CAPÍTULO 134 - Bota fora da JK

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E finalmente esses dois voltam a vida normal. E aos perrengues normais, como não poderia deixar de ser, né? Afinal, Kiko, apesar da crise de personalidade, continua sendo o master-partidaço Cristiano Nunes. Principalmente da porta de casa pra fora ;-)

Espero que gostem e em breve novidades sobre este livro e outro(s) mais... ;-)

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**Camila**

E lá estava a Camila, de volta à ilha da fantasia.

Confesso que não foi nada difícil me reacostumar com a mordomia. Roupa lavada e impecavelmente passada no armário; comida saborosa na mesa; cama sempre arrumada... Não nasci nesse mundo, mas, parece que é o que o destino tinha reservado pra mim. Só espero que o retorno seja definitivo dessa vez. Afinal, não tenho preparo psicológico pra passar por outro rompimento traumático.

***

Quinta-feira, cinco dias após juntarmos as escovas de dente no ap. do Cristiano, que segundo ele, é meu também, nós nos preparávamos pra prestigiar a última e derradeira cervejada dele na JK, antes da formatura. O famosíssimo "bota-fora".

Nem preciso dizer que os alunos do quarto ano, incluindo aí, meu marido e o Cabeça, que tavam se formando, puseram aquela pobre escola literalmente a baixo. Mas nada sem a ajuda do melhor amigo da onça, o danado do Bola que, apesar de ainda ter outro ano inteiro pela frente na JK, se empolgou além da conta e perdeu a mão mais uma vez.

Era banda animada, gente fantasiada pra todo lado, gente louca e muita, mas muita bebida mesmo.

Eu fui entusiasmada pra lá, crente que ia me divertir como na primeira cervejada que o Kiko me levou. Afinal, fazia semanas que a gente não saía com os amigos, depois dos dias medonhos que se sucedeu ao meu sequestro.

Mas... Ledo engano meu...

Mal a festa começou e eu já tava roxa de ciúmes da quantidade de coleguinhas de turma dele que, se aproveitando do nível alcoólico do meu marido, atacavam o Kiko sem dó nem piedade.

Com o pretexto da despedida, elas o agarravam sem se pouparem, se pendurando no pescoço dele, passando a mão nele... Até a bunda uma teve a coragem de apertar. E na minha frente ainda por cima!

Eu fiquei em estado de choque, respirando curto, tentando manter o controle.

Não tinha intenção de pagar de esposa neurótica, nem de arrumar um barraco ali, no meio. Tão menos, estragar a festa dele. Afinal, era sua formatura. Mas tava fod* engolir todos aqueles sapos.

Ele e os amigos levaram uma quantidade de bebida que dava pra deixar umas três vezes a festa em coma alcoólico. Confesso que nunca tinha visto o Kiko beber daquele jeito.

Ele até tentou se defender dos ataques das coleguinhas no começo. Mas, a certa altura, não tinha forças nem pra isso.

Lá pelas tantas, uma sirigaita chega no Kiko por trás e, do nada, rouba um selinho dele na minha frente! Não contente, ela ainda tentou enfiar a língua na boca dele, mas ele deu uma empurrão e se livrou da vagabunda.

Dá pra acreditar nisso!!!??

Nesse instante, eu parei de vez com o álcool e comecei a vigiá-lo.

— Ele é casado!! — e me aproximo da vagabunda, possuída da vida, pra tentar reprimir o assédio. Meu gatinho já tinha migrado pra outro canto e se juntado aos amigos pra beber mais.

A fofa riu da minha cara, debochada, e saiu pulando feito um canguru pro meio da festa. O que me deixou ainda mais enlouquecida.

Mas a real é que não adiantava nada bater-boca. A infeliz era outra que tava mais bêbada que um gambá. Tudo que eu dissesse ia entrar por um ouvido e sair pelo outro.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora