CAPÍTULO 14 - Ciumento e possessivo

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E agora falta muito pouco pra essa história de amor tomar um rumo inesperado.

Aguardem e logo descobrirão o porquê...

Se estão curtindo, não deixem de me contar sua opinião... 

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Obrigada! Bjs

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**Camila**

— Esse findi tenho que voltar pra casa.

— Por quê???!

Não ia falar da doutora Elba pra ele. Era uma supresa.

— Preciso ver meus pais.

— Mas você já foi na semana retrasada. — ainda tentando argumentar, no módulo namorado-mais-incomodado-do-mundo.

— É que é aniversário de uma amiga deles e minha mãe pediu que eu ficasse com os meus irmãos, sábado à noite. Pra eles não botarem fogo na casa.

E finalmente consegui arrancar um sorriso lindo daquela cara de bode, mesmo que com uma história inventada, já que não queria contar nada sobre minha ida à ginecologista.

— Se não tem alternativa... Eu te libero então...

— Como assim???!!! Que história é essa de "te libero"???!! — esse homem me tira do sério com uma facilidade impressionante!

— A senhorita é minha namorada. E eu tenho que concordar com tudo que você for fazer. Ou não...

Ahhhhh, Cristiano!! Mas isso vai ter volta, viu?! Que papo é esse de querer controlar a minha agenda agora? colocando as garrinhas de fora, é?

— Garrinhas?

— Você e essa conversinha de me liberar... Onde já se viu...?

— Traduzindo pro Português, você perguntando se eu me tornei um namorado ciumento e possessivo. É isso?

Fiquei encarando aquele Cristiano versão irônica com meu olhar mais maligno.

— E qual a novidade? — ainda questionou, fazendo com que meu queixo fosse ao chão.

— Não me vem com essa, não! A gente combinou que você não ia ser possessivo!

— Eu não combinei nada com ninguém. — na cara mais lavada do mundo. Ai que ódio!!

— Cristiano!!?

— Que foi, minha bravinha?

— Pára de me provocar!

— Provocar até paro. Mas deixar de ser ciumento, pode esquecer...

— Como assim?!?

— Isso é impossível, linda. É serio.

— E desde quando eu te dei motivos pra você ser um namorado psicopata piradão?

Ele riu a valer da minha "nem um pouco piada".

— Não se preocupa, Mila... Você nunca me deu motivos pra nada, mas isso não impede de eu ter ciúmes de você. Eu quero você perto de mim o tempo todo... E não gosto quando a gente longe... E não tem nada de mais sentir nisso, ?!

— Eu sei. É que eu não tava te reconhecendo. Assustei...

— Não precisa assustar, não. Eu te amo mais que tudo. E é só isso.

— Eu também.

— Meu corpo entra em abstinência quando a gente fica longe.

— Eu sinto sua falta também. — e me aninhei no colo dele, abraçando-o com carinho.

Eu realmente não queria um Kiko ciumento. Não precisava. Eu o amo mais que tudo. Nunca dei e nem queria dar motivos pra ele se sentir inseguro em relação a gente.

Mas eu adoro quando ele se declara desse jeito lindo pra mim.

Nossa... É uma sensação única poder encostar a cabeça no travesseiro tranquila, sabendo que ele é meu de verdade.

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**Cristiano**

— E quando eu vou conhecer meus sogros? — e aproveitei o ensejo pra dar uma cobrada, já que a Mila nem tocou mais no assunto.

Hum... Logo mais...

— E quando é isso?

— Pode ser no próximo feriado. Que tal?

— Por mim, tudo bem... E o seu pai? — confesso que tava meio aperreado de ter que encarar o sogrão.

— Que tem?

— Ele já sabe?

Hum... Já...

— E?

— Minha mãe disse que ficou esquisito uns três dias, quando ela contou.

— Sei...

— Fez um monte de perguntas sobre você.

— Iiiiih... — eu tinha vontade de rir só de imaginar o interrogatório e minha sogra toreando o sogrão. — Mas... tudo bem agora?

— Bom... Isso só descobriremos... No dia que eu te apresentar pra ele.

— Caramba, Camila! Falando desse jeito, acho que vou dar pra trás.

— Não seja bobo! Agora quem quer te conhecer é ele. Você não tem por onde fugir.

Ichiii...

— E é melhor que a gente programe logo esse encontro, antes que ele resolva vir pra São Paulo de surpresa e catar a gente assim, desse jeito, aqui no ap. Já pensou?

— A cabeça de cima sim. Já a de baixo... todo encolhido aqui, só de imaginar o sogrão com a foice na mão, pra capar o meninão... — e arranquei uma risada deliciosa dela.

Mas é impossível não imaginar o mau-humor do seu Miguel e o embrulho no estômago que ele deve ter sentido, agora entendendo exatamente o que os amigos queriam dizer quando o chamavam de "fornecedor".

E não tiro a razão dele, não... Deve ser foda pra caramba ser pai de mulher. Ainda mais de uma mulher como a Camila.

Do dia pra noite, ter que encarar um gavião "chegando junto" da sua princesinha linda, de carinha de anjo, que você criou tão bem, deu tudo que podia, trocou fralda, ensinou a andar, falar, andar de bicicleta...

Caramba! Não dá pra imaginar, nem por um segundo, eu no lugar do seu Miguel. Só rezar todo dia pra que Deus me mande uma prole de cabra-macho pra eu não ter que pagar a minha língua.

Do meu lado, confesso que não consigo contribuir muito pra resolver esse perrengue do sogrão. Nem por todo respeito que tenho por ele.

Minha Mila, além de linda, é uma delícia...

E cada vez que essa fúria dentre quatro paredes coloca as asinhas de fora, eu me dou conta que o monstrinho tarado, fantasiado de anjo, foi inteiramente criado por mim...

Fui eu que desbravei... E ensinei tudo que ela sabe...

E a culpa é só minha...

Pra minha absoluta graça... a culpa é única e exclusivamente minha...






(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora