda pra qualquer um se ambientar. Ainda mais pra Mila, simples, descomplicada. Desse jeitinho dela...

Apesar dela se sentir acuada, incomodada, arredia até... eu precisava fazer isso. Precisava apresentar meu mundo pra ela. Pois não vou demorar nada pra transformar o meu mundo no mundo dela.

E tudo começa por onde eu vivo.

Meu ap. é realmente incrível, mas intimida qualquer pessoa que vem aqui pela primeira vez.

Eu moro na cobertura de um prédio nos Jardins que é, de fato, superdimensionada em se tratando de morar sozinho. E a coisa piora um pouco mais, já que ele é inteiro no mesmo piso, pois meus pais não queriam que eu vivesse num duplex, pra não ficar forçando a perna desnecessariamente com escadas. Meu pai tem um amigo, dono de construtora, que projetou esse ap. pra mim sob encomenda. Essa foi a condição que dr. Alberto impôs quando eu disse que queria sair de casa, já que na casa dos meus pais eu tinha um elevador pra me deslocar entre os pisos.

O ap. demorou uns três anos pra ficar pronto. Quando minha mãe finalmente acabou de arrumar, eu me mudei, no meio do ano passado.

— Você não faz ideia como eu sonhei com esse dia, linda.

— Como assim, gatinho?

— O dia que você tivesse aqui... comigo, significa que eu não teria mais nada pra esconder...

Ela sorriu lindo.

— Acho que nem te falando, você consegue imaginar o quanto eu feliz...

— Eu também...

— Lógico que eu não esperava ter que passar pelos dez piores dias da minha vida. Mas... no final... tudo acabou bem.

— E já acabou? — ela sabe me pegar de jeito mesmo...

— Na real... Ainda nem começou... — e meti um beijo naquela boca deliciosa, que já não aguentava mais segurar a vontade.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora